domingo, 25 de agosto de 2013

Via Email: SARAIVA 13: Corem diante desta negra, doutores! Ela tem o que os senhores perderam




SARAIVA 13


Posted: 25 Aug 2013 02:09 PM PDT


O dono do banco onde estava a conta "Marilia" – que abastecia o propinoduto da Siemens, no cartel dos trens de São Paulo – é a mesma pessoa que vendeu o apartamento adquirido pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, logo que deixou a presidência. E é um veterano conselheiro de políticos. Trata-se do banqueiro Edmundo Safdié. Em 2006,  tornou-se réu, acusado de lavagem de dinheito do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, incurso na Ação Pena Pública no. 2004.61.81.004588-1, que tramita em segredo de Justiça. http://www.jfsp.jus.br/20061031celsopitta/
A rigor,  a compra do apartamento pode ser apenas coincidência. O apartamento adquirido – 450 m2 do Edifício Chopin, rua Rio de Janeiro, Higienópolis – fica a poucos metros do antigo apartamento de FHC, na rua Maranhão. Na época, FHC anunciou que pagara R$ 1,1 milhão pelo apartamento – valor considerado muito baixo por moradores do edifício. Mas também podia ser um agrado de Safdié, para se vangloriar de vender um imóvel para um ex-presidente.
Em outras operações, Safdié foi  mais controvertido. E a reincidência na lavagem de dinheiro - após o caso Pitta - pode explicar as últimas movimentações de Edmundo Safdié, vendendo seus ativos para outro banco.
A conta "Marília" estava no Leumi Private Bank da Suiça, antigo Multi Commercial Bank. Entre 1998 e 2002 – segundo documentos em poder da Polícia Federal – a conta movimentou 20 milhões de euros. Aslton e Siemens – as principais financiadores do esquema – compartilhavam a conta. Segundo revelou ao Estadão o ex-presidente da Siemens Adilson Primo, a movimentação era feita pela própria matriz da empresa. Fontes do Ministério Público Estadual informaram a IstoÉ que dessa conta saiu o dinheiro para o conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) Robson Marinho e para os lobistas Arthur Teixeira e José Geraldo Villas Boas (leia aqui).
Nesse período, a instituição era controlada por Safdié, da tradição dos banqueiros libaneses-judeus que aportaram no Brasil no pós-Guerra e especializaram-se em administrar fortunas nos grandes mercados internacionais.
A saga dos Safdié
Edmond Safdié foi um brilhante banqueiro que fundou o Banco Cidade em 1965 e, nos tempos do regime militar, mantinha estreitas relações com o general Golbery do Couto e Silva.
Em 1966 entrou no ramo de gestão de fortunas e administração de recursos no mercado internacional. Adquiriu em Genebra, Suiça o Multi Commercial Bank, mais tarde convertido em Banco Safdié. Em 1988 criou o Commercial Bank of New York. http://www.safdie.com.br/institucional/index.html
No final dos anos 90, a família decidiu concentrar-se em gestão de patrimônio, reorganizou as empresas e concentrou a gestão de patrimônio no banco suíço.
No final de 2012, Banco Safdié foi adquirido pelo Leumi, maior banco de Israel pelo critério de ativos. No Brasil, a família concentrou-se apenas na gestão de ativos depois que a crise de 2008 lançou desconfiança geral sobre gestores de ativos. Também podem ter contribuído para a reestruturação do grupo as ações internacionais contra lavagens de dinheiro, que expuseram Edmundo no caso Celso Pitta. http://www.leumiprivatebank.com/

O apartamento de FHC

Logo que saiu da presidência, Fernando Henrique Cardoso adquiriu de Edmundo Safdié o apartamento no 8o andar do edifícil Chopin, a poucos metros de seu apartamento anterior.
Na época, anunciou-se o preço de R$ 1,1 milhão. Embora anterior ao boom de imóveis em São Paulo, considerou-se que o preço estava subavaliado, para um imóvel de 450 metros quadrados.  http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDR48918-6009,00.html
No GGN

Posted: 25 Aug 2013 02:03 PM PDT



"Somos médicos por vocação, não nos interessa um salário, fazemos por amor", afirmou Nelson Rodrigues, 45.
"Nossa motivação é a solidariedade", assegurou Milagros Cardenas Lopes, 61
"Viemos para ajudar, colaborar, complementar com os médicos brasileiros", destacou Cardenas em resposta à suspeita de trabalho escravo. "O salário é suficiente", complementou Natasha Romero Sanches, 44.
Poucas frases, mas que soam  como se estivessem sendo ditas por seres de outro planeta no Brasil que vivemos.
O que disseram os primeiros médicos cubanos do  grupo que vem para servir onde médicos brasileiros não querem ir deveria fazer certos dirigentes da medicina brasileira reduzirem à pequenez de seus sentimentos e à brutalidade de suas vidas, de onde se foi, há muito tempo, qualquer amor à igualdade essencial entre todos os seres humanos.
Porque gente que não se emociona com o sofrimento e a carência de seus semelhantes, gente que se formou, muitas vezes, em escolas de medicina pagas com o imposto que brasileiros miseráveis recolheram sobre sua farinha, seu feijão, sua rala ração, gente que já viu seus concidadãos madrugando em filas, no sereno, para obter um simples atendimento, gente assim não é civilizada, não importa quão bem tratadas sejam suas unhas, penteados os seus cabelos e reluzentes seus carros.
Perto desta negra aí da foto, que para vocês só poderia servir para lavar suas roupas e pajear seus ricos filhinhos, criados para herdar o "negócio" dos pais, vocês não passam de selvagens, de brutos.
Vocês podem saber quais são as mais recentes drogas, aprendidas nos congressos em locais turísticos, custeados por laboratórios que lhes dão as migalhas do lucro bilionário que têm ao vender remédios. Vocês podem conhecer o último e caro exame de medicina nuclear disponível na praça a quem pode pagar. Vocês podem ser ricos, ou acharem que são, porque de verdade não passam de uma subnobreza deplorável, que acha o máximo ir a Miami.
Mas vocês são lixo perto dessa negra, a Doutora – sim, Doutora, negra, negrinha assim!- Natasha é, eu lhes garanto.
Sabem por que? Por que ela é capaz de achar que o que faz é mais importante do que aquilo que ganha, desde que isso seja o suficiente para viver com dignidade material. Porque a dignidade moral ela a tem, em quantidade suficiente para saber que é uma médica, por cem, mil ou um milhão de dólares.
Isso, doutores, os senhores já perderam. E talvez nunca mais voltem a ter, porque isso não se compra, não se vende, não se aluga, como muitos dos senhores, para manter o status de pertenceram ao corpo clínico de um hospital, fazem com seus colegas, para que dêem o plantão em seus lugares.
Os senhores não são capazes de fazer um milésimo do que ela faz pelos seres humanos, desembarcando sob sua hostilidade num país estrangeiro, para tratar de gente pobre que os senhores nao se dispõem a cuidar nem querem deixar que se cuide.
Os senhores não gritaram, não xingaram nem ameaçaram com polícia aos Roger Abdelmassih, o estuprador, nem contra o infleiz que extorquiu R$ 1.200 para fazer o parto de uma adolescente pobre, nem contra os doutores dos dedos de silicone, nem contra os espertalhões da maternidade paulista cuja única atividade era bater o ponto.
Eles não os ameaçaram, ameaçaram apenas aos pobres do Brasil.
Estes aí, sim, estes os ameaçam. Ameaçam a aceitação do que vocês se tornaram, porque deixaram que a aspiração normal e justa de receber por seu trabalho se tornasse maior do que a finalidade deste próprio trabalho, porque o trabalho é um bem social e coletivo, ou então vira mero negócio mercantil.
É isto que estes médicos cubanos representam de ameaça: o colocar o egoísmo, o consumismo, o mercantilismo reduzidos ao seu tamanho, a algo que não é e nem pode ser o tamanho da civilização humana.
Aliás, é isso que Cuba, há quase 55 anos, representa.
Um país minúsculo, cheio de carências, que é capaz de dar a mão dos médicos a este gigante brasileiro.
E daí que eles exportem médicos como fonte de receita? Nós não exportamos nossos meninos para jogar futebol? O que deu mais trabalho, mais investimento, o que agregou mais valor a um país: escolas de medicina ou esteiras rolantes para exportar seus minérios?
É por isso que o velhíssimo Fidel Castro encarna muito mais a  juventude que estes yuppies coxinhas, cuja vida sem causa  cabe toda dentro de um cartão de crédito.
Eu agradeço à Doutora Natasha.
Ela me lembrou, singelamente, que coração é algo muito maior do que aquele volume que aparece, sombrio, nas tantas ressonâncias, tomografias e cateterismos porque passei nos últimos meses.
Ele é o centro do progresso humano, mais do que o cérebro, porque é ele quem dá o norte, o sentido, o rumo dos pensamentos e da vida.
Porque, do contrário, o saber vira arrogância e os sentimentos, indiferença.
E o coração, como na música de Mercedes Sosa, una mala palabra.
Enquanto isso:

O modelo americano de saúde. Homem rouba para ser preso e ter médico

A cena se passou sexta-feira, nos Estados Unidos, paraíso do pensamento "coxinha" brasileiro.
Timothy Dean Alsip, 50 anos, entra numa agência do Bank of America filial, em  Portland e entrega um bilhete a um dos caixas.
"Isto é um assalto. Entregue-me um dólar". 
Depois de receber o dólar, Alsip sentou-se no hall de entrada e esperou a polícia, disseram funcionários segundo o jornal OregonLive.
Quando os policiais chegaram ao banco, o Alsip disse que era um "sem teto"  e precisava de assistência médica. 
Como resultado, ele foi jogado na cadeia do condado de Clackamas sob a acusação de roubo em segundo grau com uma fiança de US$ 250 mil.
É a isso que leva um sistema privadíssimo de saúde como o americano, onde a direita se insurge contra qualquer tentativa de medicina pública.
Mas está tudo dentro da lei, como exigem  alguns doutores de jaleco branco ou de toga negra.
Obscurantistas, como os monstros da Idade Média, sobre os quais o Giordano Bruno – o da peça de Bertold Brecht – teve de dizer o seu "eu sustento que a única finalidade da ciência está em aliviar a miséria da existência humana".
Também nós não devemos ter medo de falar, se não nos fizerem como ao Bruno em Roma, pondo-lhe um pedaço de madeira como rolha à boca.
A ciência, muito menos a ciência médica, pode ser evocada para justificar o abandono de seres humanos.
Idem a lei.
Ambas, se não trabalham pelo ser humano, são odiosas e desprezíveis.
PS. Obrigado a @MoniquePrada pela pauta original
Fernando Brito
No Tijolaço 

Posted: 25 Aug 2013 07:37 AM PDT

 

Do Brasil 247 - 24 de Agosto de 2013 às 21:32 : A conta tem número (18.626), foi movimentada no banco Safdié (atual Leumi) e por ela circularam o equivalente a R$ 64 milhões entre 1998 e 2002; por ela, transitaram recursos ligados ao escândalo das propinas pagas pela Siemens e pela Alstom a governos tucanos; parte do dinheiro, que estava depositada numa conta de Jorge Fagali Neto, ex-secretário do governo FHC, já foi até bloqueada; no entanto, nada do que foi revelado por Istoé ecoou no Jornal Nacional ou nas edições dominicais da Folha e do Estado; blindagem ou cumplicidade?


247 - Neste fim de semana, a revista Istoé publicou uma reportagem bombástica. Assinada por Claudio Dantas Sequeira e Pedro Marcondes de Moura, ela trouxe a conta secreta usada por operadores do PSDB na Suíça (leia mais aqui). Ela tem número (18.626), foi aberta no banco Safdié, que hoje se chama Leumi, e por ela transitaram R$ 64 milhões apenas entre os anos de 1998 e 2002.

Todas as informações da reportagem estão amparadas em documentos oficiais, que fazem parte da investigação do chamado propinoduto tucano, vinculado às empresas Alstom e Siemens, que forneceram equipamentos para o metrô de São Paulo e para as empresas de energia paulistas. Entre as revelações, há até a informação de que parte dos recursos já foi bloqueada por autoridades suíças, a pedido do governo brasileiro. Estavam depositados numa conta de Jorge Fagali Neto, que foi secretário do governo FHC. Seu irmão, José Jorge Fagali, presidiu o metrô no governo de José Serra.

Diante da gravidade dos fatos, seria natural que a reportagem ecoasse hoje ainda no Jornal Nacional e, um dia depois, nas edições dominicais de grandes jornais como a Folha e o Estado de S. Paulo.

No entanto, quando se trata do PSDB, há uma espécie de pacto de silêncio na mídia. Como as macaquinhos da imagem acima, ninguém viu nada, ninguém ouviu nada e, portanto, ninguém falará nada sobre o caso. É como se o escândalo, simplesmente, não existisse.
No JN, da Globo, nada sobre o caso. Nas edições dominicais dos jornais, que já circulam neste sábado, também não.

Por que será? Blindagem? Cumplicidade?

E já que perguntar não ofende, qual seria o tratamento se a conta batizada como "Marília" estivesse vinculada a outro partido político?
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Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 25 Aug 2013 07:30 AM PDT



Ricardo Kotscho, Balaio do Kotscho
"O que aconteceu de tão grave no país de uma pesquisa para outra capaz de justificar as abruptas oscilações na avaliação positiva do governo de Dilma Rousseff no Ibope?
Primeiro, Dilma despencou dos 63% de ótimo e bom, que tinha antes do início das manifestaçoes de junho, para 31% em 12 de julho, sua avaliação mais baixa desde a posse.
Agora, sem que de novo algo de fantástico tenha acontecido, Dilma subiu 7 pontos na pesquisa divulgada neste sábado, chegando a 38%.
São bastante semelhantes os números do Ibope e o do Datafolha, em que Dilma apareceu com 36% de aprovação na semana passada, os dois maiores e mais respeitados institutos de pesquisa do país.
Descartada a velha teoria da conspiração, levantada por alguns leitores e analistas, de que as pesquisas são também dirigidas pelo Instituto Millenium, a onipresente entidade que congrega os barões da mídia no país em defesa da "liberdade de expressão" (deles, é claro, e contra a dos outros), resta tentar entender o mistério das abruptas oscilações de Dilma nas pesquisas."
Artigo Completo, ::AQUI::
Posted: 25 Aug 2013 07:25 AM PDT
nilo

Um país que tem Nilo Batista não pode nomear Luiz Fux para o Supremo

22 de agosto de 2013 | 21:10

Ontem, "aproveitando" os problemas técnicos que deixaram o blog fora do ar, assisti boa parte da sessão do Supremo Tribunal Federal.
Confesso ter ficado envergonhado do comportamento da maioria dos que deveriam ser os mais altos guardiões da ideia de Direito e Justiça deste país.
Já nem falo de Joaquim Barbosa, com sua estudada cara feroz, à qual não falta sequer a mandíbula contraída, como a rosnar, e os esgares quase debochados.
Falo no clima de programa da finada Hebe Camargo, com rasgações de seda e data vênias com que se portaram diversos dos ministros que, não importa quem fossem, estavam ali discutindo o encarceramento de pessoas.
Era um "clube amável" decidindo, com guardanapos e bom-tom, sobre a vida alheia.
Chegou a dar pena ver o ministro Ricardo Lewandowski ter de lembrá-lo, falando às paredes que estavam, para alguns réus, julgando o último e único apelo que poderiam fazer para ao menos mitigarem-se suas penas.
Deu-me nojo ter amado o Direito e alegria de ter abandonado a faculdade, depois de um único semestre, na UERJ.
Ver um Ministro do Supremo Tribunal dizer que "faria diferente", mas não ia mexer no que estava feito, quando isso implica em privar uma pessoa – detestável pessoa, aliás – da liberdade por anos só pode enojar.
Não discuto a ciência jurídica destes ministros, porque eles a têm mais que eu.
Questiono-lhes o incontrolável sentido de Justiça que deve dominar a mente e o coração de um julgador, que brande a espada da lei sobre seus irmãos e irmãs da espécie humana.
Ainda que as regras legais, por qualquer deformidade que tenham, não permitam a um juiz reformar, por tecnicalidades, sentenças que admite equívocas, ao menos tem ele o dever de proclamar a injustiça a que se vê, sob a vara da lei, a confirmar.
Lembra-me o dia em que, estarrecido, vi um desembargador dizer que o tribunal que integrava estava ali para julgar com o Direito, não com a Justiça.
Doe-me, sobretudo, ver o meu Rio de Janeiro representado ali naquele Tribunal pela nulidade canastrã de Luiz "Mato no Peito" Fux que, como outros, tratou seu voto – e a divergência com outra posição (não foi o único, sejamos justos) como apenas uma questão de pedir desculpas (vênias) e nem sequer justificar o porquê do seu voto.
Então, para desagravar o Direito de pequenezas assim, transcrevo abaixo a entrevista de um homem que, se não fora necessária a cabala política mesquinha para ir às cortes supremas deste país, certamente estaria sentado numa daquelas cadeiras: Nilo Batista.
Discípulo de Heleno Fragoso, professor titular da UERJ e da UFRJ, um dos mais reconhecidos penalistas deste país, Nilo poderia estar deitando falação sobre artigos, parágrafos e alíneas que sabe de cor e salteado.
Mas está no mesmo lugar onde estava, quando guri em Juiz de Fora, entrou no PTB varguista para defender quem ainda hoje ele defende.
Não se submeteu ao processo de esmagamento com que são feitas as leis, as salsichas e os ministros das altas cortes.
E não tem, senão pela urbanidade com que maneja suas ideias como lanças, de pedir data vênia para ser omisso.
Leiam a entrevista e vejam que tristeza ter, em lugar dele, um Fux naquela Corte:

"impunidade é um verbete da direita"

Como o sr. avalia a presença da pauta da redução da maioridade penal nas recentes manifestações?
Isso é a prova da diversidade política destas manifestações. Elas são um saco de gato. Desde grupos neonazistas a uma juventude bem intencionada, mas politicamente ingênua. Eu me preocupo com a proliferação do fascismo. A manifestação não discute política, mas trata de sentimentos. Essa reação é um subcapítulo deste intenso punitivismo cuja origem, na verdade, não está no plano da subjetividade. O sistema penal do capitalismo industrial era diferente deste capitalismo que chamo de barbárie, financeiro. Nunca foi tão visível a participação do sistema penal no controle, no extermínio das massas miserabilizadas, desses contingentes inempregáveis – porque não podemos dizer mais que são desempregados , são pessoas que nunca mais vão conseguir algum trabalho ou sequer conseguiram algum em sua existência. 
Como se dá o controle desses trabalhadores que não conseguem emprego?
Toda a forma de economia informal, toda estratégia de sobrevivência da pobreza é objeto de uma iniciativa que tem um respaldo punitivo. Isso vai desde a economia informal do comércio de drogas ilícitas até economias que não são propriamente regulares, mas também não são ilícitas, do ponto de vista penal. É só dar uma olhada no que foi o Choque de Ordem [programa da Prefeitura do Rio de Janeiro, que, segundo a Secretaria Especial de Ordem Pública (Seop), busca ordenar o espaço público, fazendo valer as leis e o código de postura municipal] no Rio de Janeiro. É só darmos uma olhada nas praias do Rio de Janeiro: saiu a quituteira do Cantagalo, quase que o homem que vende chá e suco de limão foi impedido, mas as grandes empresas multinacionais estão lá. Os leitores do jornal O Globo têm uma cadeirinha, academias, agências; as barracas de praia agora têm sua padronização, ou seja, tirou toda a espontaneidade, a estética que era muito compatível à cidade. A cidade do Rio de Janeiro tem a maior população negra do mundo, mas tudo isso vem sendo vítima de uma assepsia que, aos poucos, vai tomando conta. O que acontece logo depois que descem [das favelas] os corpos da pacificação? Sobe o pessoal da Light [Empresa de Serviços de Eletricidade], da Net. A Light aumentou em 10% o seu faturamento depois que foram instaladas as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), como aponta matéria no Valor Econômico. Enquanto isso, os flanelinhas estão sendo ameaçados, os camelôs estão sendo expulsos. É importante lembrar que no meio de tudo isso estão os meios de comunicação. Eles são a comissão de frente desta escola de samba que é o punitivismo pós-moderno. Para eles, este ato de poder, que é o mais duro, o mais violento, virou o paradigma de sociabilidade. É uma falsa solução que, às vezes, é dirigida a problemas reais, mas também a falsos problemas. E a punição justifica todos eles.
Como o sr. analisa os gritos de que o Brasil é o país da impunidade?
Há muito tempo escrevi que impunidade é um verbete da direita. É só olharmos para o passado e para o presente do país que podemos ver que a punição é crescente. Quando fizemos a Constituição, em 1988, em um dos primeiros dispositivos falávamos sobre uma sociedade livre, justa e igualitária. Neste momento, nós tínhamos 100 mil presos. Hoje nós estamos caminhando para 600 mil presos e, além disso, estamos com uma sociedade vigiada. A judicialização do cotidiano é um problema seríssimo. Todas as utopias, todos os avanços eram contra o sistema penal, hoje caminhamos contra isso. Privilegiamos a judicialização da vida cotidiana, restringimos o fenômeno da violência aos códigos legais. Mas isso não é particularidade do conservadorismo, isso pega muitos setores que pensam ser de esquerda, muitas pessoas das academias. As pessoas não se dão conta de que muita pena sinaliza pouco oxigênio democrático, sinaliza autoritarismo. É só olharmos para o século 20: toda vez que se teve muita gente fardada, e gente fardada de preto, a coisa não estava bem, quer dizer, estava muito difícil.
Como podemos recortar isso para a redução da maioridade penal, já que as pessoas acham que a idade de 18 anos é uma forma de tornar impunes os crimes que envolvem jovens?
Para mim, este caso é cláusula pétrea. É um retrocesso enorme estender o sofrimento punitivo para o jovem. Além disso, é importante lembrar que ele vai ser seletivo, porque o sistema penal pune somente os jovens pobres. O interessante é analisar a mídia, por exemplo, quando expõe raros casos de meninos ricos e brancos sofrendo algum tipo de pena, faz um alarde enorme em casos que envolvem jovens como este. O que isso significa? É simplesmente para dar a impressão de que o sistema penal é igual para todos, mas não é. Ele é seletivo, vai pelo estereótipo.
Como o sistema penal faz essa seleção?
É feita pela agência policial. Os estereótipos do infrator como um garoto pobre e negro batem perfeitamente. E é esta a porta de entrada. Mas, de vez em quando, tem que ter um rico branco sendo linchado em praça pública para legitimar o massacre das populações afrodescententes encarceradas. Quem diz que tem impunidade no país é porque nunca foi a uma penitenciária. É porque não conhece essa realidade de perto. Por outro lado, sempre que tem algum crime envolvendo um adolescente menor de 18 anos, ele serve para estimular essa campanha, esse clamor pela redução da maioridade penal. Se formos analisar, isso é algo muito burro, muito irracional. O sistema penitenciário é um reprodutor da identidade infracional. Isso já é comprovado em pesquisa que analisa o elevado índice de reincidência penitenciária. Uma pesquisa feita em Brasília, com atos relacionados ao furto, por exemplo, mostra que quando a pessoa entra na penitenciária – ou seja, cumpre pena com privação da liberdade – tem cerca de 70% de reincidência, e quando ela não é presa – aqueles que cumpriram pena sem a privação da liberdade, as chamadas penas alternativas – esse índice reduz pela metade.

Qual é a sua avaliação das casas de detenção destinadas ao jovem?

Tanto essas casas de detenção quanto as penitenciárias não recuperam ninguém. A privação de liberdade como um todo é fracassada. Ela é uma pena moderna, veio com o capitalismo industrial. A privação de liberdade veio como metonímia da pena. Mas ela nunca existiu antes, nem na Antiguidade nem na Idade Média. Ela começou recisamente como um controle das populações empobrecidas pela superação do mercantilismo sobre a manufatura e, logo depois, pela Revolução Industrial, na Inglaterra. No século 18, ainda estava disputando espaço com as penas do Antigo Regime, e somente no século 19 ela ganhou espaço. A partir daí, a prisão privativa de liberdade surge. Ela vem para punir a população pobre das grandes cidades em um momento em que se começou a criminalizar a pobreza, a vadiagem e as greves. E é nesse contexto que surgem os primeiros presídios.
Como o sr. avalia o Estatuto da Criança e Adolescente. Por que ele é tão atacado?
A imprensa quer o controle, quer punir o jovem, e o Estatuto veio para garantir os direitos dos jovens que têm uma história de sofrimento, de submissão… A história da justiça da infância e, mais especificamente, da adolescência é uma história terrível. O livro da Vera Malaguti  'Difíceis ganhos fáceis', da editora Revan, mostra a história de um jovem que, porque roubou um queijo, passou três anos na prisão; o outro jovem foi privado da liberdade por dois anos e meio porque estava com roupas folgadas, então presumiu-se o furto, como se o reaproveitamento de roupas não fosse uma coisa usual nas classes mais pobres, e por aí vai. O ECA é um diploma legal progressista, avançado, só que ele está sendo torpedeado porque estamos vivendo tempos obscuros, fascistas.  Aquela classe média que gostava de rebeldia, de resistência, desapareceu. E, em parte, isso se deve à mídia, a educação que a mídia tem dado é espantosa. 
Como nós chegamos a essa idade de 18 anos como marco da maioridade?
Já foi 9, 14 anos…, e o pessoal está querendo voltar a essa realidade vergonhosa agora no Congresso, mas são muitos os argumentos que avaliam a maturidade de um jovem para responder penalmente pelos seus atos. Quando ouço alguém dizer que o adolescente hoje é mais informado do que era o de antigamente, só posso pensar que esta pessoa está repetindo uma grande bobagem. Se fossem estudantes do Caraça [Colégio e Seminário em Mariana (MG)], onde os estudantes liam e ouviam vídeos em latim, conheciam Sócrates e Aristóteles, tudo bem, mas o que vemos hoje é o cara que se educa vendo Malhação [novela da tarde da Rede Globo que tem como público-alvo os adolescentes]. Quem é mais informado? Eu costumo brincar com meus alunos, que quando temos uma pessoa que assiste cinco anos de Malhação, temos um problema posto, e que isso precisa ser trabalhado. Dizer que o telespectador deste tipo de programa é mais informado que o adolescente do passado é um contrassenso, uma burrice. É claro que não é. Vemos hoje a mídia escondendo a política, escondendo tudo, não fazendo debates importantes, não apresentando para estes jovens o mundo real em que vivemos. Podemos trazer para os casos mais recentes, o que está acontecendo nas ruas atualmente: até os cartazes dos manifestantes estão sendo censurados na hora em que aparecem na mídia. Não venham dizer que não tem intencionalidade na edição.  E nós temos um histórico no Brasil com edição que é um caso sério.

Existe algum sistema penal que podemos usar como referência para o Brasil? A Argentina, por exemplo, a maioridade penal é de 16 anos, mas o sistema é menos punitivo…

Não. Cada país, dentro da sua sociedade, da cultura punitiva da sua sociedade, toma sua decisão. E muitos países adotam os 18 anos. Mas a imprensa daqui do Brasil, toda vez que tem um garoto de 16 anos sendo acometido pela lei, acha que é muito bom, acha que é uma prova de civilização. Isso, na verdade, é prova de barbárie.

Existe um crime mais usual entre os jovens menores de 18 anos?

Na criminologia não existe etiologia [estudo das causas]. Uma vez uma orientanda fez uma pesquisa com as mulheres presas por conta do tráfico de drogas. No questionário, a menina perguntava 'o que você mais se lembra dos tempos em que traficava?', e uma das respostas foi: 'o que eu me lembro é que meus filhos comiam iogurte todos os dias'. A resposta foi claramente uma atividade de ganho econômico, uma estratégia de sobrevivência. E o que podemos ver mais uma vez é o fracasso do proibicionismo, diante de realidades tão complexas.
O sr. é a favor da legalização das drogas?
Eu sou completamente a favor da legalização de todas as drogas. Já vimos que esse controle atual é um fracasso. A lei das drogas é um reflexo disso: a pena mínima era um ano, passou para três anos, depois para cinco, e agora um deputado quer que sejam oito anos. Mas o que vemos é que os problemas foram só aumentando. Até o general de direita da Guatemala e o presidente da Colômbia já entenderam que não é este o caminho, mas aqui no Brasil ainda não conseguimos ter essa compreensão.  Eu tenho uma admiração pelas políticas sociais do PT, apesar de não crer que a distribuição de renda arrecadada seja a coisa mais motivadora e tenho medo que a nova classe C tenha ficado fascista, mas é admirável que 20 milhões de pessoas comam todos os dias. Por outro lado, a política criminal é nota zero. Parece que eles acham que não é possível conceber uma política criminal comprometida com as classes populares.  As pessoas moralizam as questões, têm medo de discutir. Por isso o Brizola foi tão criticado quando bancou isso. 
(entrevista so Jornal da Fundação Instituto Oswaldo Cruz, julho/2013)
Por: Fernando Brito

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Do Blog TIJOLAÇO.
Posted: 24 Aug 2013 05:37 PM PDT



Bancada do Jornal Nacional (Divulgação)

"Ele imagina que tudo pode ser compreendido sem o mínimo esforço intelectual". Reflexões do jornalista Celso Vicenzi em torno de poema de Brecht, no século 21

"Ele ouve e assimila sem questionar, fala e repete o que ouviu, não participa dos acontecimentos políticos, aliás, abomina a política, mas usa as redes sociais com ganas e ânsias de quem veio para justiçar o mundo. Prega ideias preconceituosas e discriminatórias, e interpreta os fatos com a ingenuidade de quem não sabe quem o manipula. Nas passeatas e na internet, pede liberdade de expressão, mas censura e ataca quem defende bandeiras políticas. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. E que elas – na era da informação instantânea de massa – são muito influenciadas pela manipulação midiática dos fatos.

Não vê a pressão de jornalistas e colunistas na mídia impressa, em emissoras de rádio e tevê – que também estão presentes na internet – a anunciar catástrofes diárias na contramão do que apontam as estatísticas mais confiáveis. Avanços significativos são desprezados e pequenos deslizes são tratados como se fossem enormes escândalos. O objetivo é desestabilizar e impedir que políticas públicas de sucesso possam ameaçar os lucros da iniciativa privada. O mesmo tratamento não se aplica a determinados partidos políticos e a corruptos que ajudam a manter a enorme desigualdade social no país.
Questões iguais ou semelhantes são tratadas de forma distinta pela mídia. Aula prática: prestar atenção como a mídia conduz o noticiário sobre o escabroso caso que veio à tona com as informações da alemã Siemens. Não houve nenhuma indignação dos principais colunistas, nenhum editorial contundente. A principal emissora de TV do país calou-se por duas semanas após matéria de capa da revista IstoÉ denunciando o esquema de superfaturar trens e metrôs em 30%.
O analfabeto midiático é tão burro que se orgulha e estufa o peito para dizer que viu/ouviu a informação no Jornal Nacional e leu na Veja, por exemplo. Ele não entende como é produzida cada notícia: como se escolhem as pautas e as fontes, sabendo antecipadamente como cada uma delas vai se pronunciar. Não desconfia que, em muitas tevês, revistas e jornais, a notícia já sai quase pronta da redação, bastando ouvir as pessoas que vão confirmar o que o jornalista, o editor e, principalmente, o "dono da voz" (obrigado, Chico Buarque!) quer como a verdade dos fatos. Para isso as notícias se apoiam, às vezes, em fotos e imagens. Dizem que "uma foto vale mais que mil palavras". Não é tão simples (Millôr, ironicamente, contra-argumentou: "então diga isto com uma imagem"). Fotos e imagens também são construções, a partir de um determinado olhar. Também as imagens podem ser manipuladas e editadas "ao gosto do freguês". Há uma infinidade de exemplos. Usaram-se imagens para provar que o Iraque possuía depósitos de armas químicas que nunca foram encontrados. A irresponsabilidade e a falta de independência da mídia norte-americana ajudaram a convencer a opinião pública, e mais uma guerra com milhares de inocentes mortos foi deflagrada.
O analfabeto midiático não percebe que o enfoque pode ser uma escolha construída para chegar a conclusões que seriam diferentes se outras fontes fossem contatadas ou os jornalistas narrassem os fatos de outro ponto de vista. O analfabeto midiático imagina que tudo pode ser compreendido sem o mínimo de esforço intelectual. Não se apoia na filosofia, na sociologia, na história, na antropologia, nas ciências política e econômica – para não estender demais os campos do conhecimento – para compreender minimamente a complexidade dos fatos. Sua mente não absorve tanta informação e ele prefere acreditar em "especialistas" e veículos de comunicação comprometidos com interesses de poderosos grupos políticos e econômicos. Lê pouquíssimo, geralmente "best-sellers" e livros de autoajuda. Tem certeza de que o que lê, ouve e vê é o suficiente, e corresponde à realidade. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e o espoliador das empresas nacionais e multinacionais."

O analfabeto midiático gosta de criticar os políticos corruptos e não entende que eles são uma extensão do capital, tão necessários para aumentar fortunas e concentrar a renda. Por isso recebem todo o apoio financeiro para serem eleitos. E, depois, contribuem para drenar o dinheiro do Estado para uma parcela da iniciativa privada e para os bolsos de uma elite que se especializou em roubar o dinheiro público. Assim, por vias tortas, só sabe enxergar o político corrupto sem nunca identificar o empresário corruptor, o detentor do grande capital, que aprisiona os governos, com a enorme contribuição da mídia, para adotar políticas que privilegiam os mais ricos e mantenham à margem as populações mais pobres. Em resumo: destroem a democracia.

Para o analfabeto midiático, Brecht teria, ainda, uma última observação a fazer: Nada é impossível de mudar. Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo. E examinai, sobretudo, o que parece habitual.



O analfabeto político

O pior analfabeto, é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, não participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida,
O preço do feijão, do peixe, da farinha
Do aluguel, do sapato e do remédio
Depende das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que
Se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia política.
Não sabe o imbecil,
Que da sua ignorância nasce a prostituta,
O menor abandonado,
O assaltante e o pior de todos os bandidos
Que é o político vigarista,
Pilanta, o corrupto e o espoliador
Das empresas nacionais e multinacionais.

Bertold Brecht
Posted: 24 Aug 2013 05:33 PM PDT
Agência Estado
"Somos médicos por vocação, não nos interessa um salário, fazemos por amor", afirmou Nelson Rodrigues, 45 anos. "Nossa motivação é a solidariedade", assegurou Milagros Cardenas Lopes, 61. As afirmações foram pelos primeiros médicos cubanos a desembarcarem em solo brasileiro, em entrevista, na tarde deste sábado (24), no Aeroporto dos Guararapes, no Recife, em resposta aos questionamentos dos jornalistas sobre a informação de que os profissionais, contratados por meio de convênio com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), só irão receber um porcentual de 25% a 40% do salário de R$ 10 mil a ser pago pelo governo brasileiro.
"Viemos para ajudar, colaborar, complementar com os médicos brasileiros", destacou Cardenas em resposta à suspeita de trabalho escravo. "O salário é suficiente", complementou Natasha Romero Sanches, 44.
Eles integram o grupo de 30 profissionais que ficaram no Recife. Saíram de Havana em um voo fretado, que trouxe os primeiros 200 médicos cubanos para trabalhar nos 701 municípios que não despertaram interesse de nenhum profissional do Programa Mais Médicos. De acordo com o representante do Ministério da Saúde, Mozart Sales, que os recebeu, este número pode chegar a quatro mil até dezembro.
Recepcionados de forma festiva, com faixas e gritos de boas vindas por vinte integrantes da União da Juventude Socialista (UJS) e da União Metropolitana de Estudantes Secundaristas (Umes), os médicos retribuíram a gentileza balançando as bandeiras do Brasil e de Cuba que traziam nas mãos. "Oh abre alas que os cubanos vão passar/ é mais saúde para a população/sejam bem vindos e a nossa gratidão" foi entoada pelos estudantes numa versão da música "Oh abre alas" de Chiquinha Gonzaga.
Na entrevista, realizada com quatro dos médicos, eles informaram que todos são especialistas em saúde da família e têm experiência de ajuda em outros países. Citaram Haiti, Venezuela, Paquistão, Guatemala e Honduras. Disseram que o curso de graduação de Medicina em Cuba é de seis anos e destacaram que lá eles têm tudo garantido - saúde e educação. "Nossas famílias estão seguras, com o necessário para viver", disse Natasha Romero Sanchez.
"Nós nos formamos com base na solidariedade e no humanismo", acrescentou ela, ao falar da alegria de estar no Brasil e poder "colaborar com o SUS". Ao seu ver, "o sistema de saúde brasileiro é desenvolvido".
Sobre a rejeição da classe médica brasileira à chegada dos estrangeiros isentos do exame para validar seus diplomas, ela destacou: "Não viemos mudar nenhum sistema social, viemos aprender com nossos colegas e poder ajudar o povo pobre com carência de atenção médica primária adequada".
Os profissionais vieram em número de 200, em voo fretado da empresa área "Cubana". Trinta ficaram em Pernambuco, vão se juntar aos outros médicos estrangeiros que estão em alojamentos do Exército e na segunda-feira (26) começam curso de treinamento de três semanas sobre a legislação sanitária brasileira e língua portuguesa.
Passo importante 
Presidente estadual da UJS, Thiara Milhomem, 23 anos, afirmou que as mobilizações contrárias à vinda de profissionais estrangeiros pela classe médica brasileira "não deslegitima a vinda dos médicos". "A vinda deles não resolve o problema da saúde no Brasil, mas é um passo importante", afirmou.
Postado há 31 minutes ago por
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Francisco Almeida 





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