sexta-feira, 15 de março de 2013

Via Email: SARAIVA 13: ONU atribui a Lula unificação e aumento de programas sociais



SARAIVA 13


Posted: 14 Mar 2013 04:24 PM PDT

 

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O ex-ministro Franklin Martins deu sua contribuição nesta semana à série que o Instituto Lula faz sobre os 10 anos do PT no Palácio do Planalto. Ministro de Lula, Franklin disse que "até algum tempo atrás, a maioria dos presidentes, a maioria dos governos, governava o Brasil para apenas um terço da população". "Era como se eles dissessem para o restante, que estava excluído: ´Eu até gostaria de ajudar vocês, eu até gostaria de ter medidas que fizessem vocês se levantar. Mas é impossível. Virem-se!´", diz o ex-ministro em vídeo publicado no site do instituto, que também já entrevistou o ex-ministro Patrus Ananias e a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello.

Assista ao vídeo:


Leia o texto do Instituto Lula sobre a entrevista de Franklin:






Ex-ministro do governo Lula diz que políticas de inclusão da última década mudaram o país, que ganhou em autoestima, e mudaram o povo, que se tornou um ator político efetivo da democracia brasileira.


O jornalista Franklin Martins, ex-ministro da Comunicação Social no governo Lula, disse que o protagonismo do povo foi a grande conquista política e cultural de 10 anos de governos democráticos e populares que começaram com a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002. "Até algum tempo atrás, a maioria dos presidentes, a maioria dos governos, governava o Brasil para apenas um terço da população. Era como se eles dissessem para o restante, que estava excluído: ´Eu até gostaria de ajudar vocês, eu até gostaria de ter medidas que fizessem vocês se levantar. Mas é impossível. Virem-se!´".


A declaração foi dada em uma entrevista para o Instituto Lula e faz parte de uma série sobre os 10 anos de governo democrático e popular. Você pode acompanhar mais opiniões sobre os 10 anos que mudaram o país clicando aqui.


Para o ex-ministro, a exclusão de parcelas consideráveis da população das decisões de governo, a pretexto de que a política para os pobres era uma impossibilidade, está na raiz do "famoso complexo de vira-lata do povo brasileiro" (clique aqui para ler a crônica do dramaturgo Nelson Rodrigues que cunhou o termo "complexo de vira-lata", em 1958). Com a eleição de Lula, o cenário começou a mudar e o povo decidiu não apenas escolher governos que governassem para todos, mas passou também a cobrar esses governos.


"Eu acho que o que mudou muito de 10 anos para cá é que o povo escolheu governos e cobrou desses governos que eles governassem para a maioria. Eu acho que essa é a grande mudança, porque ela fecundou, ela gerou diversas políticas que acabaram atendendo à maioria do povo, que passou a ver que havia um governo que governava para ele". Franklin ressalta que isso gerou também uma tensão no sentido contrário. "E que passou também a ver que existia uma elite que não admitia que se governasse para todos e que foi fazer uma oposição furiosa a esses governos".


A participação efetiva do povo, não apenas como beneficiário das políticas governamentais, mas também como ator político, marca uma mudança visível na última década, segundo o ex-ministro: "Eu acho que o que tem de novidade no Brasil, no fundo, é o coroamento de um processo de acumulação e fortalecimento da democracia, onde o povo foi identificando seus interesses, aprendendo a votar, votando em quem poderia fazer políticas que o beneficiassem e depois elegeu governos que iam implementar essas políticas, deu força a esses governos e cobrou desses governos. Eu acho que a novidade é que o povo é um ator político muito maior hoje em dia e por isso mesmo está no centro dos acontecimentos."


"Uma classe média muito maior, redução da miséria, Prouni, Luz para Todos, Bolsa Família... a quantidade de programas é indescritível, mas a grande coisa é o seguinte: o povo está no centro da política no Brasil hoje", completa.


Termo "complexo de vira-latas" foi cunhado em 1958



O dramaturgo e escritor Nelson Rodrigues cunhou o termo "complexo de vira-lata" em 1958, para designar a postura de inferioridade assumida no futebol, a partir de 1950, quando o Brasil perdeu a Copa do Mundo para o Uruguai, no Maracanã. Para Rodrigues, o brasileiro só começou a se curar esse complexo em 1958, quando ganhou a Copa pela primeira vez, mas apenas nesse esporte. A postura permaneceu em relação a outros temas. "Por 'complexo de vira-lata', entendo eu a inferioridade em queo brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo´", afirmou.

Em agosto do ano passado, o ex-ministro e vice-presidente do PSB Roberto Amaral escreveu na revista Carta Capital uma outra crônica revisitando o termo. Para ele, esse complexo foi alimentado pelos interesses dominantes. "Esse sentimento existe, mas regado pela classe dominante brasileira, desde a Colônia, que sempre viveu de costas para o país e com os sonhos, as vistas e as aspirações voltadas para a Europa. Terra de "índios desafeitos ao trabalho", de "negros manimolentes e banzos" e "europeus de segunda classe", nosso destino, traçado pelos deuses, era a de eternos coadjuvantes.
História própria, industrialização, destino de potência... ah, isso jamais!". O texto re Roberto Amaral relembra fatos curiosos, como a oposição direitista a obras como a Ponte Rio-Niterói, o metrô no Rio de Janeiro, a Petrobras e — mais recentemente — a transposição do rio São Francisco. Clique aqui para ler o artigo de Roberto Amaral.

Postado por às 14:44Nenhum comentário:

Do Blog O TERROR DO NORDESTE.
Posted: 14 Mar 2013 03:28 PM PDT
Posted: 14 Mar 2013 02:35 PM PDT


Posted by on 14/03/13 • Categorized as Análise

O relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulgado ao longo da quarta-feira (14 de março) pôs fim à polêmica sobre quem de fato unificou e deu impulso ("alargamento") aos programas sociais que geraram os enormes elogios ao Brasil que predominam no último relatório sobre o Índice de Desenvolvimento Humano.
Apesar de a mídia estar tentando atribuir ao governo Fernando Henrique Cardoso as ações sociais mais decisivas no sentido de ter gerado a manchete que predominou no site do PNUD, a qual diz que "Brasil tem alto desempenho no desenvolvimento humano e é exemplo para o mundo", a leitura do relatório conta uma história diferente.

Abaixo, o texto.
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RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2013
A ascensão do Sul
Progresso humano num mundo diversificado
Capítulo 3
Página 87

"(…) Em 2003, o Bolsa Escola foi alargado ao programa Bolsa Família por via da fusão de vários outros programas de transferências pecuniárias e não pecuniárias num único sistema de seleção sob uma administração simplificada. Em 2009, o programa Bolsa Família cobria mais de 12 milhões de famílias em todo o país, ou 97,3% da população visada. Estes programas também abriram perspectivas em termos de administração dos programas e de capacitação das mulheres, graças ao desenvolvimento de canais de distribuição inovadores, tais como cartões ATM para mães com baixos rendimentos que não possuíam contas bancárias. Isto traduziu-se numa queda substancial dos índices de pobreza e de pobreza extrema e numa redução da desigualdade (…)"
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Se os dados se referissem a 2012, os resultados seriam muito mais impressionantes, pois o avanço foi muito grande após 2009. Todavia, o que se depreende do estudo é que o governo Lula, em seis anos, entre 2003 e 2009, atingiu, com os programas sociais de transferência de renda, 12 milhões de famílias, enquanto que durante o governo FHC, que durou oito anos, apenas 2,9 milhões de famílias foram contempladas.
Em seis anos, Lula fez quatro vezes mais do que FHC em oito anos.
Esses programas de transferência de renda, entre outros, motivaram a exposição do Brasil em um relatório que já no título diz a que veio. O Relatório do Desenvolvimento Humano 2013 traz como mote "A ascensão do Sul", pois revela que, ao contrário do que ocorre no resto do mundo, sobretudo no mundo rico, é no Sul, mais particularmente na América Latina, que o desenvolvimento humano se instalou.

Do Blog da Cidadania.
Posted: 14 Mar 2013 01:15 PM PDT

Um artigo sugerido por Adriana Lemes de Lima que sintetiza uma série de matérias que foram publicadas ontem assim que o Vaticano anunciou o nome do novo papa. Elas relacionam o novo Papa à ditadura militar argentina.

O novo Papa e a ditadura militar argentina
13/03/2013
Algumas matérias encontradas que vinculam o cardeal Bergoglio aos militares, a sequestros..:
O cardeal Bergoglio e os trinta anos do golpe na Argentina
12/5/2006
Eis de novo em evidência a Igreja católica da Argentina, uma das mais conservadoras, senão reacionária da América Latina e cuja cumplicidade durante os atrozes anos da ditadura militar, entre 1976 e 1983, escandalizaram o mundo.
Quem traz para a superfície a memória daquele período nefasto, cravejado de 30 mil desaparecidos, é Horácio Verbitski, jornalista e escritor argentino que foi nestes 22 anos de democracia um dos mais próximos companheiros das Mães da Praça de Maio.
Agora, com Kirchner, o vento mudou e são disse Verbitski "ao menos 200 os militares na prisão" e 1.400 as causas judiciárias pela violação dos direitos humanos. A notícia é do Il Manifesto, 10-5-06.
Segundo o Il Manifesto, Verbitski é autor de quinze livros, entre eles O Vôo que relata o testemunho do capitão da marinha Adolfo Scilingo sobre os vôos da morte, nos quais detentos vivos eram jogados dos aviões no Rio da Prata.
Agora, Verbitski – afirma o jornal italiano – lança na Itália o seu livro A Ilha do Silêncio no qual desenvolve uma implacável acusação contra o papel da Igreja na ditadura argentina.
Em A Ilha do Silêncio, que se lê como um romance de fato e atroz, diz o Il Manifesto, comparecem todos os nomes notáveis da Igreja na Argentina, os cardeais Caggiano, Aramburo e Pimatesta, os bispos e vigários castrenses Tortolo, Bonamin e Grasseli, e o habitual núncio Pio Laghi. Mas também o nome do atual cardeal Jorge Mario Bergoglio, arcebispo de Buenos Aires, que poderia ter se tornado o primeiro papa latino-americano no conclave após a morte de Wojtyla, vencido por Ratzinger.
De acordo com Il Manifesto, "uma vitória do jesuíta Bergoglio teria sido uma desgraça não menor daquela do pastor alemão". E Verbitski, segundo o jornal, explica e documenta o porque.
Esclarecedor e demolidor, em particular, é o acontecimento dos dois padres jesuítas, Orlando Yorio e Francisco Jalics, que fizeram o erro de trabalhar nas favelas de Buenos Aires e por isto foram traídos e entregues aos militares por Bergoglio (que obviamente nega), diz o jornal a partir de relatos do jornalista.
Verbitski contou estes fatos na Universidade de Roma, apresentando o livro, acompanhado pelo vice-reitor Maria Rosalba Stabili e pelo professor Cláudio Tognonato. Eles três e outros inumeráveis participantes falarão hoje e amanhã da "Argentina; trinta anos do golpe. O Exílio na Itália" destaca o Il Manifesto.
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BERGOGLIO – NOVOS TESTEMUNHOS SOBRE BERGOGLIO E A DITADURA ARGENTINA
O papel do agora cardeal Bergoglio, da Argentina, no desaparecimento de sacerdotes e o apoio à repressão ditatorial é confirmado por cinco novos testemunhos. Falam um sacerdote e um ex-sacerdote, uma teóloga, um integrante de uma fraternidade leiga que denunciou noVaticano o que acontecia na Argentina em 1976 e um leigo que foi sequestrado junto com dois sacerdotes que não reapareceram.
A reportagem é de Horacio Verbitsky, publicada no jornal Página/1218-04-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Cinco novos testemunhos, oferecidos de forma espontânea a partir da notícia "Seu passado o condena", confirmam o papel do agora cardeal Jorge Bergoglio na repressão do governo militar sobre as fileiras da Igreja Católica que ele hoje preside, incluindo o desaparecimento de sacerdotes. As testemunhas são uma teóloga que durante décadas deu catequese em colégios do bispado de Morón, o ex-superior de uma fraternidade sacerdotal que foi dizimada pelos desaparecimentos forçados, um integrante da mesma fraternidade que denunciou os casos ao Vaticano, um sacerdote e um leigo que foram sequestrados e torturados.
Teóloga de minissaia
Dois meses depois do golpe militar de 1976, o bispo de MorónMiguel Raspanti, tentou proteger os sacerdotes Orlando Yorio e Francisco Jalics porque temia que fossem sequestrados, mas Bergoglio se opôs. Assim indica a ex-professora de catequese em colégios da diocese de Morón, Marina Rubino, que nessa época estudava teologia no Colégio Máximo de San Miguel, onde Bergoglio vivia. Por essa circunstância, ela conhecia a ambos. Além disso, ela havia sido aluna de Yorio e Jalics e sabia do risco que eles corriam. Marina decidiu dar seu testemunho depois de ler a nota sobre o livro de descargo de Bergoglio.
Marina Rubino vive em Morón desde sempre. No Colégio do Sagrado Coração de Castelar, ela dava catequese às crianças e formava os pais, o que lhe parecia mais importante. "Uma vez por mês, nos reuníamos com eles. Era um trabalho muito bonito. Essa experiência durou 15 anos". Também deu cursos de iniciação bíblica "em todos os lugares não turísticos da Argentina. Tínhamos uma publicação, com comentários aos textos dos domingos. Queríamos que as comunidades tivessem elementos para pensar". Desde que se aposentou, dá aulas de tecelagem em centros culturais, sociedades de fomento ou em casas.
Ela não quis ingressar no seminário de Villa Devoto porque não lhe interessava a formação tomista, mas sim a Bíblia. Em 1972, começou a estudar teologia na Universidad del Salvador. A carreira era cursada no Colégio Máximo de San Miguel. No primeiro ano, teve como professor Francisco Jalics e, no segundo, Orlando Yorio. Enquanto estudava, coordenava a catequese no colégio Sagrado Coração de Castelar, onde também estava a religiosa francesa Léonie Duquet. "Eram tempos difíceis. Por fazer no colégio uma opção pelos pobres levando a sério oConcílio Vaticano II e a reunião do Celam de Medellín, perdemos a metade dos alunos. Mas mantivemos essa opção e continuamos formando pessoas mais abertas à realidade e ao compromisso com os mais necessitados, defendendo que a fé tem que fortalecer essas atitudes, e não as contrárias".
O bispo era Miguel Raspanti, que então tinha 68 anos e havia sido ordenado em 1957, nos últimos anos do reinado de Pio XII. Era um homem bem intencionado que fez todos os esforços para se adaptar às mudanças do Concílio, do qual participou. Depois do "cordobazo" de 1969, repudiou as estruturas injustas do capitalismo e estimulou o compromisso com a "libertação de nossos irmãos necessitados". Mas o problema mais grave que ele pôde identificar em Morón foi o aumento dos impostos sobre o pequeno comerciante e o proprietário da classe média. "Muitas vezes, foi preciso discutir e defender essas opções no bispado, e Dom Raspanti costumava terminar as entrevistas dizendo-nos que, se acreditávamos que era preciso fazer esta ou aquela coisa, se estávamos convencidos, ele nos apoiava", lembra Marina. Suas palavras são acompanhadas com atenção por seu esposo, Pepe Godino, um ex-padre de Santa María, Córdoba, que integrou o Movimento de Sacerdotes para o Terceiro Mundo.
Marina cursava teologia em San Miguel das 8h30min às 12h30min. Não haviam lhe dado a bolsa, porque era mulher, mas, como era a coordenadora de catequese em um colégio do bispado, Raspanti intercedeu e obteve que uma entidade alemã se encarregasse dos custos dos seus estudos. Também não quiseram lhe dar o título quando se formou em 1977. O diretor da teologia,José Luis Lazzarini, lhe disse que havia um problema, que não haviam se dado conta de que ela era mulher. Marina partiu em busca de quem a havia recebido ao ingressar, o jesuíta Víctor Marangoni:
- Quando você me viu pela primeira vez, você se deu conta de que eu era mulher ou não?
- Sim, claro, por quê? – respondeu atordoado o vice-reitor diante dessa forte mulher de minissaia.
- Porque Lazzarini não quer me dar o título.
Marangoni se encarregou de reparar essa absurdo. Marina tem seu título, mas a entrega oficial nunca ocorreu.
A desproteção
Em um meio-dia, ao sair de seus cursos, "encontrei Dom Raspanti de pé no hall da entrada, sozinho. Não sei por que o mantinham ali esperando. Estava muito silencioso. Perguntei se estava esperando por alguém, e ele me disse que sim, o padre provincial Bergoglio. Tinha o rosto desfigurado, pálido, acreditei que estava mal de saúde. Cumprimentei-o, perguntei se ele se sentia bem e o convidei a passar para uma salinha que havia no hall".
- Não, não me sinto mal, mas estou preocupado – respondeu Raspanti.
Marina diz que tem uma memória fotográfica daquele dia. Ela fala com voz calma, mas se percebe o apaixonamento em seus olhos grandes e expressivos. Pepe a olha com ternura.
"Me impressionou ver Raspanti sozinho, ele que sempre ia com o seu secretário", diz. Marina sabia que seus professores Jalics e Yorio e um terceiro jesuíta que trabalhava com ela no colégio de Castelar, Luis Dourron, haviam pedido para passar para a diocese de Morón. Yorio, Jalics, Dourron e Enrique Rastellini, que também era jesuíta, viviam em comunidade desde 1970, primeiro em Ituzaingó e depois no Barrio Rivadavia, junto à Gran Villa do Bajo Flores, com conhecimento e aprovação dos sucessivos provinciais da Companhia de JesusRicardo Dick O'Farrell e Bergoglio.
"Eu lhe disse que Orlando e Francisco haviam sido meus professores e que Luis trabalhava conosco na diocese, que eram irrepreensíveis, que não duvidasse em recebê-los. Todos estávamos inclinados para que pudessem vir para Morón. Nenhum dos que conheciam a situação se opunha. Raspanti me disse que era sobre isso que vinha falar com Bergoglio. Já havia recebido Luis, mas precisava de uma carta na qual Bergoglio autorizasse a passagem de Yorio e Jalics".
Marina entendeu que era uma simples formalidade, mas Raspanti lhe esclareceu que a situação era mais complicada. "Com as más referências que Bergoglio havia mandado, ele não podia recebê-los na diocese. Estava muito angustiado porque, nesse momento, Orlando e Francisco não dependiam de nenhuma autoridade eclesiástica e me disse:
- Não posso deixar dois sacerdotes nessa situação, nem posso recebê-los com o relatório que ele me mandou. Venho para lhe pedir que simplesmente os autorize e que retire esse relatório que dizia coisas muito graves.
Qualquer um que ajudasse a pensar era guerrilheiro, comenta Marina. Acompanhou seu bispo até que Bergoglio o recebeu e depois foi embora. Ao sair, viu que o carro de Raspanti também não estava no estacionamento. "Deve ter vindo de ônibus, para que ninguém o seguisse. Queria que a coisa ficasse entre eles dois. Estava fazendo o impossível para dar-lhes proteção".
A teóloga acrescenta que a angústia de Raspanti lhe impressionou, porque, "mesmo que ele não pudesse ser qualificado de bispo progressista, sempre nos defendeu, defendeu os padres questionados da diocese, levava a dormir na casa episcopal aqueles que corriam mais risco e nunca nos proibiu de fazer ou dizer algo que considerássemos fruto do nosso compromisso cristão. Como bom salesiano, se comportava como uma galinha choca com seus padres e seus leigos, abrigava, cuidava, mesmo que não estivesse de acordo. Eram pontos de vista diferentes, mas ele sabia escutar e aceitava muitas coisas".
Um desses padres é Luis Piguillem, que havia sido ameaçado. Ele voltava de bicicleta quando se topou com uma barreira policial que impedia a passagem. Insistiu que queria passar, porque sua casa ficava no bairro, e um policial lhe disse:
- Você vai ter que esperar porque estamos fazendo uma operação na casa do padre.
Piguillem deu meia volta com sua bicicleta e se afastou sem olhar para trás. Dali, foi para o bispado de Morón, onde Raspanti lhe deu refúgio. Os militares disseram que ele havia se escondido debaixo das saias do bispo. Mas não se atreveram a ir buscá-lo ali.
- Raspanti era consciente do risco que Yorio e Jalics corriam?
- Sim. Disse que tinha medo de que desaparecessem. Dois sacerdotes não podem ficar no ar, sem um responsável hierárquico. Poucos dias depois, soubemos que eles os haviam levado.
De Córdoba a Cleveland
Outro testemunho recolhido a partir da publicação do domingo é o do sacerdote Alejandro Dausa, que, na terça-feira 03 de agosto de 1976, foi sequestrado em Córdoba, quando era seminarista da Ordem dos Missionários de Nossa Senhora de La Salette. Depois de seis meses nos quais foi torturado pela polícia cordobesa no Departamento de Inteligência D2, ele pôde viajar para os Estados Unidos, aonde o responsável do seminário já havia chegado, o sacerdote norte-americano James Weeks, por quem o governo de seu país se interessou. Neste ano, irá se realizar em Córdoba o julgamento daquele episódio, cujo principal responsável é o general Luciano Menéndez. Agora, Dausa vive na Bolívia e conta que tanto
Ao chegar aos EUA, soube por órgãos de direitos humanos que Jalics se encontrava em Cleveland, na casa de uma irmã. Dausa e os outros seminaristas, que estavam iniciando o noviciado, convidaram-lhe para dirigir dois retiros espirituais. Ambos foram realizados em 1977, um em Altamont (Estado de Nova York) e outro em Ipswich (Massachusetts). Dausa lembra: "Como é natural, conversamos sobre os sequestros respectivos, detalhes características, antecedentes, sinais prévios, pessoas envolvidas etc. Nessas conversas, ele nos indicou que Bergoglio os havia entregue e denunciado".
Na década seguinte, Dausa trabalhava como padre na Bolívia e participava dos retiros anuais da La Salette na Argentina. Em um deles, os organizadores convidaram Orlando Yorio, que nessa época trabalhava em Quilmes. "O retiro foi em Carlos PazCórdoba, e também nesse caso conversamos sobre a experiência do sequestro. Orlando indicou o mesmo que Jalics sobre a responsabilidade de Bergoglio".
Os assuncionistas
Yorio e Jalics foram sequestrados no dia 23 de maio de 1976 e conduzidos à Esma [Escola de Mecânica da Armada], onde um especialista em assuntos eclesiásticos que conhecia a obra teológica de Yorio lhes interrogou. Em um dos interrogatórios, perguntou-lhe sobre os seminaristas assuncionistas Carlos Antonio Di Pietro e Raúl Eduardo Rodríguez. Ambos eram colegas de Marina Rubino no curso de teologia de San Miguel e desenvolviam trabalhos sociais no bairro popular La Manuelita, de San Miguel, onde viviam e atendiam à capela Jesus Operário. Dali, foram sequestrados dez dias depois que os dois jesuítas, no dia 04 de junho de 1976, e levados para a mesma casa operativa que Yorio e Jalics. Na metade da manhã, Di Pietro telefonou para o superior assuncionista Roberto Favre e lhe perguntou pelo sacerdote Jorge Adur, que vivia com eles em La Manuelita.
- Recebemos um telegrama para ele e temos que lhe entregar – disse.
Desse modo, conseguiu que a Ordem se pusesse em movimento. O superior Roberto Favreapresentou um recurso de habeas corpus, que não obteve resposta. Adur conseguiu sair do país, com a ajuda do núncio Pio Laghi, e se exilou na França. Voltou de forma clandestina em 1980, convertido em capelão do autodenominado "Exército Montonero" e foi preso-desaparecido no trajeto para o Brasil, onde procurava se encontrar com o Papa João Paulo II.
O mesmo caminho do exílio foi seguido por um dos detidos na batida policial do bairro La Manuelita, o então estudante de medicina e hoje médico Lorenzo Riquelme. Quando recuperou sua liberdade, a Fraternidade dos Irmãozinhos do Evangelho lhe deu hospitalidade em sua casa portenha da rua Malabia. Em comunicações desde a França com quem era então o superior dos Irmãozinhos do Evangelho, Patrick Rice, Riquelme disse que quem o denunciou foi um jesuíta do Colégio de San Miguel, que era por sua vez capelão do Exército. Ele está convencido de que esse sacerdote presenciou as torturas que lhe foram aplicadas, em Campo de Mayo, acredita ele.
O amolecedor
Também em consequência da notícia do domingo, um fundador da fraternidade leiga dosIrmãozinhos do Evangelho Charles de FoucauldRoberto Scordato, aceitou narrar seu conhecimento do caso. Entre o fim de outubro e o começo de novembro de 1976, Scordato se reuniu em Roma com o cardeal Eduardo Pironio, que era prefeito da Congregação para os Religiosos do Vaticano, e lhe comunicou o nome e o sobrenome de um sacerdote da comunidade jesuíta de San Miguel que participava das sessões de tortura em Campo de Mayocom o papel de "amolecer espiritualmente" os detidos.
Scordato pediu-lhe que transmitisse ao superior geral Pedro Arrupe, mas ignora o resultado de sua gestão, se é que teve algum. Consultado para esta nota, Rice, que também foi sequestrado e torturado nesse ano, disse que isso não teria sido possível sem a aprovação do padre provincial. Rice e Scordato acreditam que esse jesuíta tinha o sobrenome González, mas, a 34 anos de distância, não lembra com certeza.
Fúria
Como todas as vezes em que seu passado o alcança, Bergoglio atribui a divulgação de seus atos ao governo nacional. Nesta semana, ele reagiu com fúria durante a homilia que pronunciou em uma missa para estudantes. Naquilo que seu porta-voz descreveu como "uma mensagem para o poder político", ele disse que "não temos direitos a mudar a identidade e a orientação da Pátria", mas sim a "projetá-la para o futuro em uma utopia que seja continuidade com aquilo que nos foi dado", que os jovens não têm outro horizonte do que comprar drogas e que os dirigentes procuram ascender, aumentar o caixa e promover os amigos.
Com esse ânimo irascível, ele inaugurará em San Miguel a primeira assembleia plenária do Episcopado de 2010.
Os conservadores argentinos sonham com um papa próprio
Como em 2005, quando Ratzinger foi eleito, os conservadores argentinos voltam a sonhar em ter um homem seu no Vaticano: o cardeal Jorge Bergoglio. Mas o papel desempenhado pela Igreja argentina e pelo cardeal na ditadura militar (1976-1983) torna quase impossível a escolha de um personagem com semelhante currículo.
Oscar Guisoni
Buenos Aires – "Quando João Paulo II morreu todos nos iludimos com a possibilidade de que nosso cardeal Bergoglio assumisse como papa. Mas não aconteceu. Oxalá desta vez ocorra", exclama sem ruborizar uma conhecida jornalista local em uma das tantas transmissões improvisadas da televisão argentina surpreendida, como o resto do mundo, com a renúncia de Bento XVI. "Deus não o permita", responde o colunista Fernando D'Addario, no Página/12.
Como ocorreu em 2005, quando foi eleito o Papa Joseph Ratzinger, os conservadores e ultramontanos argentinos voltam a se iludir com a possibilidade de colocar seu homem no Vaticano: o cardeal Jorge Bergoglio. Mas o papel desempenhado pela Igreja argentina e pelo citado cardeal em particular durante a última ditadura militar (1976-1983) torna quase impossível que o Vaticano opte por habilitar com a "fumaça branca" um personagem com semelhante currículo. Salvo que "assim como nos anos 80 escolheram Karol Wojtyla para canalizar religiosamente a luta do povo polonês (isto é, a do mundo ocidental e cristão) contra o totalitarismo soviético", sustenta D'Addario com acidez, "agora escolham um papa argentino para salvar-nos do populismo gay e favorável ao aborto que se expande como uma peste por estes pampas".
A polêmica, que em apenas algumas horas voltou a impregnar grande parte da imprensa argentina, trouxe à tona de novo a triste memória do papel desempenhado pela Igreja local durante a última ditadura militar e suas implicações no presente. Assim, enquanto o setor mais conservador e católico da classe média local volta a sonhar em ter seu próprio Papa, os organismos de Direitos Humanos e as associações que agrupam os familiares dos 30 mil detidos desaparecidos na última ditadora recordam que a Igreja não só colocou uma venda nos olhos diante da matança organizada pelo Estado, como se fez de distraída inclusive frente o assassinato de seus próprios sacerdotes, comprometidos com a "opção pelos pobres' e com a Teologia da Libertação que havia iluminado o Concílio Vaticano II.
Uma prova da atualidade da polêmica é a recente decisão judicial do tribunal que julgou na província de La Rioja o assassinato dos padres Carlos de Dios Murias e Gabriel Longueville, ligados ao também assassinado bispo Enrique Angelelli, uma das figuras emblemáticas da "Igreja comprometida" dos anos setenta na Argentina. Nesta sentença inédita anunciada na semana passada fala-se pela primeira vez da "cumplicidade" da Igreja Católica local com os crimes cometidos pelos militares, ao mesmo tempo em que se assinala a "indiferença" e a "conivência da hierarquia eclesiástica com o aparato repressivo" dirigido contra os sacerdotes terceiro-mundistas. Chama a atenção, diz ainda a sentença, que "ainda hoje persiste uma atitude resistência por parte de autoridades eclesiásticas e de membros do clero ao esclarecimento dos crimes".
Como ocorreu em 2005, enquanto por trás dos muros do Vaticano se escolhia o sucessor de João Paulo II, a discussão pública leva os argentinos a olhar para sua própria Igreja no espelho que mais os envergonha: do outro lado da Cordilheira, a Igreja Católica tem outra cara para mostrar, já que sua atitude frente à ditadura de Augusto Pinochet foi exatamente a oposta à adotada pela hierarquia argentina. A polêmica transcende rapidamente o âmbito religioso e se instala no cenário político cada vez mais radicalizado, que encontra os partidários da política de Direitos Humanos promovida pelo governo kirchnerista no caminho oposto ao dos conservadores que desejam encerrar os julgamentos contra os responsáveis pelos crimes contra a humanidade executados pela ditadura antes que os processos comecem a bater às portas dos cúmplices civis do regime, o que já começou a acontecer.
Enquanto isso, o candidato em questão, o atual arcebispo de Buenos Aires, Jorge Bergoglio, sonha em alcançar um papado impossível. Nascido em 1936 e presidente da Conferência Episcopal durante dois períodos (cargo que abandonou recentemente por doenças da idade), é difícil que o Vaticano se arrisque a colocar no trono de Pedro um homem citado em vários processos judiciais por sua cumplicidade com a ditadura e que conseguiu evitar seu próprio julgamento por contra de influências e argúcias de advogados. Nada disso impede, porém, os ultramontanos argentinos de sonhar com a possibilidade de ter um Papa em Roma que os ajude a acabar de uma vez por todas com um governo que consideram o pior inimigo da Igreja Católica desde que o presidente Juan Domingo Perón enfrentou-se de forma virulenta (incluindo a queima de algumas igrejas) com a hierarquia católica no final de seu governo em 1955.

Tradução: Katarina Peixoto
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Cardeal Bergoglio denunciado na Argentina por seqüestros durante a ditadura
BUENOS AIRES, 15 Abr (AFP) – O cardeal argentino Jorge Bergoglio, um dos candidatos à sucessão e que participará do Conclave no Vaticano, foi denunciado nesta sexta-feira na Justiça por supostas ligações com o seqüestro de dois missionários jesuítas em 23 de maio de 1976, durante a ditadura, segundo uma fonte judicial do Palácio de Tribunais.
A denúncia foi apresentada pelo advogado e dirigente de organizações defensoras dos direitos humanos Marcelo Parrilli, que pediu ao juiz Norberto Oyarbide que investigue a atuação do cardeal quando um comando da marinha de guerra seqüestrou e fez 'desaparecer', durante cinco meses, os dois religiosos.
As vítimas eram Orlando Virgilio Yorio e Francisco Jalics, companheiros de Bergoglio na Companhia de Jesus, cuja congregação fazia trabalhos de ajuda social numa localidade do bairro de Bajo Flores.
Parrilli, segundo a denúncia à qual teve acesso a AFP, se baseou em artigos jornalísticos e no livro 'Igreja e Ditadura', escrito por Emilio Mignone, fundador do Centro de Estudos Legais e Sociais (CELS).

Do Maria Frô.
Posted: 14 Mar 2013 01:08 PM PDT

Gilmar foi a "garganta  profunda" do Ataulfo (*)?
A Globo manda ou não manda no Supremo ?

Mais um e seria "formação de quadrilha"
Como se sabe, Gilmar Dantas (**) compareceu ao lançamento de livro de autor conhecido pela alcunha de "rola bosta".

Ayres Britto, o Big Ben de Propriá, que marcou o julgamento do Dirceu para a hora de o eleitor de São Paulo votar em Haddad, já entrou para o PiG (***), ao lado da Souza Cruz.

O Padim Pade Cerra, esse que defende os industriais e não fala em "povo", foi ao lançamento do livro do Ataulfo(*) no Rio e depois assistiu a elegante ágape com ele.

Agora, Gilmar, entre o Ataulfo e o Big Ben, faz merchandising do livro do Ataulfo (*).

Terá sido Gilmar a "garganta profunda" que dizia ao Ataulfo quem podia votar, quando e como ?

Esses são os juízes impolutos que condenaram o Dirceu !

A Globo não ganha eleição.

Dá Golpe.

"G" de Globo é "G" de Golpe !

E Golpe se dá no Supremo.

No Paraguai e no Brasil.

Big Ben, Gilmar Dantas, Merval, Padim, imaculado banqueiro (sem menosprezar os 18′ do Gilberto Freire com "i" (****): como diz o Mino, é tudo da mesma sopa !


Paulo Henrique Amorim


(*) Até agora, Ataulfo de Paiva era o mais medíocre dos imortais da história da Academia Brasileira de Letras. Tão mediocre, que, ao assumir, o sucessor, José Lins do Rego, rompeu a tradição e, em lugar de exaltar as virtudes do morto, espinafrou sua notoria mediocridade.

(**) Clique aqui para ver como eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele. E não é que o Noblat insiste em chamar Gilmar Mendes de Gilmar Dantas ? Aí, já não é ato falho: é perseguição, mesmo. Isso dá processo…

(***) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(****) Ali Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da história da Globo (o ansioso blogueiro trabalhou com os outros três), deu-se de antropólogo e sociólogo com o livro "Não somos racistas", onde propõe que o Brasil não tem maioria negra. Por isso, aqui, é conhecido como o Gilberto Freire com "ï". Conta-se que, um dia, D. Madalena, em Apipucos, admoestou o Mestre: Gilberto, essa carta está há muito tempo em cima da tua mesa e você não abre. Não é para mim, Madalena, respondeu o Mestre, carinhosamente. É para um Gilberto Freire com "i".
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Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 14 Mar 2013 01:03 PM PDT

Do Cidadania - 14/03/13 

 

 



Eduardo Guimarães

Após o anúncio da escolha do cardeal Jorge Mario Bergoglio pelo Conclave do Vaticano para suceder Joseph Ratzinger – o agora "Papa Emérito" Bento XVI – sob o nome "Francisco", formou-se, quase que imediatamente, um consenso até meio óbvio de que tal escolha busca combater o avanço dos evangélicos e da esquerda na América Latina, a região do mundo que – ainda – é a mais católica.

A tese que o Vaticano obviamente abraçou é a de que ter um líder da Igreja Católica oriundo desta parte do mundo poderá recuperar para si o imenso rebanho que veio perdendo através das últimas décadas para as igrejas evangélicas, como se essa desidratação do catolicismo tivesse ocorrido pela nacionalidade dos Papas João Paulo II ou Bento XVI e não por essa Igreja se manter presa a dogmas cada vez mais incompatíveis com a evolução política e ideológica dos povos latino-americanos.

Antes de analisar a estratégia católica, porém, alguns dados importantes.
O novo Papa é um descendente de italianos que foi escolhido no país mais italiano da América Latina, pois a Argentina foi o país da região que mais recebeu imigrantes italianos – estima-se que entre 1870 e 1970 entraram no país 2,9 milhões de italianos por lá, enquanto que o Brasil recebeu 1,5 milhão.

Só para se ter uma ideia de quão italiana é a Argentina, apesar de hoje o Brasil, com seus quase 200 milhões de habitantes, ter cerca de 25 milhões de descendentes de imigrantes italianos, a Argentina, com quase 40 milhões de habitantes, tem um contingente de descendentes de italianos bem menos miscigenado e que é mais ou menos o mesmo ou até um pouco superior.

E quanto ao perfil do novo Papa, é mais parecido com o de seu antecessor do que parece. Muitos apontaram a coincidência entre Bergoglio e Joseph Ratzinger por ambos supostamente terem tido vínculos com regimes ditatoriais e desumanos, respectivamente a ditadura argentina e o nazismo.

Ratzinger foi chamado de "nazista" por ter integrado a juventude hitlerista e Bergoglio é acusado de ter delatado esquerdistas ao regime militar argentino e até de ter se envolvido em "sequestro de bebês".
Ambos se defendem da mesma forma. Enquanto Ratzinger e seus biógrafos alegam que ele integrava a juventude hitlerista porque na Alemanha, à época, era obrigatório, mas que nunca se filiou ao partido nazista, Bergoglio e os biógrafos dele alegam que após a prisão dos dois sacerdotes os quais é acusado de ter delatado, trabalhou nos bastidores para libertá-los intercedendo junto ao ditador Jorge Rafael Videla.

Quanto às ideias do atual Papa e de seu antecessor, o Vaticano trocou seis por meia dúzia. Ambos conservadores, ambos intransigentemente contrários aos direitos dos homossexuais, ao aborto etc., etc., etc.
O que resta de novidade no novo Papa, portanto, é a sua origem latina – apesar de ser mais italiano do que o antecessor, ainda que menos europeu –, um suposto ativismo social cujos resultados concretos ninguém sabe quais foram e uns tais "hábitos simples" como o de ter usado transporte público um dia, o que, convenhamos, parece muito pouco para ele se comparar – ou, vá lá, ser comparado – a São Francisco de Assis.

É nesse ponto que a escolha do novo Papa, assim como a do anterior, assume contornos bem parecidos com a estratégia que o PSDB vem adotando há muito, mas que se acentuou a partir da eleição presidencial de 2010: ir buscar apoio entre a parcela mais reacionária da sociedade, fenômeno que fez o partido apelar para os mesmos "valores" ultraconservadores como "família" e "direito à vida".

O Vaticano com Bergoglio, portanto, parece estar inovando muito pouco em termos de estratégia política, e errando a mão em sua escolha.

Não só o PSDB, mas todos os grandes partidos que se desviaram para a direita – ou que sempre a integraram – na América Latina vêm tomando verdadeiras sovas eleitorais com o recurso a esse setor decadente e minguante das sociedades da região, o qual, com a crescente escolarização e ascensão social em curso por aqui, deve diminuir muito nos próximos anos.

O fato de o novo Papa ser latino, portanto, muito dificilmente fará os convertidos à fé evangélica retornarem ao seio da Santa Madre Igreja, pois não a deixaram devido ao Papa anterior ser europeu e sim porque sentem-se mais acolhidos pela nova fé que abraçaram, que, ao menos, não lhes parece tão distante de si quanto o catolicismo, mesmo que isso possa não ser verdade, ou que seja apenas parte dela.

E, politicamente, a latinidade de Bergoglio não fará a América Latina trocar o bem-estar e a ascensão social da maioria pobre da região proporcionados por governos progressistas para cair de cabeça na retórica sobre "corrupção" ou "valores familiares" que políticos conservadores como os do PSDB, do DEM etc. encamparam, pois tais "valores", como bem sabem todos, não enchem barriga.
.
Posted: 14 Mar 2013 08:23 AM PDT
Do Conversa Afiada - publicado em 14/03/2013
Gurgel tem até julho para botar o "safo" na cadeia. Depois de julho ele entra para História.
Saiu na Folha (*):

Procurador de Minas rejeita investigar Lula no mensalão


Ministério Público Federal descarta acusação de Valério contra ex-presidente. Caso vai para DF após avaliação de que novo depoimento prestado por empresário não acrescentou novidades.

PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE

Sem tomar depoimentos, a Procuradoria da República em Minas Gerais descartou investigar as acusações do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza sobre a suposta participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no mensalão.

O procurador Leonardo Melo decidiu remeter os papéis para apuração da Procuradoria no Distrito Federal. Conforme a Folha apurou, ele avaliou que as declarações de Valério sobre Lula em nada acrescentavam às apurações existentes em Minas e às ações que correm na Justiça Federal do Estado.

Ele havia sido encarregado em fevereiro de analisar um depoimento prestado pelo empresário à Procuradoria Geral da República em 24 de setembro de 2012, em meio ao julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal.


(…)  
Como diz o Mauricio Dias, o castelo daquele que Fernando Collor chama de "prevaricador" começa a cair.
 NAVALHA


Navalha


Clique aqui para ver o que o Ministério Público Federal não quis ver, seja na gestão de Antonio Fernando, seja na do brindeiro Gurgel: as íntimas, profundas ligações entre Marcos Valério e o imaculado banqueiro Daniel Dantas, que levam ao subterrâneo tucano de Sao Paulo.
Clique aqui para ver como o "Prevaricador", segundo Collor, se vale do PiG.


Paulo Henrique Amorim





(* ) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da "ditabranda"; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de "bom caráter", porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 14 Mar 2013 08:19 AM PDT



Logo após o anúncio, fiéis católicos se reuniram nas escadarias da Catedral de Buenos Aires

Correio do Brasil / BBC Brasil
 
"Buzinaços foram ouvidos nas ruas de Buenos Aires logo após o anúncio da escolha do cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, como novo papa. Mas as comemorações logo deram lugar às manifestações de apoio ou repúdio ao novo pontífice. Logo após o anúncio, fiéis católicos se reuniram nas escadarias da Catedral de Buenos Aires, no centro da cidade. Com bandeiras azuis e brancas, as cores da Argentina, gritavam: "O papa é argentino" e "Salve Bergoglio".

A catedral fica a poucos passos da sede da Presidência da República, a Casa Rosada, e em frente à Praça de Maio, símbolo dos protestos em defesa dos direitos humanos e contra os crimes da ditadura, com a qual o agora papa Francisco foi acusado de colaboração por um jornalista local. Nas ruas, a euforia durou poucos minutos. O clima ainda era de surpresa e, ao mesmo tempo, de orgulho com o nome de um papa argentino. "Temos rainha (princesa Máxima, mulher do príncipe herdeiro da Holanda), temos Messi e agora o papa", disse a comerciante Maribel Cortinez, de 36 anos.

- Ele nos acolheu, nos abraçou e se emocionou com cada um de nós quando perdemos nossos filhos naquela tragédia de Cromañon – disse, na quarta-feira, o pai de uma das vítimas do incêndio em uma discoteca que deixou dezenas de mortos em 2004, em Buenos Aires. Nas principais emissoras de rádio e de televisão do país, como os canais TN e C5N, comentaristas destacavam a "austeridade" de Bergoglio, que costumava viajar de metrô e de trem na capital argentina, e suas homilias criticando a exclusão social e a corrupção nos governos. "Um povo que não cuida de suas crianças e de seus idosos é um povo em decadência", disse ele em uma missa.

Casamento gay

Suas declarações polêmicas incluíram a condenação publica ao então projeto do casamento entre pessoas do mesmo sexo, aprovado em 2010 no país, transformando a Argentina no primeiro país da região a adotar a medida. "Não sejamos ingênuos, não se trata de simples luta política, mas a pretensão destrutiva ao plano de Deus, o de um homem e uma mulher crescerem e se multiplicarem", afirmou."
Matéria Completa, ::AQUI::

Posted: 14 Mar 2013 07:38 AM PDT


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Telegramas da embaixada americana em Buenos Aires mostram a influência do novo papa na política argentina e sua ligação com a oposição 
Despachos oriundos da embaixada de Buenos Aires, vazados pelo Wikileaks, revelam que o novo papa da Igreja Católica, o argentino Jorge Bergoglio, era um nome bastante citado pela oposição argentina em conversas com diplomatas americanos.
Embora não haja nenhuma conversa direta entre o líder religioso e os diplomatas dos Estados Unidos, os oito cables que citam o cardeal no período de 2006 a 2010 mostram que a oposição do país vizinho, assim como os americanos, via nele um agente político poderoso contra os Kirchner.
O atual papa Francisco é citado em um documento do final de outubro de 2006 que trata do revés político sofrido pelo aliado de Néstor Kirchner, então presidente, na província de Missiones, no nordeste do país. Carlos Rovira, tentara um plebiscito para alterar a constituição da província e tornar possível sua própria reeleição por indefinidas vezes. Mas foi batido pela oposição liderada pelo bispo emérito de Puerto Iguazú, Monsignor Piña.
"O Cardeal Jorge Mario Bergoglio, líder da Arquidiocese Católica de Buenos Aires, ofereceu seu apoio pessoal aos esforços de Piña, mas também desencorajou qualquer envolvimento oficial da Igreja em política", relata o documento. O engajamento de outros religiosos na política é descrito neste mesmo telegrama. "A lista de candidatos da oposição era constituída principalmente de líderes religiosos, incluindo ministros católicos e protestantes, que eram amplamente vistos como líderes morais livres de qualquer bagagem política", apontaram os diplomatas.
E se Bergoglio descartava o envolvimento "oficial" da Igreja, outros documentos revelam  que ele não se mantinha longe da política. Em um documento de maio de 2007, a relação entre a Igreja Católica e o governo Néstor Kirchner é descrita como "tensa": "Bergoglio recentemente falou de sua preocupação com a concentração de poder de Kirchner e o enfraquecimento das instituições democráticas na Argentina". Além disso, reportam os documentos, Bergoglio agia fortemente nos bastidores, provocando a irritação dos partidários de Kirchner. "O prefeito de Buenos Aires, Jorge Telerman, e sua parceira de coalizão e candidata a presidência, Elisa Carrio, supostamente encontraram-se com Bergoglio em abril, e a inclusão do líder muçulmano Omar Abud na lista de candidatos ao legislativo de Telerman foi supostamente ideia de Bergoglio", reportaram os diplomatas. O religioso também era muito próximo de Gabriela Michetti, então ex-vice prefeita de Buenos Aires e atualmente deputada federal da oposição, segundo outro telegrama, de 26 de janeiro de 2010.
A relação desgastada entre a Casa Rosada e a Arquidiocese de Buenos Aires chegou ao rompimento entre as duas instituições. Os laços institucionais entre a presidência argentina e o cardeal só seriam retomados por Cristina Kirchner em 2008, quando ela se encontrou com Bergoglio, segundo telegrama de abril daquele ano. Dias depois, os americanos especulam sobre a possibilidade do Cardeal negar-se a celebrar a missa de 25 de maio – data nacional na Argentina – em decorrência da mudança das festividades de Buenos Aires para Salta.

Um líder manchado pela relação com a ditadura

Outro telegrama que cita Bergoglio, de outubro de 2007, narra a condenação de Christian Von Wernich, padre e ex-capelão da polícia de Buenos Aires durante a ditadura na Argentina. Wernich foi considerado cúmplice em sete assassinatos, 31 casos de tortura e 42 sequestros.
Após o veredito, a arquidiocese de Buenos Aires publicou uma nota em que convocava o sacerdote a se arrepender e pedir perdão em público. "A Arquidiocese disse que a Igreja Católica Argentina estava transtornada pela dor causada pela participação de um dos seus padres nestes crimes graves", relata o despacho.
Para os americanos, este evento acabaria impactando na imagem de Bergoglio. "Entretando, numa época em que alguns observadores consideram o primaz católico romano Cardeal Bergoglio ser um líder da oposição à administração Kirchner por conta de seus comentários sobre questões sociais", comenta o documento, "o caso Von Wernich pode ter o efeito, alguns acreditam, de minar a autoridade moral ou capacidade da Igreja (e, por conseguinte, do Cardeal Bergoglio) de comentar questões politicais, sociais ou econômicas".
Marcus V F Lacerda
No Pública


Posted: 14 Mar 2013 06:19 AM PDT



"Procurador responsável por analisar o depoimento em que o empresário Marcos Valério diz que Lula se beneficiou do esquema do mensalão descarta investigar o ex-presidente; para ele, o depoimento não acrescentou nada às investigações que correm em Minas Gerais sobre o caso e, portanto, as acusações foram enviadas para análise do Ministério Público no Distrito Federal; o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, havia mencionado os outros processos ligados ao mensalão que correm em Minas para justificar o envio
O procurador Leonardo Augusto Santos Melo descartou abrir investigação contra o ex-presidente Lula com base no depoimento em que o empresário Marcos Valério diz que o petista se beneficiou do esquema do mensalão. Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, o depoimento não acrescentou nada às investigações que correm em Minas Gerais sobre o caso do mensalão ou às ações que tramitam na Justiça Federal no Estado.
Baseada nessa avaliação, a Procuradoria da República em Minas Gerais enviou para análise do Ministério Público Federal no Distrito Federal o depoimento. No entendimento dos procuradores mineiros, os fatos narrados por Valério, entre eles o pagamento de contas de Lula com dinheiro proveniente do esquema, teriam ocorrido no Distrito Federal.
Quando enviou o depoimento a Minas, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, justificou a opção fazendo menção às seis ações decorrentes de desmembramentos do mensalão que seguem aberta no Estado (relembre). "Depois de uma verificação cuidadosa, constatamos que lá [Minas Gerais] já existe procedimento decorrente de um desmembramento determinado pelo ministro Joaquim Barbosa, que trata de assunto relacionado ao esquema do mensalão, e não compreendido na Ação Penal 470", disse Gurgel no início de fevereiro."
Posted: 14 Mar 2013 06:15 AM PDT
Posted: 14 Mar 2013 05:56 AM PDT



Posted: 14 Mar 2013 05:54 AM PDT



Andares de Pedacchio no seu território de Paraguai
Cardeal Bergoglio - Expoente da Igreja Liberal na América Latina.
Cardeal Bergoglio - Expoente da Igreja Liberal na América Latina.
Seria bom dar algum exemplo de como o Pe. Pedacchio, oficial da Congregação para os bispos, informa o Cardeal Bergoglio e manipula, segundo suas orientações, informação que é confidencial – além de, é claro, distorcer e criar evidências.
Segundo fontes fidedignas, algumas das mais recentes atividades do cardeal de Buenos Aires e dos seus minutantes1 na Cúria Romana se concentram sobre um bispo do Paraguai. Recordemos que o Paraguai é precisamente o país do qual se encarrega Pedacchio na Congregação para os Bispos.
Dom Rogelio Livieres - Seu único defeito é ser católico
Dom Rogelio Livieres - Seu único defeito é ser católico
No final do ano de 2008 se produzia uma curiosa filtragem de informação altamente confidencial. Um bispo do Paraguai, Dom Rogelio Livieres, havia entregado ao Papa uma carta pessoal e confidencial durante a visita ad limina em que destacava alguns dos problemas prementes na nomeação dos bispos deste país – um desses bispos acabava de se tornar presidente da República, contra toda a lei canônica e depois se tornou público o que os bispos paraguaios guardavam em segredo: havia tido alguns filhos 'segundo a carne', para usar uma expressão das Escrituras.
Esta carta, pessoal e confidencial, foi filtrada pela imprensa do Paraguai para atacar a este bispo que buscava uma melhora nas nomeações episcopais. Com grande prejuízo, é claro, para Mons. Livieres. Ninguém, salvo Livieres, conhecia o texto desta carta no Paraguai. E ele entregou apenas uma cópia ao Papa. Provavelmente foi o mesmo Pedacchio quem, como oficial encarregado do Paraguai na Congr. para os Bispos, 'filtrou' esta informação que estava sob segredo pontifício.
Até o momento, é o que nos informaram alguns amigos de Assunção sobre este tema. Contudo, segundo nos informamos desde Argentina e da Santa Sé, a atenção privilegiada do Cardeal Bergoglio sobre este bispo paraguaio não se desgastou com o tempo. Pelo contrário, cresceu.
Padres e seminaristas de Ciudad del Este visitando as ruínas das missões jesuítas no país.
Padres e seminaristas de Ciudad del Este visitando
 as ruínas das missões jesuítas no país.
Para Bergoglio, do Paraguai, lhe importa sobretudo que não cresçam as vocações sacerdotais para o seminário de Ciudad del Este, que é uma verdadeira bofetada no progressismo reinante que alguns bispos paraguaios e também o mesmo Bergoglio incentivam. O que mais preocupa é que não triunfe a renovação eclesiástica e litúrgica que o Papa promove e que alguns chamam de 'reforma da reforma', ou seja, a vida litúrgica da Igreja conforme o estabelecido pelo Concílio Vaticano II, celebrada na dinâmica da 'hermenêutica da continuidade'. Ele se preocupa com a forma de tantos sacerdotes jovens num contato fluído e habitual com a forma ordinária e extraordinária, algo muito pouco comum na América Latina.
A estratégia geral de Bergoglio seria desacreditar a obra de renovação eclesial encarada por Mons. Livieres, não desde a doutrina ou liturgia, onde encontra muito eco em Roma do Papa Bento XVI, mas desde os  procedimentos de promoção vocacional.
Na verdade, durante a reunião geral da O.S.A.R (Organização dos Seminários da República Argentina), em 10 de novembro de 2011, no Seminário de La Plata  (província de Buenos Aires), surgiu o tema a partir de um dos superiores do Seminário de Buenos Aires – supostamente revelando um segredo pontifício – sobre uma legislação particular que estaria sendo preparada em Roma para restringir o "trânsito" de seminaristas de um seminário para outro. Foi mencionado como exemplo um caso do Seminário de Ciudad del Este, com nome e sobrenome. Foi dito nesta reunião que a Santa Sé 'processou' um bispo paraguaio – leia-se Mons. Livieres – por receber um seminarista proveniente de Buenos Aires, sem haver pedido as informações canônicas, e procedendo a ordenação como diácono, também segundo eles, sem os requisitos acadêmicos.
Sejamos honestos. Ainda que Bergoglio tivesse pedido sanções para Livieres, não era necessário ir até o Paraguai – a terra vigiada por Pedacchio – para encontrar supostos exemplos destes casos. Ocorrem, de fato, com muita frequência na mesma Argentina. E não são poucos os seminaristas que fogem horrorizados do próprio seminário de Buenos Aires – e, para falar a verdade, não somente por razões litúrgicas. Por ter sido nomeado direta e publicamente este bispo, que por outra parte nos contam está oferecendo tantos frutos positivos em sua terra, quer dizer que Bergoglio e seus informantes estão querendo pelo menos desacreditá-lo, ou destruí-lo. Além da enorme injustiça que este ataque supõe para o bom nome do seminarista, que na realidade não teve nenhuma sanção disciplinar nem foi acusado de nada grave. Assim reconheceu publicamente o reitor do Seminário de Buenos Aires, Pe. Giorgi, quem, contudo, não levantou nem uma tímida voz para defendê-lo.
A coisa não terminou ai. Semanas depois, este tema foi tratado – novamente com nome e sobrenome dos 'envolvidos' – na reunião do Conselho Presbiteral da arquidiocese de Buenos Aires. Sempre buscando prejudicar o bom nome dos bispos que não estão bem vistos pelo Cardeal.
Alguém tem na consciência a obrigação de expressar o que tantos outros calam, por medo ou temor de ver sua carreira arruinada em represália. Tudo é conhecido na Arquidiocese de Buenos Aires. O triste é que o que surge destas fontes é distorcido, quando não mentiroso. E então é certo mais do que nunca o adágio "de Roma viene lo que a Roma va", uma vez que em seguida, apenas disparadas as difamações ou calúnias, informantes adestrados como Pedacchino levam o "caso" a Roma, aos "contatos" chave, para semear infâmias e pedir sanções.
Sob os grandes sinais de humildade que ostenta, Bergoglio esconde não poucos desejos de poder real. E os teve desde suas origens na Guardia de Hierro e sua antiga relação com a P22 (com sua provada relação com Almirante Massera3). A sorte do cardeal é que foi atacada nestes pontos por um jornalista chamado Verbitzky, que foi desacreditado devido ao conhecido ódio visceral que tem contra a Igreja na Argentina. Deste modo, seu ataque a Bergoglio se afirmou tendencioso, mesmo com suas investigações sérias e bem documentadas.
O Papa e Bergoglio Quebra de sigilo pontifício e maquinações dignas da máfia italiana.
O Papa e Bergoglio
Quebra de sigilo pontifício e maquinações dignas da máfia italiana.
Mas voltando sobre as aparentes preocupações de Bergoglio sobre o Seminário de Ciudad del Este, no Paraguai, surpreende tanto zelo quando o seu próprio seminário deixa tanto a desejar. É conhecido que há seminaristas de moral duvidosa que sonham em ser dirigidos espiritualmente por alguns dos menos recomendáveis bispos auxiliares do cardeal. "O Jesuíta" – como reza o título da sua autobiografia – que descuida tanto da vida espiritual e da formação do seu clero em vias de extinção, não guarda o menor pudor na hora de acusar. Sua especialidade é a acusação aos bispos por suposta homossexualidade, ou afinidade com homossexualidade, ou por proteção de homossexuais em seus seminários ou no clero. Outra das suas ferramentas é a acusação de problemas psíquicos. Tem para isto uma equipe de psiquiatras a sua disposição, que elaboram os "informes" úteis para o caso.
É uma pena que a Argentina, e em certo ponto o Paraguai e uma parte do CELAM – onde ele não está presente, mas estão os seus minutantes – tenham que pagar a conta das suas artimanhas. A próxima geração de bispos ficará comprometida por estas campanhas?

Quem quiser conhecer toda a verdade sobre Bergoglio não tem senão que reconstituir: recorrer e analisar o conjunto de informação que há sobre o cardeal – não os boatos ou denúncias anônimas, mas afirmações feitas por pastores autorizados. Só se encontrará dificuldades porque, quem trai o Papa revelando segredos pontifícios ou quem difama e calunia, também é capaz de dissipar algumas páginas ou as mesmas pastas de relatórios da Cúria Romana. No final do dia, vale tudo para torná-lo como o "Escolhido", como o seu lema episcopal geralmente é explicado.
________
1 – Minutante: Oficial da Cúria Romana encarregado de redigir as minutas, que são projetos de notas oficiais e outros documentos. É a primeira etapa no trabalho na Cúria Romana, sendo um cargo de base.
2 -P2 é a designação mais comum para a Loja Maçónica italiana Propaganda Due (Propaganda Dois).
Além da Itália, a P2 também tinha atividades na Suécia no Uruguai, no Brasil e especialmente na "Guerra Suja" da Argentina (com Raúl Alberto Lastiri, Presidente por escasso período de Julho de 1973 até 12 de Outubro de 1973; Emilio Massera, que foi membro da Junta Militar de 1976 a 1978, líderada por Jorge Rafael Videla e José López Rega, Ministro das Obras Sociais no governo de Péron e fundador da Aliança Anticomunista da Argentina).
3 – Emilio Eduardo Massera (19 de outubro de 1925 – Buenos Aires, 8 de novembro de 2010) foi um militar argentino. Neto de imigrantes suíços de origen de [Chiavenna] (Italia), seguiu carreira militar na Marinha Argentina (Armada Argentina). Destacou-se entre seus colegas de arma como um hábil articulador político. Anti-peronista convicto participou do golpe que destituiu Juan Perón em 1955.Ironicamente foi promovido à almirante pelo próprio Perón após seu retorno de exílio em 1973. Após a morte do general em 1974, Massera somou-se aos conspiradores que efetuaram o golpe de estado em 24 de março de 1976 conta a presidente María Estela Martínez de Perón. Membro integrante da junta militar ao lado de Jorge Rafael Videla (Exército) e Orlando Ramón Agosti (Aeronáutica), Massera protagonizou através da Marinha Argentina uma repressão implacável aos opositores do regime, com um saldo de milhares de mortos.
Do blog La cigüeña de la torre chega a matéria muito interessante sobre o "modus operandi" de um dos mais importantes bispos da América Latina e, segundo algumas especulações passadas, o candidato anti-ratzinger no conclave de 2005.
No Frates in Unum

Posted: 14 Mar 2013 05:45 AM PDT


Dentro das atividades da Iniciativa África do Instituto Lula, que busca compartilhar experiências em políticas públicas e estreitar os laços entre Brasil e África, o ex-presidente Lula  iniciou nesta quarta-feira uma viagem de uma semana por quatro países da África - Nigéria, Benin, Gana e Guiné Equatorial. Lula visitou três países da África em novembro de 2012 (África do Sul, Moçambique e Etiópia) e deve, ainda em 2013, visitar também países da África Oriental.
Segundo o Instituto Lula, durante a viagem, o líder se encontrará com presidentes, ex-presidentes, lideranças sociais e empresariais africanas, para trocar experiências sobre políticas públicas e estimular o crescimento das relações entre Brasil e África.
No último dia da viagem, 19 de março, Lula participará de um evento da revista The Economist, o Nigeria Summit 2013, em Lagos.Lula também fará uma palestra para empresários no país, e se encontrará com escritores e com o técnico da seleção nigeriana de futebol, campeã do continente, que irá disputar a Copa das Confederações no Brasil.
Antes disso, o ex-presidente visitará a Guiné Equatorial (dia 14 de março), Gana (dias 15 e 16 de março) e Benin (dia 17). Em Accra, capital de Gana, Lula fará uma palestra, participará de um debate sobre programas sociais na sede da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), visitará o escritório da Embrapa e se encontrará com John Kufuor, ex-presidente de Gana que ganhou em 2011, junto com Lula, o World Food Prize, pelo seu trabalho contra a fome.

Por: Helena™0 Comentários  
Posted: 14 Mar 2013 05:19 AM PDT



Rede Brasil Atual

Cardeal se orgulha de amizade com um dos comandantes da Junta Militar que em sete anos deixou 30 mil mortos, e foi chamado a depor em vários processos


Anunciado hoje (13) como novo papa em uma votação tida como surpreendente, o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio é investigado dentro de seu país pela colaboração com a ditadura. Nos dois processos mais famosos, responde pela ajuda que teria dado ao sequestro e à tortura de dois jesuítas e à apropriação de bebês, prática comum do último regime militar (1976-83).
A participação de Bergoglio no governo responsável pela morte de 30 mil pessoas é antiga e famosa, mas os sinais mais claros surgiram ao longo da última década, quando, após a derrubada de leis que protegiam os repressores do passado, foi possível dar início a julgamentos. O próprio cardeal se orgulhava das boas relações com o comandante da Marinha Emilio Massera, integrante da primeira Junta Militar e responsável, em 1955, por derrubar Juan Perón durante a autodenominada Revolução Gloriosa – um golpe de Estado, na realidade.
Foi na Marinha que se formou o principal campo de concentração do regime iniciado em 1976. A Escola de Mecânica (Esma, na sigla em castelhano) recebeu 5 mil prisioneiros, e menos de 200 deles saíram com vida. A causa Esma é uma das principais iniciadas nos últimos anos, e tem resultado em desdobramentos que alcançaram Bergoglio.
Ciente disso, e ansioso pela possibilidade de assumir o papado em caso de renúncia de Joseph Ratzigner, Bento XVI, Bergoglio encomendou em 2010 uma operação de "limpeza" de seu nome. Segundo reportagem do jornal argentino Página12, o livro El Jesuíta foi escrito com a intenção de desfazer as más impressões criadas em torno do religioso pelo período em que comandou a Companhia de Jesus, entre 1973 e 1979.
Em 2010, juízes do Tribunal Oral Federal número 5 foram até a sede do arcebispado de Buenos Aires tomar o depoimento do cardeal, acusado de trabalhar pelo sequestro e pela tortura de dois jesuítas em 1976. Naquele momento, Bergoglio comandava a Companhia de Jesus em San Miguel, e uma série de testemunhos o conectam ao crime. 
Francisco Jalics e Orlando Yorio, as próprias vítimas do sequestro, acusam Bergoglio de havê-los denunciado, em uma operação policial na qual desapareceram Mónica Candelaria Mignone,María Marta Vázquez Ocampo e Martha Ocampo de Vázquez. Em 2011, o jornalista Horacio Verbistky descobriu um documento do Ministério das Relações Exteriores e Culto da Argentina que corrobora a suspeita. Naquele momento, Jalics, húngaro, havia feito um pedido de renovação de seu passaporte. O informe da chancelaria aponta que Bergoglio apontou que havia "suspeitas de contato com guerrilheiros" e "conflitos de obediência". A solicitação do jesuíta foi negada.
Em 2010, o médico Lorenzo Riquelme, então com 58 anos, declarou que o grupo que o sequestrou e torturou saiu da sede da Companhia de Jesus. Militante da Juventude Peronista e do movimento cristão, Riquelme deu a declaração com base no que foi dito a sua mulher, também raptada. Ela trabalhava no Observatório de Física Cósmica de San Miguel, que passou de um reduto peronista a um lugar de atuação de homens infiltrados da Marinha e sob controle de Bergoglio. 
Mom Debussy, um jesuíta que tinha a confiança de Bergoglio, afirmou que algumas vezes o cardeal lhe contou sobre os projetos de Massera, sempre demonstrando simpatia pelo regime, e que pretendia vender à Marinha o Observatório de Física. Debussy disse ainda que os trabalhadores do Observatório eram demitidos pelo religioso depois de voltar das sessões de tortura.
Outro documento oficial, datado de 1976, narra o que o líder religioso defendeu a comandantes militares. Advogou esclarecer a posição da Igreja Católica, de suporte ao regime, afirmando que "de nenhuma maneira pretendemos formular uma posição de crítica ao governo", dado que um fracasso "levaria, com muita probabilidade, ao marxismo". 
Em 2011, veio à tona a possível participação de Bergoglio em um caso de sequestro de bebês, uma prática adotada pelo regime, que executou várias mulheres grávidas ou com filhos pequenos. O Tribunal Oral Federal número 6 convocou o cardeal a depor no processo de Estela de la Cuadra, uma das fundadoras das Avós da Praça de Maio. Segundo Estela, o agora papa tem relevantes informações sobre o desaparecimento de sua sobrinha, Ana, roubada dos braços da mãe em uma delegacia de La Plata, cidade vizinha a Buenos Aires. 
No mesmo ano, a Justiça francesa determinou que o Judiciário argentino tomasse o depoimento de Bergoglio pela suspeita de participação no desaparecimento de um padre francês que morou na Companhia de Jesus. O testemunho de uma monja em 1984 já indicava a relação do então chefe da congregação com o sequestro que resultou nas mortes de Gabriel Longueville e do sacerdote Carlos de Dios Murias.


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Posted: 13 Mar 2013 03:00 PM PDT

CartaCapital


O argentino Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, eleito nesta quarta-feira 13 para suceder o papa Bento XVI, é um jesuíta austero, de tendência moderada e que leva uma vida discreta. Sua designação para ocupar o trono de São Pedro é a primeira das Américas para dirigir a Igreja Católica, que também jamais esteve a cargo de um representante da Companhia de Jesus.
Arcebispo de Buenos Aires e primaz da Argentina, este homem tímido e de poucas palavras goza de um grande prestígio entre seus seguidores, que apreciam sua total disponibilidade e sua forma de vida, afastada de qualquer ostentação.
Bergoglio nasceu no dia 17 de dezembro de 1936 no seio de uma família modesta da capital argentina, filho de um funcionário ferroviário de origem italiana e de uma dona de casa. Frequentou a escola pública, onde se formou como técnico de química, e aos 22 anos se uniu à Companhia de Jesus, onde obteve uma licenciatura em Filosofia.
Depois de entrar para o ensino privado, começou seus estudos de Teologia e foi ordenado sacerdote em 1969. Aos 36 anos foi designado responsável nacional dos jesuítas argentinos, cargo que desempenhou durante seis anos.
Papel na ditadura
Na ditadura argentina (1976-83) Bergoglio atuou para manter a unidade do movimento jesuíta e combateu a Teologia da Libertação (tentativa de unir o marxismo e o catolicismo) sob o lema de "manter a não politização da Companhia de Jesus".
Na tentativa de manter os jesuítas unidos, Bergoglio teria, segundo acusações, entregado dos padres jesuítas Orlando Yorio e Francisco Jalics às forças do regime argentino. Os dois teriam ficado cinco meses detidos em 1976. 
Diante de um grande público, no qual se encontravam membros da Igreja Católica e de outras confissões, foi apresentado nesta sexta-feira o livro "El jesuita: Conversaciones con el cardenal Jorge Bergoglio", dos jornalistas Francesca Ambrogetti e Sergio Rubin. 
Carreira no Vaticano
Depois da ditadura, Bergoglio viajou à Alemanha para obter seu doutorado e, em seu retorno, retomou a atividade pastoral como simples sacerdote de província na cidade de Mendoza (1.100 km a oeste de Buenos Aires). Em maio de 1992, João Paulo II o nomeou bispo auxiliar de Buenos Aires e começou a escalar rapidamente a hierarquia católica da capital: foi vigário episcopal em julho deste ano, vigário-geral em 1993 e arcebispo coadjutor com direito de sucessão em 1998.
Converteu-se posteriormente no primeiro jesuíta primaz da Argentina e, em fevereiro de 2001, vestiu finalmente a púrpura de cardeal. De acordo diversos relatos da imprensa, Bergoglio teria ficado em segundo lugar no conclave de 2005, que elegeu Joseph Ratzinger como sucessor de João Paulo II. 
Bergoglio teve vários cargos na Cúria Romana, como na Congregação para o Clero e na Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Ele goza de prestígio geral por seus dotes intelectuais e dentro do Episcopado argentino é considerado um moderado, a meio caminho entre os prelados mais conservadores e a minoria progressista.
Em um país de maioria católica, se opôs de forma tenaz em 2010 à aprovação da lei que consagrou o casamento homossexual, a primeira na América Latina. "Não sejamos ingênuos: não se trata de uma simples luta política; é a pretensão destrutiva ao plano de Deus", disse Bergoglio pouco antes da sanção da lei. Também se opôs a uma mais recente lei de identidade de gênero que autorizou travestis e transsexuais a registrar seus dados com o sexo escolhido. Bergoglio é também contrário ao aborto e à eutanásia. (Com informações da AFP)

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Posted: 13 Mar 2013 02:31 PM PDT


Chico e Bento

Jesus barrado no conclave dos Cardeais

Cardeais da Igreja Católica vieram de todas as partes do mundo, cada qual carregando as angústicas e as esperanças de seus povos, alguns martirizados pela Aids e outros atormentados pela fome e pela guerra. Mas todos mostravam certo constrangimento e até vergonha pois vieram à luz os escândalos, alguns até criminosos, ocorridos em muitas dioceses do mundo, com os padres pedófilos; outros implicados na lavagem de dinheiro de mafiosos e super-ricos italianos que para escapar dos duros ajustes financeiros do governo italiano, usavam o bom nome do Banco Vaticano para enviar milhões de Euros para a Alemanha e para os USA. E havia ainda escândalos sexuais no interior da Cúria bem como intrigas internas e disputas de poder.
Face à gravidade da situação, o Papa reinante sentiu que lhe faltavam forças para enfrentar tão pesada crise e constatando o colapso de sua própria teologia e o fracasso do modelo de Igreja, distanciado do Vaticano II, que, sem sucesso, tentou implementar na cristandade, acabou honestamente renunciando. Não era covardia de um pastor que abandona o rebanho mas a coragem de deixar o lugar para alguém mais apropriado para sanar o corpo ferido da Igreja-instituição.
Finalmente chegaram todos os Cardeais, alguns retardatários, à sede de São Pedro para elegerem um novo Papa. Fizeram várias reuniões prévias para ver como enfrentariam este fato inusitado da renúncia de um Papa e o que fariam com o volumoso relatório do estado degenerado da administração central da Igreja. Mas em fim decidiram que não podiam esperar mais e que em poucos dias deveriam realizar o Conclave.
Juntos rezaram e discutiram o estado da Terra e da Igreja, especialmente a crise moral e financeira que a todos preocupava e até escandalizava. Consideraram, à luz do Espírito de Deus, qual deles seria o mais apto para cumprir a dificil missão de "confirmar os irmãos e as irmãs na fé", mandato que o Senhor conferira a Pedro e a seus sucessores e recuperar a moralidade perdida da instituição eclesiástica.
Enquanto lá estavam, fechados e isolados do mundo, eis que apareceu um senhor que pelo modo de vestir e pela cor de sua pele parecia ser um semita. Veio à porta da Capela Sistina e disse a um dos Cardeais retardatários: "posso entrar com o Senhor, pois todos os Cardeais são meus representantes e preciso urgentemente falar com eles".
O Cardeal, pensando tratar-se de um louco, fez um gesto de irritação e disse-lhe benevolamente: "resolva seu problema com a guarda suiça". E bateu a porta. Então, este estranho senhor, calmamente se dirigiu ao guarda suiço e lhe disse:"posso entrar para falar com os Cardeais, meus representantes"?
O guarda o olhou de cima para baixo e não acreditando no que ouvira, pediu, perplexo, que repetisse o que dissera. E ele o fez. O guarda com certo desdém lhe disse: "aqui entram somente cardeais e ninguém mais".
Mas esta figura enigmática insistiu: "eu até falei com um dos Cardeais e todos eles são meus representantes, por isso, me permito de estar com eles".
O guarda, com razão, pensou estar diante de um paranóico destes que se apresentam como Cesar ou Napoleão. Chamou o chefe da guarda que tudo ouvira. Este o agarrou pelos ombros e lhe disse com voz alterada: "Aqui não é um hospital psiquiátrico. Só um louco imagina que os Cardeais são seus representantes".
Mandou que o entregassem ao chefe de polícia de Roma. Lá, no prédio central, repetiu o mesmo pedido: "preciso falar urgentemente com meus representantes, os Cardeais". O chefe de polícia nem se deu ao trabalho de ouvir direito. Com um simples gesto determinou que fosse retirado. Dois fortes policiais o jogaram numa cela escura.
De lá de dentro continuava a gritar. Como ninguém o fizesse calar, deram-lhe murros na boca e muitos socos. Mas ele, sangrando, continuava a gritar:"preciso falar com meus representantes, os Cardeais". Até que irrompeu cela adentro um soldado enorme que começou a golpeá-lo sem parar até que caisse desmaiado. Depois amarrou-lhe os braços com um pano e o dependurou em dois suportes que havia na parede. Parecia um crucificado. E não se ouviu mais gritar:"preciso falar com meus representantes, os Cardeais".
Ocorre que este misterioso personagem não era cardeal, nem patriarca, nem metropolita, nem arcebispo, nem bispo, nem padre, nem batizado, nem cristão, nem católico. Era um simples homem, um judeu da Galiléia. Tinha uma mensagem que poderia salvar a Igreja e toda a humanidade. Mas ninguém quis ouvi-lo. Seu nome é Jeshua.
Qualquer semelhança com Jesus de Nazaré, de quem os Cardeais se dizem representantes, não é mera coincidência mas a pura verdade.
"Veio para os seus, e os seus não o receberam" observou mais tarde e tristemente um seu evangelista.
Leonardo Boff

Posted: 13 Mar 2013 01:42 PM PDT


Jorge Mario Bergoglio, a partir de agora o papa Francisco I, nasceu em 17 de dezembro de 1936. Filho de pai italiano, Bergoglio foi ordenado padre em 1969. Em 1998, se tornou arcebispo de Buenos Aires e, em 2001, se tornou cardeal.
Bergoglio teve vários cargos na Cúria Romana, como na Congregação para o Clero e na Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Em 2005, quando o alemão Joseph Ratzinger se tornou o papa Bento XVI, Bergoglio teria ficado em segundo lugar no conclave, uma informação jamais confirmada oficialmente.
Bergoglio tem posições conservadoras comuns na Igreja Católica. O novo papa se opõe ao aborto e à eutanásia. Em 2010, quando a Argentina debatia a legalização do casamento gay, Bergoglio conclamou os católicos contra a lei autorizando a união homossexual. Segundo ele, aquela era uma "guerra de Deus".

Las Madres de Plaza de Mayo acusan a Bergoglio de darles la espalda

La Asociación Madres de Plaza de Mayo criticó a la Iglesia Católica y la acusó de colaborar "con la tortura de nuestros hijos" en la última dictadura militar y afirmó que "es la iglesia de Bergoglio". Los conceptos están contenidos en un documento que distribuyeron durante una conferencia prensa, con motivo de conmemorarse los 30 años del día en que las Madres se pusieron el pañuelo blanco como símbolo identificatorio
 
El diálogo con la prensa fue encabezado por Hebe de Bonafini y por el intendente de Luján, Miguel Angel Prince, quien leyó la resolución municipal 1513, del 7 de octubre del '90, donde se criticaba la decisión de indultar a los genocidas por parte del ex presidente Carlos Menem.
El texto de las Madres, que leyó Bonafini, hace una distinción entre lo que identificó como la Iglesia del cardenal primado y titular de la conferencia episcopal, Jorge Bergolglio, y "la Iglesia del pueblo", entre los que señaló a los "padres palotinos, de Mugica y Angelelli".
Los padres palotinos figuran como desaparecidos, mientras que el ex obispo riojano, Enrique Angelelli, fue asesinado por la dictadura, aunque en un primer momento su muerte pareció un accidente automovilístico.
El cura tercermundista Carlos Mugica fue asesinado por la Triple A, la organización parapolicial que se dedicó a perseguir y a matar opositores políticos hasta el golde Estado del '76.
El documento sostiene que "La Iglesia que se calló ante los crímenes aberrantes, la que participó activamente en la tortura de nuestros hijos, no es la iglesia del pueblo, la de los padres palotinos, Mugica y Angelelli".
"La que colaboró, la que nos mintió, la que nos dio la espalda es la Iglesia de Bergoglio y la derecha, la que apaña a los curas violadores, la que se queda muda ante el juicio a Von Wernich, pero vomita todo su odio cuando se habla de aborto", sostiene el texto de la organización en su párrafo más duro.
Las Madres de Plaza de Mayo anunciaron que los pañuelos volverán a estar frente a la Basílica de Luján "para seguir reclamando justicia y para reivindcar a nuestros 30 mil hijos revolucionarios que nos han enseñado todo".
Hebe de Bonafini anticipó que mañana se entregarán las primeras viviendas de la villa porteña Ciudad Oculta, cuyos beneficiarios decidieron bautizar con el nombre "Barrio de los Pañuelos Blancos", en honor al símbolo de la Madres.
El intendente de Luján informó que el municipio decidió declarar a las Madres Rosita Palazzo y a Ana Aguirre ciudadanas ilustres, dado que son vecinas del partido bonaerense.
El símbolo del pañuelo va a estar colgado en un lugar visible el próximo domingo en Lujan, en oportunidad de la peregrinación anual de la juventud católica, adonde suelen asistir centenares de miles tras una larga caminata.

Posted: 13 Mar 2013 01:39 PM PDT


Em relação à matéria intitulada "Graça Foster usa serviço de informações do PT na Câmara para rebater críticas do PSDB", publicada pela Agência Estado (12/03), a Petrobras esclarece que:
1) A Companhia não "usou o serviço de informações do PT". Atendendo a solicitação do site Informes, da Liderança do PT na Câmara, a Companhia enviou resposta da Presidente Maria das Graças Silva Foster para questionamento sobre a situação financeira da Petrobras e o desenvolvimento das atividades no pré-sal. A resposta, inclusive, continha informações já fartamente divulgadas pela Companhia e publicadas pelo jornal Correio Braziliense em entrevista da presidente no último domingo, 10/03/2013.
2) Não havia "olheiros" da Petrobras no seminário promovido pelo PSDB, e sim assessores da Companhia realizando legitimamente o seu trabalho.
Confira, abaixo, o esclarecimento da Petrobras encaminhado sob demanda à Folha de S. Paulo, Globonews, Reuters, G1, Valor Econômico e O Globo, sobre as questões apontadas durante o seminário do PSDB sobre a Companhia:
1- "Mito da autossuficiência"
Esclarecimento: O Brasil atingiu a autossuficiência em petróleo em 2006: a produção de petróleo no País equiparou-se ao volume de derivados consumidos à época. Entre 2007 e 2012, no entanto, a demanda por derivados cresceu 4,9% no Brasil, contra um crescimento de 3,4% na produção de petróleo. A partir de 2014, a produção de petróleo no Brasil voltará a atingir a autossuficiência volumétrica, ou seja, volumes iguais de petróleo produzido e de derivados consumidos, contando a produção da Petrobras + Parceiros + Terceiros.
O Brasil, no entanto, nunca foi autossuficiente em derivados. O País sempre importou e continuará importando derivados até que entrem em operação as novas refinarias previstas no Plano de Negócios e Gestão 2012-16 da Petrobras. A curva de produção da Companhia apresentará um crescimento contínuo, até atingir 2,5 milhões de barris por dia em 2016 e 4,2 milhões de barris por dia em 2020. A produção de petróleo passará, então, a superar a produção de derivados, o que dará ao País, também, autossuficiência em derivados. Em 2020, planejamos ter 4,2 milhões de barris de petróleo por dia contra uma capacidade de refino de 3,6 milhões de barris por dia e um consumo de 3,4 milhões de barris por dia.
De fato os dispêndios com a importação de derivados de petróleo foi de US$ 7,2 bilhões acumulados ao longo do ano de 2012, mas houve também um ganho liquido de US$ 6,8 bilhões com as receita relativas à exportação de petróleo.
2- "Perda de 47,7% do seu valor de mercado"
Esclarecimento: Em 11/03/2011 o valor de mercado da Petrobras era de R$ 398 bi e hoje (11/03/2013) R$ 234 bi tendo uma perda de R$ 164 bi, perdendo 41,2% do seu valor de mercado.
3- "Perdas sucessivas no ranking mundial"
Esclarecimento: A Petrobras era a terceira maior empresa em valor de mercado atrás da Exxon Mobil e a PetroChina ao longo do primeiro semestre de 2010 (em 03 março de 2010 o valor de mercado da Petrobras US$ 184,4 bi) após o processo de capitalização, hoje (12/03/2013) estamos em 7º lugar em termos de valor de mercado (1º Exxon, 2º PetroChina, 3º Chevron, 4º Shell, 5º BP, 6º Total).
4- "Petrobras hoje: a imagem da desconfiança"
Esclarecimento: Não há desconfiança. A Petrobras tem grande facilidade de acesso ao mercado de dívida, a baixos custos, por meio de diversas fontes. Portanto, são justamente estes investimentos elevados que irão gerar retornos para nossos acionistas. A Petrobras é hoje reconhecida pelo mercado como a empresa que dispõe do melhor portfólio de ativos de petróleo e gás dentre todas as companhias de capital aberto no mundo. Portanto, altos níveis de investimento fazem todo sentido econômico, face às oportunidades que se apresentam para a Companhia. Somente no Brasil, a Petrobras dispõe hoje de 15,7 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) em reservas provadas. Ademais, com os volumes que potencialmente serão incorporados no pré-sal e o direito de produzir os barris da Cessão Onerosa podemos aumentar nossa base de volumes recuperáveis para um patamar de quase 30 bilhões de boe. Temos hoje, seguramente, a capacidade, a tecnologia, o conhecimento e os recursos necessários para transformar todo esse potencial em riquezas para nossos acionistas, que irão se materializar pelo crescimento de nossa produção, que irá mais do que dobrar em 2020. É importante não esquecer que os investimentos da indústria de petróleo e gás são de longa maturação, haja vista a complexidade das operações. Entretanto, não menos importante é destacar a celeridade com que fomos capazes de tornar o pré-sal uma realidade. O primeiro óleo do campo de Lula ocorreu em 2009, apenas três anos após sua descoberta, um resultado excepcional quando comparado à média da indústria mundial. Hoje, a Petrobras e seus parceiros já ultrapassaram o marco de 300 mil barris de petróleo por dia no pré-sal, um feito extremamente relevante.
5- "Ações da Petrobras em queda"
As nossas perspectivas são as mais positivas possíveis no longo prazo. Iremos mais do que dobrar a nossa produção de petróleo no Brasil em 2020, atingindo 4.200 mil barris por dia de petróleo (ante uma produção de 1.980 mil barris por dia em 2012) por meio de projetos de alta rentabilidade, que irão se traduzir em elevados retornos para os nossos acionistas. Estamos aumentando a eficiência operacional da Companhia e otimizando nossos custos operacionais para entregar ainda mais valor para os nossos acionistas. Temos hoje cerca de R$ 166 bilhões de ativos em construção em nosso balanço patrimonial, ou seja, R$ 166 bilhões de ativos que ainda não geram caixa para a Companhia. Na medida em que esses e os demais projetos de nosso Plano de Negócios e Gestão entrarem em operação, iremos aumentar ainda mais nossa geração de caixa e, por conseguinte, o valor gerado para nossos acionistas.
6- "Pré-sal: o bilhete premiado que o Brasil pode perder"
Esclarecimento: A Petrobras não vai comentar.
7- "Aumento do investimento no refino gera prejuízo"
Esclarecimento: Entre os anos de 2000 e 2012 o consumo de gasolina no país cresceu 68%, o de diesel 46% e o de querosene de aviação (QAV) 58%, reflexo evidente do crescimento da economia, da melhora das condições de emprego e renda da população e da ascensão das classes sociais. Diante de um mercado que cresce muito mais do que a média mundial, fica clara a necessidade de ampliação do parque de refino, retomando os investimentos em novas unidades, o que não era feito desde 1980, 33 anos atrás.
Apesar de operar com altíssima eficiência (96% da capacidade em 2012), a capacidade de refino disponível é de cerca de 2 milhões barris por dia para uma demanda de cerca de 2,2 milhões barris por dia. Por isso que a nova capacidade de refino é fundamental. Em 2020 a capacidade de refino será de 3,6 milhões de barris por dia e a demanda será de 3,4 milhões de barris por dia, sendo esta a principal fonte de receitas da Petrobras. O investimento da Petrobras na Área de Abastecimento foi de R$ 29 bilhões em 2012.
8- "Produção diminui e dívida cresce"
A produção de petróleo da Petrobras foi de 700 mil barris por dia em 1995 e chegou a 1,5 milhão de barris por dia em 2003. De 2003 a 2012, o patamar de produção de petróleo da Petrobras elevou-se de 1,5 milhão de barris por dia para 2,0 milhões de barris por dia, e chegará a 2,5 milhões de barris por dia em 2016 e 4,2 milhões de barris por dia em 2020.
Convém esclarecer que quanto mais alto o patamar de produção de uma companhia, maior é o desafio de manutenção e crescimento deste patamar, dado que a natureza dos reservatórios de petróleo é o declínio natural da produção, que varia de 10% a 14% ao ano em campos de águas profundas.
Assim, para a sustentação e crescimento da curva, faz-se necessário um alto índice de sucesso exploratório, que agregue reservas e descobertas para a produção futura. Para fins de comparação, o Índice de Sucesso exploratório da Petrobras foi de 64% em 2012 (82% no pré-sal), enquanto a média mundial está em 30%.
Além da necessidade de novas descobertas, a manutenção de patamares elevados de produção também depende da operação dos sistemas atuais com níveis adequados de eficiência operacional. Isso demanda, em alguns períodos, paradas programadas para manutenção com consequente queda da produção dessas unidades. Também ocorre, no caso das novas plataformas, um crescimento gradativo da produção (ramp-up). Esses são os fatores que explicam porque a produção da Petrobras não cresceu no ano de 2012 e no primeiro semestre de 2013, ano no qual 7 novas plataformas estão entrando em operação.
Quanto ao endividamento, as oportunidades de crescimento proporcionadas pelas novas descobertas anunciadas nesses últimos anos, em especial o pré-sal, colocaram a Petrobras em uma situação diferenciada em relação às outras empresas do setor, com um portfólio de projetos rentáveis a serem desenvolvidos que garantem o crescimento orgânico da Companhia. Para financiar esse crescimento, foi necessário aumentar seu nível de endividamento, na medida em que apenas a geração operacional de caixa da Companhia não era suficiente para o aproveitamento dessas oportunidades. A dívida líquida da Petrobras ficou em R$ 148 bilhões no final de 2012.
Porém, isso não é visto como negativo pelo mercado. Pelo contrário, ao longo dos últimos anos, o aumento do endividamento veio acompanhado da redução do custo de captação da Companhia e da melhora da avaliação de risco por parte das agências de rating. A Companhia aumentou o acesso a diversas fontes de financiamento com a redução do custo de captação em dólares para o prazo de dez anos de aproximadamente 9% a.a. em 2002 para aproximadamente 5% a.a. em 2012.
Em 2005, a Companhia recebeu a primeira avaliação de grau de investimento pela agência de classificação de risco Moody´s, tendo sido uma das primeiras empresas brasileiras a receber tal classificação. Desde então, vem recebendo melhoras adicionais nessa avaliação, sendo classificada igualmente pela Standard & Poor´s e Fitch.
9- "Petrobras na mira do Ministério Público"
Esclarecimento: A Companhia reafirma que a aquisição da Refinaria de Pasadena deve ser compreendida no contexto anterior à descoberta do Pré-Sal, estava alinhada ao Planejamento Estratégico da Petrobras à época, no que se referia ao incremento da capacidade de refino de petróleo no exterior, e visava contribuir para o aumento da comercialização de petróleo e derivados produzidos.
Todas as aquisições de refinarias no exterior cumpriam com o mesmo objetivo estratégico que determinava a expansão internacional da Petrobras, apoiada em alguns pilares, a saber: processamento de excedentes de petróleos pesados brasileiros; diversificação dos riscos empresariais e atuação comercial em novos mercados de modo integrado com suas atividades no Brasil e em outros mercados.
10- "Refinaria Abreu e Lima: custo da obra pulou de R$ 4,7 bilhões para R$ 41 bilhões"
Esclarecimento: As projeções iniciais de custos da Refinaria Abreu e Lima (RNEST) referiam-se a um projeto em fase inicial de avaliação, cujo grau de definição permitia estimativas apenas preliminares em relação a custos de infraestrutura, demandas ambientais, integração entre unidades e extramuros.
O maior grau de definição e detalhamento, incorporado a fatores como otimização de escopo, ajustes cambiais e aquecimento de mercado, entre outros, fez com que o valor do investimento tivesse um incremento com a evolução do projeto.
Diversos fatores contribuíram para as variações de prazo, entre eles a necessidade de realização, em alguns casos, de novos processos licitatórios devido a preços excessivos. Outros fatores importantes foram greves, condições ambientais e construção de infraestrutura para acesso ao local da obra.
Hoje, a RNEST já alcançou 70% de execução física em suas obras e o início de operação ocorrerá em novembro de 2014, com investimento previsto de US$ 17 bilhões, prazo e custo estabelecidos no Plano de Negócios e Gestão 2012-2016. Ainda há pleitos em discussão com as empresas contratadas que somam US$ 3 bilhões.
11- "Gestão Gabrielli"
Esclarecimento: No período da administração do presidente José Sergio Gabrielli de Azevedo, entre 2005 e 2012, houve um aumento na Petrobras Controladora de 52% do efetivo próprio e de 130% de empregados de empresas prestadoras de serviços. incluindo aí todos os trabalhadores em obras, entre as quais duas grandes refinarias. Tais aumentos foram consonantes com o crescimento do investimento da Companhia, na ordem de 208%. No período anterior, de 1993 a 2001, não foram realizados concursos pela Petrobras.
- Conteúdo Local
A indústria nacional de bens e serviços tem respondido à altura das demandas da Petrobras, com Conteúdo Nacional que por vezes supera o índice de 85% que é o caso dos projetos do Refino. O aumento do Conteúdo Nacional é possível para bens e serviços que hoje são importados e que apresentam escala econômica para serem produzidos no Brasil. Considerando as vantagens para as empresas, os principais benefícios são a redução dos custos operacionais, a proximidade da base de fornecedores, o aumento da capacidade de inovação da cadeia e a assistência técnica local.
Ilustração: A Justiceira de Esquerda

Posted: 13 Mar 2013 01:35 PM PDT

"À Carta Maior, o jornalista Gianluigi Nuzzi, autor do livro que revelou segredos incômodos do Vaticano, fala sobre a crise moral mais profunda que a igreja já conheceu. "Os vatileaks são como uma máquina do tempo. Estas histórias sempre existiram dentro do Vaticano, mas hoje temos uma fotografia nítida, uma reconstrução documentada", diz Nuzzi. Por Eduardo Febbro, de Roma.

Eduardo Febbro, Carta Maior
O nome de Gianluigi Nuzzi desperta um desconforto visível nos arredores do Vaticano. Este jornalista investigativo é autor do livro que revelou os assuntos sujos do Vaticano, os "vatileaks": Sua Santidade, as Cartas Secretas de Bento XVI. Ali estão compiladas todas as cartas, as notas, mensagens e telegramas que fornecem do Vaticano a imagem de um inferno governado por disputas de poder, conspirações, conjurações e, sobretudo, percorrido por uma densa trama onde personagens lutam nas sombras pelo controle do dinheiro, ou seja, do IOR, mais conhecido como o Banco do Vaticano.

Em Roma, Nuzzi tem um apelido: "correio dos monsenhores e cardeais descontentes". É preciso reconhecer que suas informações são sólidas. Em seu livro precedente, Vaticano SPA, Nuzzi desnudou o lado mais obscuro das finanças vaticanas. Agora foi mais longe. Os Vatileaks que tornou públicos provocaram a crise moral mais profunda que a igreja já conheceu. Seu resultado está na eleição de um novo papa e na renúncia de Bento XVI ao pontificado.
Do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 13 Mar 2013 08:10 AM PDT


Talvez ainda se lembrem de quando Jorge Bornhausen propôs acabar com a raça do PT por 30 anos.
Não conseguiu nem por um dia, mas ficou muito brabo com o Prof. Emir Sader porque o acusou de racista. E foi a juízo.
 
Força do hábito pela justiça daqui sempre dar ganho de causa pro velho Coronel. Mas em nível nacional a coisa é outra e o juiz favoreceu a lógica da conclusão do Sader, provavelmente em consideração às ciências antropológicas que conferem aos antropoides alguns espécimes de diferentes raças, entre elas a humana. Uma única raça com diversidades em suas origens étnicas.
Considerando que o PT é uma agremiação humana, não há sentido algum em se referir aos agremiados sob a sigla como raça. Além do que, quem expressa intenção de acabar com uma raça por qual seja o motivo, não somente se assume racista como se denota um genocida em potencial.
A acusação do Sader foi abalizada pela justiça e o Coronel perdeu pela evidência da lógica. Perdeu no Brasil, porque aqui em seu feudo a raça Bornhausen se prolifera pra todo lado, cotidianamente segregando a população humana de Santa Catarina.
O governo do feudo é do Bornhausen e a administração da sede também é do Bornhausen. Dessa vez diretamente, pois governador e prefeito são do mesmo partido: o ex-DEM/PFL/ARENA/UDN. Mas em todos demais siglas políticas há Bornhausen inseminado. Tanto que nas últimas eleições foi apoiado pelo PSOL e até nos da "raça" do PT catarinense já houve surtos, com ameaças de decapitações e incidências de interesses comuns.
Se no resto do país a raça Bornhausen vem se extinguido em sucessivas derrotas eleitorais, aqui assombra cada vez mais como aconteceu nesta manhã à senhora de 62 de idade no terminal de transporte urbano do centro, ao regressar de uma viagem ao Brasil.
Como se sabe, no Brasil instituições públicas e privadas têm demonstrado algum interesse em oferecer atendimento mais humano aos contribuintes e usuários. Uma dessas formas é a de isentar pessoas com mais de 60 anos do pagamento de tarifa de transporte público.
Isso causou constrangimento ao monopólio do transporte coletivo dessa Transilvânia e se viram obrigados a estipular a idade mínima de 65 anos para a mesma isenção.
Consciente da realidade do feudo em que vive há uma década e meia onde diariamente utiliza o transporte coletivo, a senhora pagou a passagem para poder passar pela catraca de entrada do Terminal Urbano do Centro, ao lado do Rodoviário.
A despeito do aumento populacional de Florianópolis, o monopólio do transporte coletivo continua nas mãos das mesmas companhias que mantém praticamente o mesmo número de veículos em circulação há duas décadas, com redução de algumas linhas. Mas depois de pagar o acesso às plataformas do terminal os passageiros têm o direito de escolher para onde queiram ser transportados como gado. No entanto, cansada da longa viagem interestadual e procurando evitar que sua bagagem incomodasse os demais passageiros pendurados aos balaústres, a senhora dirigiu-se ao cobrador solicitando o direito de usar a entrada da frente do coletivo para poder se acomodar em um dos poucos assentos exclusivos para idosos, todos desocupados.
Isso de assentos destinados a idosos não pagantes é outra coisa que revolta sobremaneira os bornhausens das companhias de transporte coletivo e ela explicou já ter pagado para passar pela catraca de entrada do terminal. Mesmo assim, o constrangido cobrador argumentou que por normas da empresa ela precisaria pagar duas vezes. Sem outra opção a aposentada se deixou lesar no valor de uma viagem a mais. Viagem que não fez, mas pagou. E desconfiou...
Não sem razão. Afinal, três anos a mais ou a menos em que interferem a respeito de assentos vazios, ainda que teoricamente reservados aos idosos?
Pelo telefone confirmou serem mesmo as normas da empresa, pois, conforme a atendente, se entrasse a fiscalização no percurso da viagem, teriam problemas.
É de se imaginar o vexame: ônibus lotado e o fiscal achegando-se aos cabelos brancos da senhora:
- E aí guria! Mostre seus documentos e se não tiver completado 65 anos vai lá pra trás. Tens de viajar em pé porque aqui não é lugar de fedelhas!
Mas se pagar duas vezes a passagem de uma única viagem, pode. Qual a lógica?
Suponha-se uma situação: adentra pela frente do ônibus meia dúzia de skinheads (jovens de mentalidade bornhausiana) e pagam por vinte viagens de ida e volta. Nesse dia todo idoso do hipotético bairro terá de viajar em pé:
- Aí coroa! Ninguém mandou chegar nos 80. Nóis só tem 20, mas temo dinheiro pra arrematar os assento só pra vê tu te fodê aí pendurado. Te agarra na bagagem se não quiser dar de cara no chão!
Haveria muito mais a contar sobre o deficitário transporte público de Florianópolis, das absurdas normas da TRANSOL – Transportes Coletivos, a maior empresa do loteamento das linhas urbanas desta cidade, ou das demais; mas a intenção aqui não é de tentar provocar alguma melhoria nas relações humanas entre instituições privadas e públicas com seus usuários e contribuintes catarinenses, pois se sabe perfeitamente que Brasil é do brasileiros e este feudo de Santa Catarina é do Bornhausen e sua raça.
Não há o que o plebeu catarinense possa fazer a não ser deixar de eleger os espectros do mesmo grupo a cada dois anos. Mas como, se todos os políticos daqui são do Bornhausen?
Empresários também e, pela inutilidade e por ser exaustivo, resume-se essa exposição apenas ao relato de como a mesma usuária que no Brasil não precisou pagar por nenhum transporte urbano e nem mesmo pelo interestadual, aqui teve de pagar por duas viagens para utilizar uma única sem incomodar ninguém com sua bagagem.
Não se estenderá aqui por considerações sobre tarifas mais altas do que as do Brasil para percursos bem menores e um serviço disponibilizado em média de espera de 40 minutos à uma hora, que se designa como sistema de transporte integrado apesar de nordeste a noroeste desta ilha estreita se ter de aguardar igual tempo por cada um dos três ônibus que interligam distâncias comparáveis às da Barra Funda à Baixada do Glicério em São Paulo ou do Flamengo à Ipanema no Rio de Janeiro. Se tanto!
Divulgar as realidades deste feudo ao Brasil não promoverá melhoria nas relações humanas catarinenses e apenas o que se pretende com essa exposição é oferecer uma contribuição à zoologia para a compreensão do comportamento e dos processos de reprodução e disseminação da raça Bornhausen.
Raul Longo
No castorphoto


Posted: 13 Mar 2013 08:06 AM PDT



Roberto Gurgel, depois de meter aquela bunda gorda no processo de Demóstenes Torres, engavetando-o por três anos, depois de fazer vistas grosas para os malfeitos de Perilo, depois de fazer vistas grosas também para os malfeitos de Mário Couto e Pedro Traque,  agora está sendo acusado de sentar a bunda gorda em três processos em que Roseana Sarney é acusada.Perceba que todos esses políticos citados estão sendo acusados de surrupiar, sem dó nem piedade, o patrimônio público, e, a despeito disso, Gurgel não move uma palha, já em relação aos réus do mensalão, que não receberam nem sequer um centavo de recursos públicos, Gurgel está louco para prendê-los, desrespeitando frontalmente o principio de presunção da inocência, que só se encerra quando todos os recursosdos réus transitarem em julgados.Mas isso é uma lição para o governo do PT.Bem fez Geraldo Alckmin, que nomeou o terceiro da lista dos procuradores indicados pelo Ministério Público.Bem fez Eduardo Campos, que nomeou um procurador geral que lhe deve obediência canina.Bem fez Antônio Anastasia, que aprendendo lição do bebum Aécio Neves, nomeou um procurador Geral  que lhe bate continência.O PT quis inovar e aí tomou no cu.Que isso, repita-se, sirva de lição para Dilma Rousseff.

 Proteção a Roseana pode causar queda de Gurgel
Do Conjur - Foi protocolada na manhã desta terça-feira (12/3), na Mesa Diretora do Senado, um pedido de impeachment do procurador-geral da República, Roberto Monteiro Gurgel. A acusação é que ele cometeu crime de responsabilidade ao avocar para si três processos em que a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, é ré e não ter dado andamento aos casos.
O pedido foi protocolado por Aderson Lago, primo de Jackson Lago (morto em 2011), que foi governador do Maranhão e era opositor ao ex-presidente do Senado José Sarney, pai de Roseana. Hoje senador pelo PMDB do Amapá, Sarney fez sua carreira política no Maranhão. Na petição, Lago afirma que se trata de uma questão fática: todos os processos de competência da Procuradoria-Geral da República em que Roseana Sarney é ré foram avocados por Gurgel.
São três as ações em questão. Duas tramitam no Tribunal Superior Eleitoral e uma no Superior Tribunal de Justiça. O procedimento administrativo normal, segundo o pedido de impeachment, é que os processos sejam distribuídos ao gabinete do PGR, mas depois sejam reencaminhados. Os de matéria eleitoral vão para a Vice-Procuradoria-Geral Eleitoral; os do STJ, à Vice-Procuradoria-Geral da República.
A reclamação de Aderson Lago é que Gurgel, sem dar maiores explicações e depois de já ter distribuído os processos a outros procuradores, decidiu tomar para si a condução dos processos. E quer saber, principalmente, porque, depois de avocar os casos, Gurgel não tomou qualquer providência.
Reclamação criminal


O processo que corre no STJ é uma Notícia Crime contra Roseana e outros membros do governo maranhense por causa de um acordo firmado entre o governo estadual e o município de Balsas prevendo o repasse de R$ 30 milhões de um para o outro. O caso foi transformado na Sindicância 236 e distribuído ao ministro Ari Pargendler.
De acordo com o andamento processual, a ação chegou ao STJ no dia 8 de junho de 2010 e dois dias depois, remetido à Corte Especial, que reúne todos os ministros do tribunal. No mesmo dia 10 de junho os autos foram encaminhados ao Ministério Público Federal para manifestação, e não há qualquer movimentação depois disso.
A acusação contra Roseana se refere a outro processo judicial. O município de Balsas ajuizou ação contra o estado do Maranhão alegando estar recebendo apenas 3% do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), quando deveria receber 6%. O município alegava estar com crédito de R$ 9,7 milhões em verbas não repassadas de FPM.
Segundo a acusação, quem representava Balsas na ação era o advogado Marcos Alessandro Coutinho Passos Lobo, que também representou outros municípios com pedidos idênticos. Pouco depois, Passos Lobo foi constituído como advogado da coligação de Roseana Sarney na esfera eleitoral e, depois que Roseana foi eleita, foi nomeado procurador-geral do Maranhão.
O resultado, de acordo com a acusação, é que o estado assinou um acordo de R$ 30 milhões com o município de Balsas para acabar com o litígio judicial. E, segundo o pedido de impeachment a Gurgel, até hoje já foram pagos R$ 20 milhões, mas o procurador-geral da República nunca deu andamento ao caso, quase três anos depois de a Sindicância ter sido protocolada.
Justiça Eleitoral
Os dois casos eleitorais acusam Roseana de abuso de poder econômico para conseguir votos durante as eleições de 2010. Ambas as acusações são de que Roseana usou da rádio da qual é sócia para fazer propaganda de sua candidatura, o que é vedado pela legislação eleitoral. Ambas estavam sob a relatoria do ministro Arnaldo Versiani que, nomeado ao TSE para uma das vagas reservadas aos advogados, não compõe mais a corte.
A reclamação do pedido de impeachment é que todas as acusações contra governadores eleitos que tramitam no TSE, tanto nas eleições de 2006 quanto nas de 2010, estão sob os cuidados da vice-procuradora-geral Eleitoral, Sandra Cureau. As únicas exceções são as duas ações contra Roseana Sarney, que estão sob responsabilidade de Roberto Gurgel.
Um dos casos, diz o pedido, chegou a ser distribuído a Sandra Cureau e ela chegou a dar um despacho na ação. E mesmo assim Roberto Gurgel o avocou. E depois disso nada vez, como se depreende do andamento processual.
Sem andamento


Em certificado emitido a Aderson Lago pelo subsecretário jurídico da PGR, Luís Carlos Para-Assú e Sulva, ele confirma todas as afirmações feitas no pedido de impeachment. Afirma que de fato o MPF não deu nenhum encaminhamento à Sindicância contra Roseana que tramita no STJ e que o caso está no gabinete de Roberto Gurgel.
Também conta que os recursos eleitorais foram de fato distribuídos pela Procuradoria-Geral Eleitoral a Sandra Cureau, vice-procuradora, mas depois "redistribuídos" a Gurgel. E desde então nenhum encaminhamento foi dado. O recurso mais recente foi para a mesa de Roberto Gurgel em 2011 e outro, em agosto de 2012.
Roberto Gurgel ficará no cargo de procurador-geral da Repúbilca até julho deste ano, quando termina seu segundo e último mandato. Com a protocolação do pedido de impeachment no Senado, a Mesa de Diretora deve avaliar se conhece ou não do pedido e, em caso positivo, designará uma comissão especial para investigar o caso.
A revista Consultor Jurídico tentou contato com Roberto Gurgel, por meio da Secretaria de Comunicações da PGR, mas ele não foi contatado até a publicação desta reportagem.
Posted: 13 Mar 2013 07:07 AM PDT




Posted: 13 Mar 2013 07:05 AM PDT

A presidenta Dilma Rousseff visitou, nesta terça-feira (12), as obras dos dois primeiros trechos do Canal do Sertão Alagoano, a maior obra de infraestrutura hídrica de Alagoas e uma das maiores do Nordeste, com 65 quilômetros já concluídos. A obra já disponibiliza água para consumo humano, animal e atividade agrícola nos municípios alagoanos de Delmiro Gouveia, Pariconha e Água Branca. Quando concluída, vai beneficiar mais de 1 milhão de pessoas em 42 cidades. Segundo ela, obras como essa são o modo mais eficiente de enfrentar os efeitos da seca.
"A água sai do Velho Chico e chega nas torneiras das casas de cada um dos moradores dessa região. Ela sai de lá, sacia a sede do povo dessa região. Permite que a mãe dê banho no seu filho, permite que a comida seja feita com uma água de qualidade, que o agricultor crie a sua horta, o seu rebanho, a sua produção. (…) Obras como essa permitem enfrentar a seca. Nós não temos como impedir que a seca ocorra. Nós temos como impedir que ela nos atinja. Essa obra vai permitir que nós possamos enfrentar a seca de forma eficiente", disse.
Parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e distante 304 quilômetros de Maceió, o Canal do Sertão Alagoano, quando entregue, terá 250 quilômetros de extensão, divididos em sete trechos. O empreendimento já recebeu cerca de R$ 1 bilhão em investimentos. A presidenta ainda afirmou que o governo vai formatar um projeto para apoiar os pequenos produtores depois do fim da estiagem, com reposição dos rebanhos perdidos e distribuição de sementes.
"Quando a seca passar, não basta chover. Porque temos que recuperar o rebanho. (…) Eu quero assegurar ao agricultor e ao pequeno proprietário que o governo federal vai recompor isso. Nós tínhamos iniciado um programa de sementes, e, através da Embrapa, selecionado as melhores e começado a distribuição. A seca nos pegou distribuindo e perdemos as sementes. Vamos voltar a distribuir. (…) O governo federal também vai procurar um programa de silagem, de construção de forragem para as criações. Vamos ser capazes de enfrentar a seca no Nordeste, garantindo as mesmas oportunidades que tem o Sul e o Sudeste", afirmou Dilma.

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Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 13 Mar 2013 05:42 AM PDT
Do Diário do Centro do Mundo - 11 de março de 2013  



George Galloway é um político que merece ser ouvido.

Galloway
Galloway
  
Paulo Nogueira

George Gallaway é, na minha opinião, o parlamentar mais interessante do Reino Unido.
Ele se opôs à Guerra do Iraque, e por isso foi expulso do Partido Trabalhista na era Blair, um premiê alinhado completamente com os Estados Unidos de Bush.
Posto aqui um vídeo que merece ser visto, revisto e compartilhado. Vi-o no blogue do jornalista Flávio Gomes, e faço questão de reproduzir aqui. Para facilitar as coisas, o filme está legendado.

O vídeo é parte de uma conversa de Galloway com estudantes de Oxford. Galloway faz um ponto extraordinário: como o "conhecimento limitado sobre tudo" embota a mente das pessoas e as faz vomitar preconceitos, mentiras e bobagens.
Um aluno de Oxford – e estamos falando de um dos mais nobres centros de ensino da humanidade – tenta colocar na parede Galloway e recebe uma resposta que jamais esquecerá.



Clap, clap, clap, de pé, para Galloway.



Paulo Nogueira. Jornalista Paulo Nogueira, baseado em Londres, é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.
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Também do Blog ContrapontoPIG
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Francisco Almeida 





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