terça-feira, 18 de setembro de 2012

Viav Email: SARAIVA 13



SARAIVA 13


Posted: 18 Sep 2012 03:43 PM PDT


Joaquim Barbosa tinha um sorriso de ironia nos lábios quando fez um comentário à parte no julgamento do mensalão, nesta segunda-feira. Referindo-se às alianças do governo Lula para conseguir votos no Congresso, lembrou a observação de um parlamentar do Partido Popular, o PP, segundo o qual suas diferenças entre a legenda e o PT eram grande demais para haver uma aproximação. A ideia é que não poderia haver um acordo com bases políticas – o que parecia sob encomenda para explicar o suposto esquema de compra de votos.
Joaquim não resistiu ao argumento do deputado e sacou a conhecida tese de que os partidos políticos "no Brasil" são iguais, não se registrando diferenças ideológicas relevantes entre eles. Outro ministro, Marco Aurélio Melo fez uma observação semelhante.
Lembrou, também numa referência ao PT, que no passado muitos brasileiros chegaram a acreditar que havia um partido com diferenças ideológicas. Já que nunca fizeram observações semelhantes em julgamentos que envolviam tucanos, pefelistas e outros, restou a conclusão de que, ao menos para estes dois ministros, o PT pode ser considerado um partido até pior do que os outros. Pelo menos, decepcionou quem imaginava que era um partido diferente e depois do mensalão convenceu-se de que havia se enganado.
A doutrina de que os políticos "só pensam em roubar" é antiga e já alimentou diversas experiências contra a democracia mas as pesquisas indicam que não é assim que pensa a maioria dos brasileiros. Mesmo no auge das denuncias do mensalão, no segundo semestre de 2005, o PT seguia segundo o partido mais popular entre os eleitores. E não era popular como um ídolo de programa de auditório.
Era aquele que mais se preocupava com os mais pobres e injustiçados. De lá para cá, quando você pergunta ao eleitor, desde então, qual seu partido predileto, 25% dizem que é o PT. O segundo colocado fica em 5%. Isso não quer dizer que o PT é um partido melhor ou pior. Mas demonstra que tem uma identidade política própria e, pelos números, única.
Muitos brasileiros não concordam com isso. Outros estão de pleno acordo. Outro tanto fica no meio. Democracia é assim. Garante a todo mundo e a cada um o direito de pensar diferente.
Não é isso o que importa, agora. Eu acho sintomático que o relator do mensalão tenha aproveitado uma conversa paralela para deixar escapar, em tom irônico, uma observação tão negativa sobre o partido que está no centro do julgamento. E acho mais curioso que outro juiz, imediatamente, tenha se manifestado de acordo. Os dois muito a vontade, falando de microfones abertos.
Isso diz respeito a isenção que se espera de um tribunal? Não sei.
Justiça cega? Também não sei. O antecedente do mensalão do PSDB, com direito a desmembramento e um longo passeio pelos tribunais inferiores, não é um bom sinal.
Há tantos sábios por aí que garanto aos mais eruditos o direito de falar primeiro. Mas confesso que nunca tive a oportunidade de ouvir ministro do STF fazer referências tão explícitas a uma das partes envolvidas. Muito menos a outros partidos.
Discordo de visões conspiratórias sobre o julgamento. Os juízes estão lá, no exercício de sua soberania.
Mas eu acho que essa manifestação do relator e de Marco Aurélio expressam um ponto de vista político sobre o governo Lula.
É a visão do governo como um universo sem ideologias, sem interesses políticos reais, sem base social a dar respostas, onde tudo é um grande arranjo, às costas do povo e dos verdadeiros interesses do país. E eu acho que essa visão ajuda a entender a linha política que está presidindo o julgamento até aqui.
Essa visão do "eles só querem roubar" é coerente com um esforço para criminalizar a política de alianças do governo Lula. Ignora as condições reais em que são feitas as campanhas eleitorais no país, que misturam dinheiro de caixa 2, dinheiro limpo e também dinheiro corrupto. Sem mudanças nessas regras, nada vai acontecer. E, sem querer ser chato, até agora não se demonstrou que o DNA financeiro do PT tenha uma formação diferente daquele de seus adversários.
Na melhor das hipóteses, a democracia brasileira será amputada ao sabor das decisões da Justiça, que ora pode andar de um jeito, ora de outro. O mensalão tucano sequer chegou aos tribunais e, além do mestre Jânio de Freitas e deste modesto aprendiz de jornalismo, ninguém mais diz que isso é um disparate. Sem falar, claro, de Wanderley Guilherme dos Santos, que publicou uma aula sobre o tema no site O Cafezinho.
A linguagem da acusação tem-se mostrado preocupante. Seria irônico se não tivesse um aspecto trágico. No esforço para provar compra de votos, a acusação selecionou alguns projetos do início do governo Lula, como a reforma da Previdência, a reforma tributária. Em seu tempo, estes projetos chegaram a ser elogiadas, como demonstração de que o PT rompera com dogmas considerados pré-históricos. Custaram uma divisão e até mesmo um racha na bancada do PT. Mas receberam elogios gerais.
O próprio Fernando Henrique Cardoso, em artigo recente onde alinhou um pacote de críticas ao governo Lula, lembrou essas duas reformas como aspectos positivos, lamentando apenas que não tivessem ido adiante.
Na visão da acusação, contudo, essas reformas foram o símbolo da compra de votos. São descritas como de interesse "dos corruptores." Quer dizer: não havia interesse nacional, sequer um esforço de aproximação com a oposição. Não era política, essa atividade que pressupõe acordos, aproximações, afastamentos e ruptura. Era o "esquema."
Na mesma linha, quando o governo consegue o voto de um partido que fora adversário para votar numa proposta que é mais oposicionista do que petista, a acusação define isso como "ato de ofício," expressão equivalente a "recibo"de corrupção. Quando Delúbio Soares dá um depoimento, ele "confessa." Nessa lógica, não são petistas que são acusados de votar em seu partido, o que não faz sentido. É o PP que cobra para votar no que defendeu.
Ao explicar por que votara na reforma da Previdência, Roberto Jefferson lembrou, na Polícia Federal, que o caráter trabalhista de seu partido não impedia que fosse favorável a medidas como a reforma da previdência, que já apoiava quando estava na base do govedrno FHC.
Por trás de todos esses atos "criminosos" abriga-se aquilo que é visto como um plano maquiavélico, "perpetuar-se no poder", que faz parte da cartilha de qualquer partido político que, por mais democrático que seja, nunca imagina que a oposição fará um governo melhor do que seu. (Salvo casos patológicos, de psicanalistas e crises existenciais, mas não vou falar disso agora).
Instrumento de determinada visão política, essa linguagem ajuda a montar um quadro sob medida para se chegar ao resultado que parece cada vez mais provável: a condenação, a penas pesadas, da maioria dos acusados, salvo alguns mequetrefes.
E aí vamos combinar: tudo vai estar perfeito se os condenados forem apanhados com provas verdadeiras e consistentes. Neste caso, as condenações serão justíssimas. Mas será diferente, no entanto, se uma visão política, que pressupõe a culpa, acabar prevalecendo. Não é isso o que está por trás da noção de "eles só querem roubar"? Do partido "sem ideologias?"
Paulo Moreira Leite
No Vamos combinar


Posted: 18 Sep 2012 02:04 PM PDT



"Como disse o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, Marcos Valério é "um jogador" e deve ser visto com cautela. Mas assim como o empresário, Roberto Civita, da Abril, também decidiu jogar cartas e trucou ao acusar Lula de ser o chefe do mensalão sem ter o Zap. Entenda como funciona um dos truques mais manjados do jornalismo, que é atribuir a "interlocutores próximos" declarações de terceiros e saiba por que a possibilidade de que Veja tenha uma fita com Valério é praticamente nula
Brasil 247
Algoz dos chamados "mensaleiros", o procurador-geral da República, Roberto Gurgel não comprou a estória relatada por Veja neste fim de semana, segundo a qual Marcos Valério estaria espalhando a "interlocutores" próximos a tese de que Lula era o verdadeiro chefe do mensalão. Gurgel disse que Valério é um "jogador" e que suas declarações devem ser tomadas com cautela – ainda que o advogado de Valério, Marcelo Leonardo tenha negado que seu cliente tenha dado qualquer declaração a Veja.
Ocorre que Valério não é o único "jogador". Assim como ele, a revista Veja, de Roberto Civita, também decidiu jogar cartas. O objetivo, evidentemente, é aniquilar o ex-presidente Lula. E como numa partida de truco, Veja blefou sem ter o Zap – a carta que derruba todas as outras. No caso concreto, o Zap seria a fita com a entrevista de Marcos Valério. E a possibilidade de que essa fita exista é remotíssima, praticamente nula.
A "existência" da fita, até agora, só foi confirmada pelo jornalista Ricardo Noblat. Disse ele que Valério deu entrevista a Veja e que, depois disso, diante da discordância do advogado Marcelo Leonardo, ele teria recuado e pedido à direção da revista Veja que a publicasse de forma indireta – atribuindo suas declarações a terceiros.
Ocorre que, para que essa estória fosse verdadeira, Valério teria que ter algum poder de pressão sobre Veja. Com que argumento um empresário praticamente falido, à beira da prisão, convenceria um jornalista e uma revista que caça Lula há oito anos a não publicar uma entrevista tão bombástica? Seria impossível qualquer tipo de acordo."
Matéria Completa, ::AQUI::

Enviada por: Nogueira Junior/ 13:310 Comentários
Posted: 18 Sep 2012 01:57 PM PDT

 

Marcus  Vinícius
MARCUS VINÍCIUS       
Ao condenar com base em evidências, e não com base em provas, é como se o supremo relator bradasse: "Toda presunção de inocência será negada"!
Está escrito nos evangelhos de Mateus e João: Caifás teve participação de destaque no julgamento de Jesus organizado pelo Sinédrio. Por ser um sumo sacerdote, Caifás também ocupava a posição de chefe da Corte Suprema judaica. De acordo com os evangelhos Jesus foi preso pela guarda do Templo de Jerusalém, e foi levado diante de Caifás e outros, por quem foi acusado de blasfêmia.
No Evangelho segundo Mateus (Mateus 26:57-67) Caifás, juntamente com outros sumos sacerdotes e o Sinédrio da época, é retratado interrogando Jesus, procurando por "falsas evidências" com as quais possa incriminar Jesus, porém não consegue descobri-las. Jesus permanece em silêncio durante o processo, até que Caifás lhe exige que diga se ele é o Cristo. Jesus declara implicitamente que o é, e faz uma alusão ao Filho do Homem, que o sumo sacerdote veria "assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu." Caifás e os outros homens o acusam de blasfêmia, e ordenam que seja espancado. Após considerá-lo culpado, o Sinédrio entregou-o ao governador romano Pôncio Pilatos, por quem Jesus também foi acusado de sedição contra Roma.
Segue-se então que Pilatos apresenta Jesus à multidão, juntamente com outro prisioneiro, Barrabás. Por ocasião da Pascoa, era tradição daquela época libertar um prisioneiro. Caifás e outros sacerdotes instigam a multidão a gritar pela libertação de Barrabás, e assim, selam o destino de Jesus, que é encaminhado para a crucificação.
O Supremo Tribunal Federal, no julgamento da Ação Penal 470, vulgarmente conhecida como "Mensalão", tem personagens que se assemelham, em muito, a Corte Suprema judaica nos tempos de Cristo. O rito sumário, o julgamento sem provas, a sentença capital. Por tudo isto é possível comparar o ministro Joaquim Barbosa com o sumo sacerdote Caifás. A atuação de ambos não visa conhecer a verdade. O objetivo, naqueles dias e hoje, é o da condenação.
E quem era superior a Caifás naquele julgamento de Cristo senão o governador romano Pôncio Pilatos? Pois tal e qual, o presidente do STF, Carlos Ayres Brito, lava as suas mãos diante do festival de grosserias e impropriedades cometidas pelo ministro Joaquim Barbosa no decorrer do julgamento.
Assim como Caifás, o ministro Joaquim Barbosa joga com a plateia. Com apoio da mídia ultra-conservadora e da TV Justiça, instiga a população contra os réus. Ele não julga, condena. E não apenas condena, instiga o povo ao linchamento moral dos acusados, à mesma maneira que Caifás ordenou o suplício do Galileu.
Não há Cristo ou salvadores sendo julgados no STF. Mas há ali homens e mulheres que foram privados de sua humanidade. Sua dignidade e seus direitos foram vilipendiados. Ao condenar com base em evidências, e não com base em provas, é como se o supremo relator bradasse: "Toda presunção de inocência será negada"!
Ao seu tempo, Caifás estava a serviço da reação. Seu objetivo era claro: evitar o surgimento de uma nova religião entre os judeus. E o que está por detrás, pergunto eu, do açodamento do relator e da passividade do presidente?
Por que o "Mensalão Tucano" foi desmembrado, ou seja, será julgado inicialmente em primeira instância e só depois, eventualmente, pelo STF, enquanto o dito "Mensalão Petista" foi negada a possibilidade de julgamento em duas instâncias?
Por que a compra de votos feita pelo presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para a aprovação da emenda da reeleição nunca foi julgada?
Por que os processos contra o PT e seus aliados correm mais céleres?
Por que há dois pesos e duas medidas.
O mesmo Cristo ensinou: "com a medida que medires, também serás medido".
Convenhamos. Caifás não ocupa o melhor lugar na história. Será assim que Joaquim Barbosa gostaria de ser lembrado?
Marcus Vinícius é jornalista e edita o www.marcusvinicius.blog.br
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Do Blog O TERROR DO NORDESTE.
Posted: 18 Sep 2012 01:51 PM PDT


Nota do Blog - A SESSÃO FOI REALIZADA NO DIA 27 DE AGOSTO DE 2003

QUE COMPRA DE VOTOS FOI ESSA SENHOR RELATOR ? - DEPUTADOS DA BASE VOTARAM CONTRA E DEPUTADOS DA OPOSIÇÃO VOTARAM A FAVOR. O relator afirmou que a margem de votos para a provar as Leis foi pequena. Na votação da Reforma da Previdência foram 48 além do necessário. Ou seja, sua excelência não deve ter assistido a essa sessão da Câmara dos Deputados, e parece que nem tomou conhecimento do que realmente aconteceu.

Câmara aprova reforma da Previdência em 2º turno

A Câmara dos Deputados aprovou na noite do dia 27, em segundo turno, o texto da reforma da Previdência. Logo após a votação do texto básico, os deputados derrubaram os nove destaques individuais apresentados no segundo turno.

O texto da reforma da Previdência é entregue na quinta-feira, dia 28, para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que tem 30 dias para dar seu parecer sobre a admissibilidade da proposta. Para ser promulgada, a reforma ainda precisa ser aprovada em duas votações no Senado, com o apoio de pelo menos 49 dos 81 senadores. Para que a reforma da Previdência seja concluída ainda em 2003, é preciso que não seja feita nenhuma alteração no Senado. Caso isso ocorra, a proposta terá de voltar para a Câmara e passar novamente por todo o processo de discussão e votação.

Dos 486 deputados que participaram da votação, 357 votaram a favor, enquanto 123 foram contrários. Houve 6 abstenções. Por se tratar de uma proposta de emenda constitucional, eram necessários 308 votos favoráveis para a sua aprovação. Até mesmo o PSDB apoiou a reforma. Das bancadas, somente PFL, PDT e Prona votaram contra.

Depois dos tumultos que marcaram as votações em primeiro turno da reforma, com várias negociações e a presença de servidores que vaiavam os deputados, o segundo turno foi relativamente tranqüilo.

Oposição ajuda e alguns petistas votam contra


Líderes governistas procuraram repetir o discurso de que essa "é uma reforma de todos". "Não é da maioria, nem da minoria e nem de um partido. Só os que se voltaram para segmentos da minoria votaram contra", disse Professor Luizinho (PT-SP), vice-líder do governo na Câmara.

Mesmo com esse discurso, os seis votos de abstenção foram do próprio PT. Repetindo a atitude da votação em primeiro turno, Ivan Valente (SP), Chico Alencar (RJ), Mauro Passos (SC), Paulo Rubem (PE), João Alfredo (CE) e Orlando Fantazzini (SP) se abstiveram na votação em plenário.


O deputado petista Walter Pinheiro (BA) votou contra, assim como os radicais Babá (PA), Luciana Genro (RS) e João Fontes (SE), que repetiram o voto contrário dado no primeiro turno.

Já a oposição, por sua vez, fez questão de ressaltar que sem a sua ajuda, a reforma não seria aprovada.

"O governo conseguiu aprovar um projeto que não é nosso. Foi aprovado graças a uma aliança na base com o apoio de alguns companheiros da oposição, que votaram por convicção", disse o líder do PFL, José Carlos Aleluia (BA), que votou contra a matéria.

O placar foi parecido ao registrado no primeiro turno, quando foram 358 votos a favor, 126 contra e 9 abstenções. Desta vez, a oposição contribuiu com 60 votos favoráveis, apenas dois a menos do que no primeiro turno.

A votação

Os deputados iniciaram a votação da reforma da Previdência em segundo turno no plenário da Câmara depois que uma nova sessão para votar a reforma foi aberta. A sessão anterior, que começou às 9h30, foi encerrada e, com ela, foram concluídas as discussões sobre a proposta.

O presidente da Cãmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP) rejeitou, antes do início da votação, o destaque do PDT que pretendia fixar um subteto único para o funcionalismo público estadual. Conforme João Paulo, o destaque feria a Constituição e, por isso, não poderia ser analisado durante o segundo turno da reforma da Previdência.

O único destaque em votação separado de bancada, do PDT, não foi votado por uma questão regimental porque neste segundo turno os destaques poderiam mudar a redação do texto aprovado em primeiro turno apenas para retirar pontos sem alterar o seu conteúdo. Ao apresentar o destaque, o PDT, partido da base governista, rompeu o acordo acertado entre todas as legendas após o primeiro turno de que não haveria destaques de bancada na segunda rodada da votação.

Após anunciar obstrução, o PFL e o PSDB decidiram participar da votação da reforma da Previdência. De acordo com o deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), o partido sabia que se não votasse a reforma na data, não daria para votá-la mais na mesma semana e o ônus para a oposição seria grande, uma vez que os governadores se reuniram com o presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP) e houve uma sinalização nas negociações da reforma tributária.

"A obstrução de ontem foi importante para marcar posição política contra a reforma tributária. A parte do PFL que votou a favor no primeiro turno quer votar hoje (dia 27)", afirmou.

O presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), havia confirmado antes do início da sessão a votação da reforma da Previdência seria realizada no dia. João Paulo disse que mesmo que os partidos de oposição decidissem manter a obstrução de ontem, a proposta seria levada a plenário.

"A Previdência será votada hoje (dia 27), mesmo com obstrução", afirmou o presidente da Câmara antes da desistência do PFL e do PSDB de manter a obstrução.

Redação Terra
Posted: 18 Sep 2012 01:46 PM PDT




Do Direto da Redanção - Publicado em 17/09/2012

Rui Martins


Berna (Suiça) - Daqui de longe, vendo o tumulto provocado com o processo Mensalão e a grande imprensa assanhada, me parece assistir a um show de hospício, no qual os réus e suspeitos financiam seus acusadores. O Brasil padece de sadomasoquismo, mas quem bate sempre é a direita e quem chora e geme é a esquerda.

Não vou sequer falar do Mensalão, em si mesmo, porque aqui na Suíça, país considerado dos mais honestos politicamente, ninguém entende o que se passa no Brasil. Pela simples razão de que os suíços têm seu Mensalão, perfeitamente legal e integrado na estrutura política do país.

Cada deputado ou senador eleito é imediatamente contatado por bancos, laboratórios farmacêuticos, seguradoras, investidores e outros grupos para fazer parte do conselho de administração, mediante um régio pagamento mensal. Um antigo presidente da Câmara dos deputados, Peter Hess, era vice-presidente de 42 conselhos de administração de empresas suíças e faturava cerca de meio-milhão de dólares mensais.

Com tal generosidade, na verdade uma versão helvética do Mensalão, os grupos econômicos que governam a Suíça têm assegurada a vitória dos seus projetos de lei e a derrota das propostas indesejáveis. E nunca houve uma grita geral da imprensa suíça contra esse tipo de controle e colonização do parlamento suíço.

Por que me parece masoca a esquerda brasileira e nisso incluo a presidente Dilma Rousseff e o PT ? Porque parecem gozar com as chicotadas desmoralizantes desferidas pelos rebotalhos da grande imprensa. Pelo menos é essa minha impressão ao ler a prodigalidade com que o governo Dilma premia os grupos econômicos seus detratores.

Batam, batam que eu gosto, parece dizer o governo ao distribuir 70% da verba federal para a publicidade aos dez maiores veículos de informação (jornais, rádios e tevês), justamente os mais conservadores e direitistas do país, contrários ao PT, ao ex-presidente Lula e à atual presidenta Dilma.

Quando soube dessa postura masoquista do governo, fui logo querer saber quem é o responsável por essa distribuição absurda que exclui e marginaliza a sempre moribunda mídia da esquerda e ignora os blogueiros, responsáveis pela correta informação em circulação no país.

Trata-se de uma colega de O Globo, Helena Chagas, para quem a partilha é justa – recebe mais quem tem mais audiência! diz ela.

Mas isso é um raciocínio minimalista! Então, o povo elege um governo de centro-esquerda e quando esse governo tem o poder decide alimentar seus inimigos em lugar de aproveitar o momento para desenvolver a imprensa nanica de esquerda ?

O Brasil de Fato, a revista Caros Amigos, o Correio do Brasil fazem das tripas coração para sobreviver, seus articulistas trabalham por nada ou quase nada, assim como centenas de blogueiros, defendendo a política social do governo e a senhora Helena Chagas com o aval da Dilma Rousseff nem dá bola, entrega tudo para a Veja, Globo, Folha, SBT, Record, Estadão e outros do mesmo time ?

Assim, realmente, não dá para se entender a política de comunicação do governo. Será que todos nós jornalistas de esquerda que votamos na Dilma somos paspalhos ?

Aqui na Europa, onde acabei ficando depois da ditadura militar, existe um equilíbrio na mídia. A França tem Le Figaro, mas existe também o Libération e o Nouvel Observateur. Em todos os países existem opções de direita e de esquerda na mídia. E os jornais de esquerda têm também publicidade pública e privada que lhes permitem manter uma boa qualidade e pagar bons salários aos jornalistas.

Comunicação é uma peça chave num governo, por que a presidenta Dilma não premiou um de seus antigos colegas e colocou na sucessão de Franklin Martins um competente jornalista de esquerda, capaz de permitir o surgimento no país de uma mídia de esquerda financeiramente forte ?

Exemplo não falta. Getúlio Vargas, quando eleito, sabia ser necessário um órgão de apoio popular para um governo que afrontava interesses internacionais ao criar a Petrobras e a siderurgia nacional. E incumbiu Samuel Wainer dessa missão com a Última Hora. O jornal conseguiu encontrar a boa receita e logo se transformou num sucesso.

O governo tem a faca e o queijo nas mãos – vai continuar dando o filet mignon aos inimigos ou se decide a dar condições de desenvolvimento para uma imprensa de esquerda no Brasil ?


Rui Martins
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Berna - Jornalista, escritor, ex-CBN e ex-Estadão, exilado durante a ditadura, é líder emigrante, membro eleito do Conselho Provisório e do atual Conselho de emigrantes (CRBE) junto ao Itamaraty. Criou os movimentos Brasileirinhos Apátridas e Estado dos Emigrantes, vive em Berna, na Suíça. Escreveu o livro Dinheiro Sujo da Corrupção sobre as contas suíças secretas de Maluf. Colabora com o Expresso, de Lisboa, Correio do Brasil e agência BrPress.

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PITACO DO ContrapontoPIG

Cristina, na Argentina e Chávez, na Venezuela souberam lidar com esta estupidez.
Seria bom que a esquerda brasileira aprendessem com eles.
Não fosse a blogosfera progressista o governo estaria completamente mudo.

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Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 18 Sep 2012 01:40 PM PDT



Postado por APOSENTADO INVOCADO 1às 17:330 comentários Links para esta postagem 
Posted: 18 Sep 2012 01:36 PM PDT


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Também o Blog O Esquerdopata.
Posted: 18 Sep 2012 01:35 PM PDT



Brasil 247 – O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), rejeitou nesta terça-feira a tese do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, de que houve esquema de compra de votos de parlamentares durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva. Os argumentos foram apresentados pelo relator da Ação Penal 470 na sessão desta segunda-feira, no dia em que iniciou seu voto sobre o chamado "núcleo político" do acusação.
Para o deputado, os argumentos do ministro da Corte Suprema não passam de uma "grande falácia", ressaltando que "não houve pagamentos mensais aos deputados do PT". "Me chamou muita atenção o fato de voltar essa tese com muita força do mensalão. Eu, por exemplo, acho isso uma grande falácia", disse Marco Maia. Sobre a expectativa do julgamento, o deputado disse não haver "expectativa nenhuma". Depois, disse que "a expectativa é que se faça um julgamento mais justo possível".
Sobre o argumento de Barbosa em relação a votações a favor do governo, por parlamentares da base, Maia disse que "eles não tinham nenhuma necessidade de votarem com o governo. Há uma tentativa de se reforçar e reafirmar uma coisa que não é verdadeira, que não condiz com a realidade". Maia também chamou de "grande absurdo" a reportagem da revista Veja que acusa Lula de chefiar o esquema do "mensalão". Para ele, "não há nenhum envolvimento do presidente Lula".
Barbosa comparou datas, na sessão de ontem, de pagamentos realizados a parlamentares e votações favoráveis ao governo, sugerindo que um fato viesse em decorrência do outro. A defesa comum dos parlamentares é de que eles voltavam pelas aprovações porque pertenciam à base de apoio e não porque eram comprados.

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Do Blog O Esquerdopta.
Posted: 18 Sep 2012 08:34 AM PDT


Se você não leu a parte I, clique aqui e confira Os segredos do tucanoduto. Civita acusa: 'Serra me usou como um boy de luxo. Mas agora vai todo mundo para o ralo'. Ou então, prossiga:

Com a segurança de quem transitava com desenvoltura pelos gabinetes oficiais, inclusive os palacianos, e era considerado um parceiro preferencial pela cúpula tucana, o presidente do Grupo Abril e da revista Veja Roberto Civita afirma que, primeiro FHC, mas, depois e até hoje, Serra "comandava tudo". Em sua própria defesa, diz que como operador das reportagens encomendadas contra o PT não passava de um "boy de luxo" de uma estrutura que tinha o então presidente e seu candidato no topo da cadeia de comando. "FHC era o chefe, hoje é Serra", repete Civita às pessoas mais próximas.
A afirmação se choca com todas as versões apresentadas por Serra desde que o livro "A Privataria Tucana", de Amaury Ribeiro, foi lançado, de que tudo era "lixo, lixo, lixo".
A ira de Roberto Civita desafia a defesa clássica do ex-presidente FHC de que não sabia do Tucanoduto e nada teve a ver com o esquema arquitetado em seu primeiro mandato para sua reeleição. "Todo mundo sabe que ele comprou a emenda de sua reeleição. Sem contar os escândalos na área da saúde, comandada por Serra. E mais a lista de Furnas, a privataria, o Banestado, o Proer"...
Amigos contam que o que mais deprime Civita é a situação quase falimentar do Grupo Abril. A Veja se sustenta com anúncios. Para obtê-los deve produzir edições com tiragens de mais de um milhão de exemplares, que não se pagam com as assinaturas e vendas nas bancas. "Estamos queimando a casa [Grupo Abril – Nota do Blog] para produzir lenha para a Veja. Até cópia xerox, proibi na empresa".
A rota de fuga de Serra evoluiu mais tarde para a negação completa, com a tese nefelibata de que a privataria tucana nunca existiu, tendo sido apenas uma armação do PT para chegar ao poder. A narrativa de Civita coloca Serra não apenas como sabedor de tudo o que se passava - Sanguessugas, Vampiros, Proer, Banestado, Privataria -, mas no comando das operações."Há até um vídeo na internet em que FHC confirma isso" [o vídeo é este aqui - Nota do Blog].
"O chefe é Serra. O objetivo era colocá-lo na presidência e Demóstenes [ex-senador cassado Demóstenes Torres, que também foi expulso do DEM – Nota do Blog] no Supremo. Com Demóstenes e Gilmar Mendes lá, o Brasil seria nosso". No entanto, Demóstenes foi derrubado por operação da PF e Serra mais uma vez derrotado na luta pelo Planalto. "Agora, nem a prefeitura. Nossa salvação seriam os livros didáticos que ele colocaria nas escolas. Mas, agora, nem isso"...
Civita não esconde que se encontrou com Serra diversas vezes no Palácio do Planalto. Ele faz outra revelação: "Do FHC ao Serra era só descer a escada. Isso se faz sem marcar. Ele dizia vamos lá embaixo, vamos". A frase famosa e enigmática de José Serra — "Tudo que eu faço é do conhecimento de FHC" — ganha contornos materiais depois das revelações de Civita sobre os encontros em palácio. Roberto Civita reafirma que pode acabar nas barras do Supremo Tribunal, mas faz uma sombria ressalva. "Não podem condenar apenas os mequetrefes. Só não sobrou para o Serra porque eu, o Paulo Preto e o FHC não falamos", disse na semana passada a um dos únicos amigos do bar da periferia que tem freqüentado anonimamente.
"Mas, se eu quebrar, não vou sozinho. Produzi um vídeo com quatro cópias"... Nesse instante, o telefone de Civita tocou e ele se afastou. Foi possível ouvir apenas "Diogo, já estamos promovendo seu livro na revista e pagando os processos. Estou na lona. O dinheiro acabou"... (continua amanhã)

 (O Blog diz que as afirmações foram feitas a diversos interlocutores. Procurado por nossa equipe, que atravessou a Dutra numa Kombi comprada com o Bolsa-Twitter, Civita não foi encontrado, não quis dar entrevista, mas não desmentiu nada. A maior parte desta reportagem foi copiada da própria Veja, trocando apenas os nomes das pessoas para dar veracidade às informações. Tentamos também contacto através de nosso celular. Mas nosso plano Infinity da Tim não permitiu que nenhuma ligação se completasse.Por isso não conseguimos entrevista com Civita, Serra ou FHC, mas, frisamos, nenhum deles desmentiu nada)

Posted: 18 Sep 2012 08:30 AM PDT


Posted by on 18/09/12 • Categorized as Análise


Nenhum ser que não se apóie em quatro patas e que não zurre em vez de falar é capaz de engolir a patranha articulada pela revista Veja em sua edição do último fim de semana. É preciso ser muito estúpido ou muito descarado e mal-intencionado para levar a sério premissa que a publicação atribui a um autor que a desmente.
Infelizmente, gente burra ou mal-intencionada não falta por aí. Todavia, é preciso apostar na capacidade da maioria de usar um mínimo de bom senso e de lógica para analisar a acusação de Veja a Lula – e é disso que se trata – de que o ex-presidente seria o verdadeiro autor dos crimes que estão sendo julgados no Supremo Tribunal Federal.
Pode-se apostar na capacidade da maioria de perceber que a publicação produziu uma farsa porque, para todos os efeitos, está evidenciado que ou Veja não está de posse de áudio algum contendo entrevista de Marcos Valério acusando Lula de ser o chefe do mensalão ou o áudio que eventualmente possa ter não contém tal afirmação.
Rememoremos o episódio.
Veja publica uma capa que dá ao leitor que vê a revista na banca de jornal a sensação de que irá ler uma entrevista-bomba de Marcos Valério em que este acusa o ex-presidente Lula de chefiar o esquema do mensalão. Lendo a matéria, porém, esse leitor descobrirá que a acusação não tem autor, sendo atribuída a "amigos, parentes e associados" do publicitário.
Em seguida, em questão de horas, no próprio sábado em que a revista chega às bancas, o advogado de Valério divulga nota pública em que desmente que seu cliente esteja acusando Lula e nega que tenha sequer dado entrevista àquela publicação, ainda que esta jamais tenha dito que o entrevistou.
A partir daí, o caso vai ficando cada vez mais estranho. O que poderia ser uma entrevista clara, gravada, que não deixasse dúvida alguma, transforma-se em um emaranhado de ditos e desditos no qual uma segunda versão passa a ser difundida com o beneplácito de Veja.
E quem é que entra em campo mesmo? Aquele jornalista que vai se tornando conhecido por difundir acusações graves e difíceis de acreditar sem jamais apresentar as provas que primeiro prometera: Ricardo Noblat, blogueiro e colunista de O Globo, lança, no domingo, a segunda versão da acusação de Veja a Lula.
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VEJA decide se divulga fita com a entrevista de Marcos Valério
por Ricardo Noblat
A direção da revista VEJA está reunida para decidir se divulga ainda hoje em seu site a gravação da entrevista feita com Marcos Valério, um dos operadores do mensalão, onde ele aponta Lula como o chefe do esquema responsável pela arrecadação de algo como R$ 350 milhões para a compra de apoios políticos e o pagamento de despesas de campanha.
Foi na semana passada, em Belo Horizonte, que a  VEJA entrevistou Valério. E gravou a entrevista.
Marcelo Leonardo, o advogado de defesa de Valério no processo do mensalão, ficou sabendo depois e foi contra a publicação.
"Não é hora de dar entrevistas", decretou ele. E com razão. Valério já foi condenado no Supremo Tribunal Federal por vários crimes. Pegará pena pesada. Mas ainda será julgado por outros.
A revista não concordou em jogar a entrevista no lixo. Ou em arquivá-la. Aí surgiu a ideia de se atribuir as declarações de Valério a amigos e parentes que as teriam ouvido diretamente dele. E reproduzido para a revista.
Na seção Carta ao Leitor, a revista afirma que não houve entrevista. Mas de Lula ao contínuo menos qualificado do PT, todo mundo sabe que Valério falou para a VEJA, sim.
É por isso que os petistas de quatro e cinco estrelas não caíram de pau na revista, muito menos em Valério. Sabiam que mais dia menos dia, Valério acabaria abrindo o bico.
Não querem provocá-lo a revelar mais do que já revelou. E muito menos agora – com um julgamento pela metade e uma eleição às portas.
O acerto de VEJA com Valério e o advogado passou também pela garantia dada pelos dois de que nada diriam que fosse capaz de pôr em dúvida o que a revista publicasse. Até porque eles leram com antecedência o que seria publicado – e aprovaram.
Ocorre que procurado por jornais, o advogado de Valério esqueceu o combinado.
Primeiro disse que Valério nem confirmava e nem desmentia o conteúdo da reportagem.
Depois avançou e disse que Valério não confirmava. Para ao cabo afirmar que ele desmentia.
Aí o caldo entornou – embora uma parcela da direção da VEJA ainda argumente que se deve honrar o compromisso assumido com Valério e o advogado de manter a fita em segredo.
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Como se vê, o colunista acha estranho que o advogado de Valério primeiro não confirmasse e só depois desmentisse Veja, mas não acha estranho que a revista minta ao público dizendo que obteve as informações de "amigos, parentes e associados" do publicitário quando, na verdade, teria obtido do próprio Valério.
Por que a Veja estava reunida em um domingo, então? Porque o desmentido de Valério, via seu advogado, é contundente. Afinal, jornalistas daquela publicação haviam espalhado que as palavras atribuídas a "amigos, parentes e associados" eram, em verdade, produto de entrevista daquele réu do julgamento do mensalão.
Eis que, na manhã de segunda-feira, surge, pela pena do mesmo blogueiro de O Globo, a terceira versão do caso. Noblat, relembro, é aquele jornalista que perdeu a chance imperdível de gravar em seu sofisticado celular insultos que alega terem sido proferidos contra si pelo ministro do STF José Antônio Dias Toffoli.
Abaixo, o blogueiro-colunista da família Marinho difunde nova versão dos fatos atribuindo ainda mais palavras e ações ao mesmo Valério que anda desmentindo toda essa gente sem ser contestado.
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A quarta cópia
por Ricardo Noblat
Dá-se a prudência como característica marcante dos mineiros.
Teria a ver, segundo os estudiosos, com a paisagem das cidadezinhas de horizonte limitado, os depósitos de ouro e de pedras preciosas explorados no passado até se esgotarem, e a cultura do segredo e da desconfiança daí decorrente.
Não foi a imprudência que afundou a vida de Marcos Valério. Foi Roberto Jefferson mesmo ao detonar o mensalão.
Uma vez convencido de que o futuro escapara definivamente ao seu controle, Valério cuidou de evitar que ele se tornasse trágico.
Pensou no risco de ser morto. Não foi morto outro arrecadador de recursos para o PT, o ex-prefeito Celso Daniel, de Santo André?
Pensou na situação de desamparo em que ficariam a mulher e dois filhos caso fosse obrigado a passar uma larga temporada na cadeia. E aí teve uma ideia.
Ainda no segundo semestre de 2005, quando Lula até então insistia com a lorota de que mensalão era Caixa 2, Valério contratou um experiente profissional de televisão para gravar um vídeo.
Poderia, ele mesmo, ter produzido um vídeo caseiro. De princípio, o que importava era o conteúdo. Mas não quis nada amador.
Os publicitários de primeira linha detestam improvisar. Valério pagou caro pelo vídeo do qual fez quatro cópias, e apenas quatro.
Guardou três em cofres de bancos. A quarta mandou para uma das estrelas do esquema do mensalão, réu do processo agora julgado pelo Supremo Tribunal Federal.
Renilda, a mulher dele, sabe o que fazer com as três cópias. Se Valério for encontrado morto em circunstâncias suspeitas ou se ele desaparecer sem dar notícias durante 24 horas, Renilda sacará dos bancos as três cópias do vídeo e as remeterá aos jornais O Estado de São Paulo, Folha de S. Paulo e O Globo. (Sorry, VEJA!)
O que Valério conta no vídeo seria capaz de derrubar o governo Lula se ele ainda existisse, atesta um amigo íntimo do dono da quarta cópia.
Na ausência de governo a ser deposto, o vídeo destruiria reputações aclamadas e jogaria uma tonelada de lama na imagem da Era Lula. Lama que petrifica rapidinho.
A fina astúcia de Valério está no fato de ele ter encaminhado uma cópia do vídeo para quem mais se interessaria por seu conteúdo. Assim ficou provado que não blefava.
Daí para frente, sempre que precisou de ajuda ou consolo, foi socorrido por um emissário do PT. Na edição mais recente da VEJA, Valério identifica o emissário: Paulo Okamotto.
Uma espécie de tesoureiro informal da família Lula da Silva, Okamotto é ligado ao ex-presidente há mais de 30 anos.
No fim de 2005, um senador do PT foi recebido por Lula em seu gabinete no Palácio do Planalto. Estivera com Valério antes. E Valério, endividado, queria dinheiro. Ameaçava espalhar o que sabia.
Lula observou em silêncio a paisagem recortada por uma das paredes envidraçadas do seu gabinete. Depois perguntou: "Você falou sobre isso com Okamotto?"
O senador respondeu que não. E Lula mais não disse e nem lhe foi perguntado. Acionado, Okamotto cumpriu com o seu dever. Pulou-se outra fogueira. Foram muitas as fogueiras.
Uma delas foi particularmente dramática.
Preso duas vezes, Valério sofreu certo tipo de violência física que o fez confidenciar a amigos que nunca, nunca mais voltará à prisão. Prefere a morte.
Valério acreditou que o prestígio de Lula seria suficiente para postergar ao máximo o julgamento do processo do mensalão, garantindo com isso a prescrição de alguns crimes denunciados pela Procuradoria Geral da República.
Uma eventual condenação dele seria mais do que plausível. Mas cadeia? E por muito tempo?
Impensável!
Pois bem: o impensável está se materializando. E Valério está no limiar do desespero.
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Valério desmente tudo, mas o fato é que, em um momento em que sofre condenação após condenação, é evidente que não irá abrir processo contra Veja. E mesmo que abrisse, seria só mais um dos muitos processos a que a revista responde sob acusação de inventar ou distorcer fatos em suas matérias.
Veja poderia abrir uma investigação contra Lula, se quisesse – ou se pudesse. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, admitiu que, se confirmadas as acusações de Valério, isso bastaria ao Ministério Público para abrir processo contra o ex-presidente. Todavia, matéria divulgada na segunda-feira pelo Portal Imprensa relata que a revista decidiu não divulgar o áudio imaginário.
Abaixo, a matéria.
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"Veja" decide não divulgar áudio de entrevista com Marcos Valério, diz jornalista
Portal Imprensa
Jéssica Oliveira
A matéria de capa da edição 2287 da Veja sobre as declarações de Marcos Valério acerca dos envolvidos no mensalão gerou duras críticas à publicação. Na sequência, ganhou repercussão nacional quando a revista primeiramente negou e depois garantiu ter falado diretamente com o réu para construir a reportagem.
Segundo o blog do jornalista Ricardo Noblat, a direção da revista Veja poderia divulgar em seu site a gravação da entrevista feita com Marcos Valério. Na entrevista, ele teria apontado o ex-presidente Lula como o chefe do esquema do mensalão.
 De acordo com jornalista, o diretor da revista em São Paulo queria divulgar a gravação, enquanto uma parcela da direção da Veja argumentou que deveriam honrar o compromisso assumido de mantê-la em segredo.
No fim, prevaleceu a opinião do diretor da sucursal da revista em Brasília, um dos autores da entrevista, "que não viu no acanhado desmentido do advogado motivo suficiente para que se rompesse o acordo de manter a fita em segredo", escreveu Noblat.
Acordo
Na seção Carta ao Leitor, a revista afirma que não houve entrevista. No entanto, Noblat afirmou que Veja entrevistou Valério e gravou tudo, mas quando o advogado de defesa do réu do processo do mensalão, Marcelo Leonardo, ficou sabendo, foi contra a publicação da reportagem.
Como a revista não aceitou arquivar a entrevista, para solucionar o impasse decidiu que as declarações de Valério seriam atribuídas a amigos e parentes, que as teriam ouvido diretamente dele.
O acerto de Veja com Valério e o advogado teve a garantia dos dois lados e que não colocariam em dúvida o que a revista publicasse, uma vez que os dois leram com antecedência o que seria publicado e aprovaram.
Mas, quando o advogado de Valério foi procurado pela imprensa, "esqueceu o combinado", afirmou o jornalista. Primeiro disse que seu cliente nem confirmava e nem desmentia o conteúdo da reportagem. Depois afirmou que Valério não confirmava.
Procurada, para se pronunciar sobre o caso, a assessoria da Editora Abril disse que não vai se manifestar sobre o assunto, nem revelou se a revista divulgará o áudio da entrevista.
* Com supervisão de Vanessa Gonçalves
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Analisemos, pois, a situação. Se formos acreditar que Veja entrevistou Valério e que ele disse mesmo tudo que a revista e o blogueiro de O Globo relatam, por certo houve quebra de acordo, pois, do contrário, o publicitário não teria desmentido que acusou Lula ou que tem os tais vídeos que o prejudicariam.
Se Veja já quebrou algum eventual acordo com Valério, levando-o a desmentir qualquer relação com a revista, por que não acabar com as dúvidas estridentes que se levantaram sobre a veracidade de sua entrevista?
Tanto é prova que a reportagem de Veja foi recebida com ceticismo que seus editores e jornalistas se reuniram no domingo para considerar a possibilidade de divulgar o áudio imaginário e, oh que surpresa!, optaram pelo bom-mocismo de não romperem o suposto "acordo" com Valério, o qual já teria sido rompido, se tivesse existido.
A fragilidade da matéria só fez colocar mais uma mão de terra na cova da credibilidade da Veja. Segundo a repórter da revista Carta Capital Najla Passos, ela travou o seguinte diálogo com um ministro do STF sobre a matéria de Veja:
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Perguntado se havia visto a matéria da Veja, um ministro do STF respondeu, em off.
- Vi. Mas vi também que é uma matéria em super off, né?, ironizou.
Questionado sobre que repercussão a reportagem teria sobre o julgamento, disse:
- Até agora nenhuma, ninguém falou. O que é relevante para nós aqui é o que está nos autos, não o que está em jornal, revista.

Do Blog da Cidadania.
Posted: 18 Sep 2012 08:25 AM PDT




"A Editora Abril e seu carro chefe, o panfleto semanal intitulado Veja, reforçaram, neste final de semana, a inovação jornalística que pretendem ter inaugurado: o jornalismo com base no "ouvir dizer", em fontes e entrevistas inexistentes, fundado na mentira e na calúnia.
Vermelho
Não é uma prática nova na imprensa de direita no Brasil. Já na década de 1950 a revista O Cruzeiro, que era o grande panfleto da direita na época, era notável por esse mesmo jornalismo mequetrefe, apelidado "de dentro pra fora" - isto é, feito a partir de fatos inventados na redação.

Da mesmo forma como hoje Veja se esmera em destruir a imagem do presidente Luís Inácio Lula da Silva e das forças progressistas e de esquerda, naqueles anos O Cruzeiro investia contra o presidente Getúlio Vargas e pagou um preço alto por sua miopia histórica e política. A confiança dos leitores caiu aceleradamente, a circulação começou a minguar e, em poucos anos, O Cruzeiro perdeu a importância que tivera e naufragou melancolicamente.

E qual é a estrutura dessa mentira? Ela é revelada pela própria matéria assinada pelo repórter Rodrigo Rangel, e pela Carta ao Leitor do diretor da revista. Não havendo declarações diretas e insofismáveis do empresário Marcos Valério, ele confessam , no próprio texto, que a mentira ali contada tem "base em revelações de parentes, amigos e associados". Esta é a essência do jornalismo mequetrefe de Veja: a mentira e a calúnia."
Artigo Completo, ::AQUI::

Enviada por: Nogueira Junior/ 22:020 Comentários
Do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 18 Sep 2012 03:44 AM PDT
Quem ganhou o debate ?

Foto - "Estadão" - Fernando Haddad e José Serra protagonizaram os confrontos diretos e mais duros do debate. Celso Russomanno foi questionado sobre suas ligações com a igreja Universal e sofreu um duro ataque por parte de Paulinho da Força, que o acusou de votar sempre contra os trabalhadores na Câmara dos Deputados. Os nomes de Marta Suplicy e Fernando Henrique entraram na RODA do Debate da TV Cultura. No frigir dos ovos, salvo melhor avaliação, Serra levou a pior, ele apanhou na questão da saúde e teve que ser "lembrado" sobre o caso de sua renúncia.

LEIA + AQUI
Postado por às 07:36Nenhum comentário: Links para esta postagem

Do 007BONDeblog.
Posted: 18 Sep 2012 03:40 AM PDT

Nesse Valeriodantas, que entra nas vísceras do tucanato, nessa parte o ansioso blogueiro acredita piamente.
Ataulfo Merval de Paiva, que honra a Academia, no passado e no presente, acredita no Marcos Valeriodantas.
Há quem acredite em Papai Noel, Saci Pererê e em que o Amaury Ribeiro Jr não tem provas da Privataria Tucana.
Neste domingo que passou, Ataulfo Merval de Paiva ofereceu aos pobres leitores de O Globo a confirmação de que Marcos Valério disse a verdade quando "informou" à Veja que Lula é o chefe da quadrilha.
Mais: Ataulfo Merval de Paiva cita com inabalável convicção o advogado do Thomas Jefferson, pioneiro nessa trilha: Lula é o chefe da gang.
Mais: Ataulfo Merval de Paiva está convencido de que, cedo ou tarde, tantos os "domínios de fato", que Lula subirá ao patíbulo construído na Cidade Cenográfica do Projac.
(Clique aqui para ler "O Supremo condenará Dirceu por domínio de fato como a Veja condenou Lula").
O ansioso blogueiro também acredita no advogado do Thomas Jefferson e no Marcos Valeriodantas, em parte.
Em parte.
Do advogado de Thomas Jefferson, o herói da Folha (*), o ansioso blogueiro acredita naquela parte em que diz que não houve o mensalão.
Do Marcos Valeriodantas, o ansioso blogueiro acredita nos documentos da Brasil Telecom que o ligam de forma indissociável ao passador de bola apanhado no ato de passar bola – clique aqui para ver o vídeo exibido no jornal nacional.
Nesse Valeriodantas, que entra nas vísceras do tucanato, nessa parte o ansioso blogueiro acredita piamente.
O ansioso blogueiro também acredita no Marcos Valeriodantas quando ele se liga, através do passador de bola, ao ex-presidente do PSDB, o deputado Eduardo Azeredo, tucano de Minas.
Cada um acredita em quem quiser, não é isso, amigo navegante ?
Cada um acredita na parte que quiser, afinal, estamos numa democracia.
O ansioso blogueiro por exemplo, acredita que Merval é o verdadeiro sucessor de Ataulfo de Paiva, na imortalidade.
E, não, José Lins do Rego, que o saudou, com riso incontido.

Paulo Henrique Amorim
Postado por às 16:02Nenhum comentário:

Do Blog O TERROR DO NORDESTE.
Posted: 18 Sep 2012 03:34 AM PDT


* A filha de Zuzu Angel, Hildegard, desabafa: 'Meus amigos,  brasileiros, meus compatriotas: eu vim aqui  para enterrar José Dirceu' 


(Obs.: Obra de ficção, interpretada pela jornalista e atriz Hildegard Angel, em adaptação livre, feita por ela, do célebre discurso de Marco Antonio perante o cadáver de César, na peça "Julio Cesar", de Shakespeare, inspirada em personagens e fatos da atualidade brasileira).
Posted: 18 Sep 2012 03:23 AM PDT

Saul Leblon, Carta Maior / Blog das Frases

"Carlinhos Cachoeira e seu ubíquo braço-direito, o araponga Dadá, não estão mais à solta para emprestar artes e ofício às reportagens' e 'denúncias' programadas por 'Veja'. Quase não se nota. Se o plantel perdeu talento específico, o engajamento na meliância política ganhou em arrojo e sofreguidão. A constelação de colunistas que orbita em torno daquilo que 'Veja' excreta arregaçou mangas e redobra esforços.

A afinação do jogral não deixa dúvida sobre o alvo mais cobiçado, como mostra a meticulosa análise de Marco Aurélio Weissheimer, nesta pág.
O troféu da vez é Lula, não a pessoa, mas o símbolo de uma barragem que reordenou a política brasileira criando espaço à ascensão do campo popular.

Buliçosos escribas do jornalismo isento sugerem nesta 2ª feira que podem superar as mais dilatadas expectativas na caça ao tesouro. As postagens do colunismo amigo de Demóstenes Torres --outro centurião da linha de frente abatido sem deixar vácuo-- sugerem a travessia de um Rubicão.

O conservadorismo age como se não houvesse amanhã. A crise econômica não destruiu o governo do PT e o país retoma o crescimento neste 4º trimestre. Então, é agora ou nunca.

Com a ajuda das togas que atiçam o linchamento contra o partido no STF, a mídia demotucana arranca uma escalada preventiva vertiginosa. Comete-se de forma explícita aquilo que até mesmo Dadá e Cachoeira teriam pejo em praticar desguarnecidos das sombras: a chantagem ancorada em 'provas' improváveis, mas tornadas críveis através do incessante centrifugador de carniça de quatro hélices: Veja-colunistas- bancada demotucana-Procuradoria geral da República."
Artigo Completo, ::AQUI::

Posted: 18 Sep 2012 03:13 AM PDT

Seguindo o caminho do dinheiro, descobre-se onde foi parar uma parte...
Provas indiciárias mostram que o chamado "mensalão" da Visanet abasteceu a campanha do deputado Edson Aparecido (PSDB/SP) em 2002.

Hoje, o deputado tucano é Secretário estadual de Assuntos Metropolitanos do governo Alckmin (PSDB), e coordenador de campanha de José Serra (PSDB) na eleição deste ano.

O inquérito n. 2474/STF, também nas mãos do Ministro Joaquim Barbosa, traça o caminho do dinheiro da Visanet para a DNA Propaganda, nos anos de 2001 e 2002, durante o governo FHC.


Grande parte desse dinheiro foi repassado para a empresa Takano Editora e Gráfica, o que foi identificado já na CPI dos Correios.

A Polícia Federal investigou mais um pouco e apontou que boa parte dos serviços não foram prestados, pedindo maiores investigações sobre esta empresa que, estranhamente, faliu um mês após Roberto Jefferson dar a entrevista sobre o "mensalão".

Não é preciso ser policial federal para consultar as doações de campanha da referida empresa nas eleições de 2002. A maior doação declarada ao TSE dessa empresa foi R$ 103.300,00 ao deputado Edson Aparecido (PSDB-SP).

Esses R$ 103 mil foram receitas declaradas como doação de valor estimado. Na coluna das despesas aparece o mesmo valor sem identificar o fornecedor, o que indica que possa ser a própria Takano que doou material gráfico de campanha e declarou o valor do material como doação.

Nas eleições de 2002, Geraldo Alckmin também declarou ter recebido uma doação de R$ 4.000,00 desta mesma empresa.

O inquérito 2474 aponta que alguns milhões transitados pela Takano não tiveram destino identificado ainda, o que gera suspeita de ter alimentado caixa-2 de campanhas tucanas, em 2002.


http://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2011/04/Doc_Parte_1_60WEB.pdf
Laudos da PF mapeiam o caminho do dinheiro até a gráfica Takano
Doação de campanha estimada de R$ 103.300,00 indica que é valor de material gráfico

Despesa no mesmo valor da receita indica que, muito provavelmente, trata-se de material de campanha doado pela gráfica. Porém a empresa foi abastecida antes com dinheiro pago do chamado "mensalão" da Visanet.

Estes fatos comprovam mais uma vez que o "mensalão tucano" não foi "mensalao mineiro", como a imprensa demotucana vendeu em suas páginas. E este caso é só a ponta do iceberg.

Apesar dos fatos desta transação terem ocorrido em 2002, portanto antes do que ocorreu envolvendo petistas, o Procurador-Geral da República e o ministro relator Joaquim Barbosa, tomaram a decisão política de dedicarem-se aos fatos ocorridos posteriormente, a partir de 2003, deixando o envolvimento de tucanos para segundo plano. Assim com fizeram no caso Eduardo Azeredo de 1998.
Por: Zé Augusto0 Comentários 
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