segunda-feira, 4 de junho de 2012

Via Email: SARAIVA 13



SARAIVA 13


Posted: 04 Jun 2012 03:42 PM PDT



Do Blog do Miro - 04/06/2012

Por
Altamiro Borges

Na semana passada, a mídia demotucana fez de tudo para silenciar Lula. Apoiou Gilmar Mendes, bravateiro do STF, que alardeou uma suposta "ameaça" no julgamento do mensalão sem apresentar provas. Também criticou Lula por sua audiência no programa do Ratinho, na SBT. Na prática, a mídia revela o medo que tem da popularidade do ex-presidente num ano de eleições municipais. Ela teme pela derrota das forças de direita. Preferia que Lula continuasse sem voz num hospital!


Lula encerrou o seu segundo mandato presidencial com mais de 80% de aprovação popular – um recorde que deve matar de inveja o ex-presidente FHC, apavorar os demotucanos e incomodar os barões da mídia. Todas as pesquisas recentes indicam que ele terá forte influência junto ao eleitorado no pleito de outubro próximo. Daí a tentativa de criar factoides, como o protagonizado pelo péssimo ator do STF, e o esforço para evitar que ele apareça em programas de televisão e que expresse seu apoio a candidatos.

Efeito contrário

O Estadão, em editorial ontem (3), chegou a sugerir que Lula cometeu crime eleitoral por "propaganda antecipada" ao apresentar Fernando Haddad, candidato petista à prefeitura de São Paulo, no Programa do Ratinho. Nada falou, porém, sobre a presença de José Serra em outros programas televisivos, como o do Datena na Band. O tucano pode fazer "propaganda antecipada". Já Lula deve ficar em silêncio. Em outros veículos, alguns "calunistas" também tentaram ridicularizar a presença de Lula no SBT.


Mas os ataques da mídia demotucana podem ter efeito contrário. Ela já não faz mais a cabeça do eleitorado, como comprovam as últimas eleições. Ao fazer escarcéu contra as aparições de Lula na telinha e em atividades de campanha, ela pode até aumentar o prestígio eleitoral do ex-presidente. Até o PSDB já se deu conta deste risco. A coluna Painel da Folha captou este temor:

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Teste de audiência

A apelação à Justiça Eleitoral contra Lula, Fernando Haddad e o SBT em razão da entrevista ao "Programa do Ratinho" foi objeto de intensa polêmica no comando da campanha de José Serra ontem. Ala expressiva do PSDB considera que a repercussão do caso favorece o pré-candidato petista, sequioso por espaço na TV. "Se isso for aos tribunais, não serão 8 pontos no Ibope, mas 40", disse um grão-tucano derrotado em sua tese.
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Também do Blog ContrapontoPIG
Posted: 04 Jun 2012 03:39 PM PDT
O Rei caça na África enquanto a Espanha quebra

Extraído do site do Mauro Santayana, jovem blogueiro, que acaba de produzir obra clássica sobre Gilmar Dantas (*): "Supremo, aja !"

A visita do Rei Caçador e a Aliança do Pacífico


Combalida política e economicamente, por uma crise que se aprofunda a cada dia, também do ponto de vista social – pela erosão de sua credibilidade internacional – a Espanha e sua diplomacia parecem não ter aprendido nada com as dolorosas lições dos últimos anos.


De passagem por Brasília, aonde vem oferecer, segundo a imprensa ibérica, onze anos depois de sua última visita ao nosso país, uma "aliança política e econômica sem precedentes", o Rei Juan Carlos tem como destino final na América do Sul, a cidade chilena de Antofagasta, a fim de agregar-se, como "observador", no dia 6 de junho, à cúpula presidencial da Aliança do Pacífico.


Essa, para quem não conhece, é uma organização patrocinada pelo México e pela Espanha, que nasce com o claro objetivo de se contrapor à ampliação da presença brasileira na América do Sul, e que reúne, além do México, o Chile, o Peru e a Colômbia.


Com a Aliança do Pacífico, a Espanha, que não pode participar de reuniões do Mercosul, da UNASUL e da CELAC, nem mesmo como observadora, contaria – depois do rotundo fracasso de suas cúpulas "ibero-americanas"- com novo instrumento para imiscuir-se nos assuntos do nosso continente.


O outro aliado com que contam os espanhóis nesse processo de tentar promover a divisão sul-americana, é o Paraguai, país tradicionalmente pendular em suas relações externas, que joga para beneficiar-se da ajuda ora do Brasil, ora da Argentina, ora da Espanha, dependendo do momento e das circunstâncias.


Não foi por outro motivo que o Paraguai aceitou promover a fracassada cúpula "ibero-americana" de Assunção, em novembro do ano passado, que terminou com a ausência dos países mais importantes da região, mas contou com a presença justamente do México e do Chile, co-patrocinadores da "Aliança do Pacífico".


É também importante registrar, nesse contexto, a posição do parlamento paraguaio que impede, há anos, a expansão do Mercosul, ao não ratificar a entrada da República da Venezuela no Tratado, já aprovada pelos outros membros do bloco.


A diplomacia brasileira, com a chegada do Rei Juan Carlos a Brasília nesta segunda-feira – data em que ocorrerá, em Madri, reunião "técnica" para discutir a questão da expulsão de brasileiros dos aeroportos espanhóis nos últimos anos – tem excelente oportunidade para deixar claro que não concorda com a interferência externa no espaço sul-americano.


Com relação ao Paraguai, qualquer concessão do grupo, no futuro, poderia ser negociada – em todas as instâncias, incluída a parlamentar – de forma a obter rápida aprovação à entrada da República da Venezuela no Tratado do Mercosul. Enquanto isso, nada impede que o Uruguai, a Argentina e o Brasil possam negociar acordos bilaterais de livre comércio com Caracas.


É difícil, tendo em vista a formação histórica de nossos países, que a tentativa de divisionismo entre o Brasil e os países ocidentais do continente tenha êxito. O México sempre foi uma realidade à parte, menos durante o governo nacionalista de Cárdenas, quando seus atos o incluíam na mesma ordem de pensamento de Getúlio Vargas. Como se recorda, Cárdenas nacionalizou o petróleo em 1938, sem que os Estados Unidos, já em preparação para a guerra, tomasse qualquer medida de retaliação. Nos últimos trinta anos, no entanto, os governos do México têm sido fiéis vassalos dos Estados Unidos e é, sem dúvida, a serviço de Washington, que sua diplomacia atua ao lado do Chile e de Madri.


Há razões ainda mais antigas que tornam difícil essa aliança da Costa do Pacífico. O povo peruano não se esquece, até hoje, da ocupação de Lima pelas forças chilenas, em janeiro de 1881, na Guerra do Pacífico, que lhe custou a amputação de parte de seu território (a Província de Tacna) por 50 anos, só recuperada depois de imensos sacrifícios e desgastantes negociações diplomáticas.


A Bolívia sofreu ainda mais com os chilenos: todo o litoral do Pacífico que lhe pertencia (a rica e extensa província de Antofagasta) foi anexado, e La Paz perdeu seu acesso ao oceano. Esse conflito – provocado pelos interesses ingleses e norte-americanos – não foi completamente superado, e é uma lição de como os estranhos, com suas intrigas, causam as tragédias ao fomentar as guerras entre vizinhos.


Essa mesma interferência estrangeira – no caso, das empresas petrolíferas americanas e inglesas – provocou a carnificina da Guerra do Chaco, entre a Bolívia e o Paraguai, nos anos 30 do século passado.


O México rompeu relações com a Espanha e dela esteve distanciado até o fim do franquismo. Hoje, apesar da submissão de sua política externa aos Estados Unidos, grande parte da opinião pública mexicana rejeita aproximação maior com Madri.


Não há qualquer razão para que a Espanha de Juan Carlos, que vem sacrificando seu grande povo, em favor dos exploradores de sempre (hoje reunidos na globalização do neoliberalismo), venha a se meter no encontro de Antofagasta.

Isso só se explica pela desesperada busca de apoio internacional, no momento em que sua economia e suas instituições (sobretudo a monarquia) entram em acelerado declínio de credibilidade interna.


Com suas grandes empresas e bancos endividados (só a Telefónica, que atua no Brasil com a marca Vivo, deve mais de 100 bilhões de dólares), reduz-se o prestígio internacional do governo e da monarquia espanhola. O Rei – é o que se diz na imprensa espanhola – vem nos propor "relações políticas e econômicas sem precedentes". Em lugar de relações novas e excepcionais, os brasileiros querem apenas que sejam tratados com respeito em território espanhol, quando viajarem à Europa.


A cortesia diplomática recomenda que recebamos bem o Rei – em nome do respeito ao povo espanhol – mas os nossos interesses no mundo recomendam que não nos comprometamos com um governo que está arrochando seu povo com medidas econômicas draconianas, enquanto os ricos continuam saqueando os trabalhadores e retirando seus capitais do país.


A queda da popularidade de Piñera no Chile, a aproximação crescente do Brasil com a Colômbia, e a iminência de um governo de esquerda no México, retiram da monarquia espanhola espaço para suas manobras diplomáticas em nossa região.


Provavelmente, o Brasil – como agiu quando da reunião anterior, no Paraguai – se ausente do próximo encontro de Chefes de Estado dos paises "ibero-americanos", previsto para realizar-se na cidade de Cadiz, na Espanha, em novembro deste ano. Para discutir o futuro dos nossos países contamos com a UNASUL e o Conselho de Defesa Sul-americano, e, no contexto do espaço ampliado da América Latina, a CELAC. Nós, e nossos vizinhos, não temos nada a fazer do outro lado do Atlântico, assim como a elite neocolonial de nossas antigas metrópoles não têm nada a fazer, institucionalmente, do lado de cá.

www.maurosantayana.com

(*) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele.



Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 04 Jun 2012 03:16 PM PDT
Tribunal concede liberdade a araponga de Cachoeira

Corte também confirma permanência do contraventor em presídio de Brasília

Carolina Brígido
Na foto, Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, ex-sargento da Aeronáutica e, segundo as investigações da Polícia Federal, atuava como informante e auxiliar do contraventor Carlinhos Cachoeira Foto: O Globo / Aílton de Freitas
Na foto, Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, ex-sargento da Aeronáutica e, segundo as investigações da Polícia Federal, atuava como informante e auxiliar do contraventor Carlinhos Cachoeira O Globo / Aílton de Freitas

BRASÍLIA – Por três votos a zero, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, em Brasília, concedeu nesta segunda-feira habeas corpus ao ex-sargento da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, o Dadá. Ele foi preso em 29 de fevereiro, na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, e poderá ser libertado a qualquer momento. Dadá é acusado de instalar escutas ilegais de interesse do contraventor Carlinhos Cachoeira. Em depoimento à CPI do Cachoeira na semana passada, Dadá não respondeu as perguntas dos parlamentares.

Os três integrantes da Terceira Turma do tribunal analisaram decisão individual do desembargador Fernando Tourinho Neto, do dia 16 de abril. Tourinho é o relator de todos os pedidos do processo de Cachoeira no TRF1 porque recebeu, por sorteio, o primeiro recurso que chegou à corte sobre o assunto. O TRF também determinou que Dadá não poderá ser solto caso haja outro processo com pedido de prisão em vigor contra ele.
O TRF1 também confirmou nesta segunda-feira, por unanimidade, decisão liminar que resultou na transferência do contraventor Carlinhos Cachoeira para a Penitenciária da Papuda, em Brasília. Antes, ele estava detido no Presídio Federal de Mossoró (RN).
Cachoeira está detido em Brasília desde o dia 18 de abril, em uma área destinada a presos da Polícia Federal (PF). Ele foi detido no dia 29 de fevereiro como resultado da Operação Monte Carlo, que apurou esquemas de corrupção e exploração de jogos ilegais no Centro-Oeste.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/tribunal-concede-liberdade-araponga-de-cachoeira-5116365#ixzz1wrbugwPg
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Postado por APOSENTADO INVOCADO 1às 18:510 comentáriosLinks para esta postagem 
Posted: 04 Jun 2012 03:12 PM PDT
Veja faz plágio do 247 e atribui documento ao PT 


No início de abril deste ano, começaram a circular, na internet, vários rumores sobre uma viagem de Gilmar Mendes a Berlim. No dia 5 do mesmo mês, publicamos, no 247, uma reportagem intitulada "Movimento na web tenta intimidar Gilmar Mendes". Primeira frase: "Uma ala poderosa da Polícia Federal, com diversos simpatizantes nos meios de comunicação, não engole há muito tempo o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal".
Neste fim de semana, a mesma frase está reproduzida num "documento" que Veja atribui ao PT, como prova de que o partido tinha em Gilmar um de seus alvos preferenciais na CPI do Cachoeira. A legenda, chamada "Plano de ataque", diz que , "depois da tentativa frustrada de intimidação patrocinada pelo ex-presidente Lula, o PT produziu um documento repleto de insinuações contra o ministro Gilmar Mendes e os alvos preferenciais do partido na CPI".
Fica claro, portanto, que Veja plagiou reportagem do 247 e atribuiu um de seus trechos ao PT, no que seria um plano maligno para desmoralizar as instituições no Brasil. Curiosamente, era uma reportagem em que tratávamos Gilmar como alvo de uma tentativa de intimidação – e não como alguém que tivesse feito algo de errado em Berlim.
Veja reproduz ainda outro trecho da matéria do 247. Um que diz que "um possível encontro do ministro Gilmar Mendes, do STF, com o senador Demóstenes Torres, em Berlim, já vem sendo usado como instrumento pelos que pretendem ressuscitar a Satiagraha".
Portanto, o que Veja atribui ao PT é apenas uma reportagem do 247. Repita-se: uma reportagem em que Gilmar aparece mais como vítima do que como vilão da história.
Deve-se a descoberta à jornalista Cynara Menezes, de Carta Capital, que publicou o texto Control C + Control Veja em seu blog. Leia:
No centro do furacão desde que vieram à tona suas relações no mínimo pouco éticas com os bandidos da quadrilha de Carlinhos Cachoeira, a revista Veja parece ter pedido toda a noção de ridículo. Sua capa desta semana é uma farsa: o "documento" que a semanal da Abril alardeia ter sido produzido pelo PT como estratégia para a CPI de Cachoeira é, na verdade, um amontoado de recortes de reportagens de jornais, revistas e sites brasileiros.
Confira neste link os fac-símiles do suposto "documento" que a revista apresenta com "exclusividade" e compare com os outros links no decorrer deste texto: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/o-manual-do-pt-para-instrumentalizar-a-cpi-do-cachoeira
Segundo a revista, os trechos que exibe fariam parte de um "documento preparado por petistas para guiar as ações dos companheiros que integram a CPI do Cachoeira". Mas são na realidade pedaços copiados e colados diretamente (o manjado recurso Ctrl C+ Ctrl V dos computadores) de reportagens de terceiros, sem mudar nem uma vírgula. O primeiro deles: "Uma ala poderosa da Polícia Federal, com diversos simpatizantes nos meios de comunicação, não engole há muito tempo o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal" saiu de uma reportagem de 6 de abril do site Brasil 247, um dos portais de notícia, aliás, que os colunistas online de Veja vivem atacando com o apelido de "171″ (número do estelionato no código penal). Mas quem é que está praticando estelionato com os leitores, no caso?
Outro trecho do "documento exclusivo" de Veja é um "copiar e colar" da coluna painel da Folha de S.Paulo do dia 14 de abril: "Gurgel optou por engavetar temporariamente o caso. Membros do próprio Ministério Público contestam essa decisão em privado. Acham que, com as informações em mãos, o procurador-geral tinha de arquivar, denunciar citados sem foro privilegiado ou pedir abertura de inquérito no STF".
Mais um trecho do trabalho de jornalismo "investigativo" com que a Veja brinda seus leitores esta semana: "Em uma conversa entre o senador Demóstenes Torres e o contraventor Carlinhos Cachoeira, gravada pela Polícia Federal (…)", é o lead de uma reportagem do jornalO Estado de S.Paulo do dia 28 de abril.
Pelo visto, os espiões da central Cachoeira de arapongagem, que grampeavam pessoas clandestinamente para fornecer "furos" à Veja, estão fazendo falta à semanal da editora Abril…


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Veja rouba e grita "Pega ladrão!"

Leia mais em: O Esquerdopata
Under Creative Commons License: Attribution

Do Blog O Esquerdopata.

Posted: 04 Jun 2012 02:27 PM PDT
No centro do furacão desde que vieram à tona suas relações no mínimo pouco éticas com os bandidos da quadrilha de Carlinhos Cachoeira, a revista Veja parece ter perdido toda a noção de ridículo. Sua capa desta semana é uma farsa: o "documento" que a semanal da Abril alardeia ter sido produzido pelo PT como estratégia para a CPI de Cachoeira é, na verdade, um amontoado de recortes de reportagens de jornais, revistas e sites brasileiros.



Confira neste link (clique AQUI) os fac-símiles do suposto "documento" que a revista apresenta com "exclusividade" e compare com os outros links no decorrer deste texto.

Segundo a revista, os trechos que exibe fariam parte de um "documento preparado por petistas para guiar as ações dos companheiros que integram a CPI do Cachoeira". Mas são na realidade pedaços copiados e colados diretamente (o manjado recurso Ctrl C+ Ctrl V dos computadores) de reportagens de terceiros, sem mudar nem uma vírgula. O primeiro deles: "Uma ala poderosa da Polícia Federal, com diversos simpatizantes nos meios de comunicação, não engole há muito tempo o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal" saiu de uma reportagem de 6 de abril do site Brasil 247, um dos portais de notícia, aliás, que os colunistas online de Veja vivem atacando com o apelido de "171″ (número do estelionato no código penal). Mas quem é que está praticando estelionato com os leitores, no caso? (confira clicando AQUI).

Outro trecho do "documento exclusivo" de Veja é um "copiar e colar" da coluna painel da Folha de S.Paulo do dia 14 de abril: "Gurgel optou por engavetar temporariamente o caso. Membros do próprio Ministério Público contestam essa decisão em privado. Acham que, com as informações em mãos, o procurador-geral tinha de arquivar, denunciar citados sem foro privilegiado ou pedir abertura de inquérito no STF". (Confira AQUI)

Mais um trecho do trabalho de jornalismo "investigativo" com que a Veja brinda seus leitores esta semana: "Em uma conversa entre o senador Demóstenes Torres e o contraventor Carlinhos Cachoeira, gravada pela Polícia Federal (…)", é o lead de uma reportagem do jornal O Estado de S.Paulo do dia 28 de abril (leia AQUI).

Pelo visto, os espiões da central Cachoeira de arapongagem, que grampeavam pessoas clandestinamente para fornecer "furos" à Veja, estão fazendo falta à semanal da editora Abril...
De Recife - PE. Diógenes Afonsoàs 16:560 comentários

Também do Blog TERRA BRASILIS.
 

Posted: 04 Jun 2012 02:22 PM PDT
Lula participou do evento e classificou o tucano de candidato "desgastado". Para Haddad, "São Paulo cansou de prefeitos de meio expediente"

O PT lançou a candidatura de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo com um megaevento neste sábado em São Paulo. Embora não tenha sido citado nominalmente, o ex-governador José Serra (PSDB) foi alvo de ataques de Haddad e seu padrinho político, ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chamou o tucano de candidato "desgastado". A declaração faz parte da estratégia de vender Haddad como o "novo" em contraposição ao veterano Serra.

Foto: AE Fernando Haddad e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o 18º Encontro Municipal do Partido dos Trabalhadores

"Tem um candidato que já está desgastado. Nem sei porque ele quer ser candidato. Utilizou a cidade apenas como trampolim para ser governador. Achou que o governo era pouco, não completou o mandato e tomou uma tunda da companheira Dilma. E está desesperado porque o governador é o maior adversário dele aqui em São Paulo", disse Lula.
O ex-presidente fez um histórico das vitórias e derrotas do PT na cidade para concluir que o partido não consegue ultrapassar o teto de 35% do eleitorado paulistano. Por isso, segundo Lula, o PT só terá chance de vitória com um nome novo, que consiga dialogar com outros setores.
"O objetivo é falar com os 15% ou 20% que não querem falar com o PT. Na minha opinião não são eleitores de esquerda. Não sei se são de direita. Então você tem a tarefa, Haddad, de juntar os diferentes", afirmou Lula.
Além do ex-presidente, diversas lideranças petistas como o ex-ministro José Dirceu e quatro ministros (que supriram a ausência de Dilma) participaram do evento.
Sob o comando do publicitário João Santana, foram montados dois telões com mais de 50 metros em cada lado do palanque. Atrás da mesa de autoridades, um display luminoso mostrava a logomarca da campanha, a letra "H" com uma estrela vermelha.
Várias fotos e mensagens traziam símbolos de modernidade como a "#" usada no microblog Twitter. Com um tom emocional, o evento começou com o depoimento de Janaína Cristina, uma jovem ex-sem-teto bolsista do Pro-Uni prestes a se formar em pedagogia "graças ao Lula e ao Haddad". O jingle, em ritmo de rap, tem como refrão: "Haddad, um nome novo para esta cidade".
Uma equipe de fotógrafos contratados por R$ 1 mil a jornada de três horas (cinco vezes a média do mercado) fotografava os participantes e mostrava as fotos nos telões em tempo real.
Além do auditório principal, outros três salões foram ocupados pelos militantes que não conseguiram entrar mas acompanharam o evento por telões.
A ausência da ex-prefeita Marta Suplicy, no entanto, quase estragou a festa. Ela disse ao PT que iria mas não apareceu nem deu explicações.
O discurso de Haddad, repleto de frases de efeito "São Paulo quer ser a cidade que não pode parar e não a cidade que não pode se locomover", foi pautado em três eixos: vinculação com Lula e Dilma, críticas à gestão Kassab e críticas indiretas a Serra.
Lula foi citado nove vezes. Dilma, seis. "Nós, paulistanos, sentimos dentro de casa os efeitos de uma forma humana e competente de governar, impulsionada pelas políticas de Lula e Dilma. E sentimos na rua, no corpo de nossa cidade, os efeitos de uma forma incompetente e insensível de gerir os problemas urbanos", discursou.
Foto: AE Fernando Haddad (segundo à esquerda), sua mulher, Ana Estela (e), e o ex-presidente Lula (segundo à direita) e sua mulher Marisa, no evento neste sábado

A gestão Serra/Kassab, foi tratada com palavras fortes. "Ao invés de tratar a cidade como morada, tratou-a como depósito, e apinhou ali os trastes de sua mediocridade", disse Haddad. "A imagem é forte mas não me ocorre outra", admitiu antes de continuar com os ataques. "Temos uma prefeitura que despreza os pobres, ignora a classe média e engana os ricos. É o triste democratismo do infortúnio".
O candidato conseguiu levantar a plateia quanto explorou o fato de Serra ter abandonado a prefeitura com pouco mais de um ano de mandato.
"São Paulo cansou de prefeitos de meio expediente e de prefeitos de meio mandato. Ao contrário de alguns, eu vibro de felicidade só em pensar na possibilidade de ser prefeito da minha querida São Paulo. Não sou alpinista político nem profissional de eleições. Jamais usarei a prefeitura como trampolim ou degrau de interesses pessoais".
O PT não informou o custo do evento. Questionado, o presidente municipal do partido, Antonio Donato, disse não saber o valor.

De Recife - PE. Diógenes Afonsoàs 17:270 comentários 
Do Blog TERRA BRASILIS


Posted: 04 Jun 2012 02:15 PM PDT

Uma vereadora paulistana do partido do Kassab (PSD-SP), evangélica e candidata à reeleição, foi a uma reunião no quartel-general tucano no edifício Joelma, onde levou cerca de 30 pastores e lideranças, que lá foram na expectativa de um encontro com José Serra (PSDB-SP), segundo o jornal "Estadão".

E, parece inacreditável, mas Serra faltou!

Coube ao vice-governador Guilherme Afif Domingos (PSD), a dura tarefa de explicar a ausência do tucano, e a emenda saiu pior do que o soneto:

"Não podemos estressar o candidato. Não podemos tirar a energia. Ele tem que estar descansado para aparecer na televisão".
Os pastores reclamaram que os demotucanos só os procuram para usá-los em época de eleição, depois os tratam com descaso.

Entre as frases ouvidas, segundo o "Estadão":

"Agora somos chamados para eleger Serra, mas vamos ser excluídos".

"Ele chegou na nossa instituição (na eleição anterior). Prometeu situações que, infelizmente, foram esquecidas".

Em 2010, Serra tentou eleger-se fazendo populismo religioso, só que foi mais irreal do que uma nota de R$ 3,00. O que o tucano fala, o passado o condena.

Serra desrespeita religiosos, ao simular representar papel de pastor em vez de candidato

Além disso, a atitude de Serra, às vezes, ofende a muitos evangélicos, quando os tenta manipular, em vez de tratá-los como qualquer cidadão, que pensa e forma convicção de voto naquele que acha ser o melhor candidato para sua cidade, seu estado, seu país.

Serra acha que caso se apresente como se fosse "um pastor", será suficiente para arrebanhar votos de quem é fiel. Isso é querer chamar os outros de bobos.

A relação de Serra (e qualquer candidato) com o eleitor religioso não é entre pastor e fiel, e sim de homem público para resolver os problemas que dependem da mão do ser humano, e não de Deus.

Deus existe para todos. Não é filiado a nenhum partido e não apoia nenhum candidato, assim como não torce para nenhum time de futebol. Nos deu inteligência e força para usarmos para o bem, e há quem use para o mal. A fé pode ajudar e inspirar o ser humano na realização de boas coisas, mas não é religião que resolve os problemas materiais que depende do trabalho de cada um de nós, inclusive o trabalho coletivo da sociedade na forma de governos. Só ter fé não resolve as enchentes provocadas pela impermeabilização do solo urbano e ocupação das várzeas dos rios, feita pela mão do homem. O trânsito de São Paulo também não resolve com fé. É consequência do mau planejamento e de desvios da corrupção tucana no metrô, rodoanel, avenidas marginais, tudo isso feito pela mão do homem, e é a mão do homem que tem que consertar a lambança. Espera-se de candidatos a prefeitos que apresentem essas soluções ao cidadão, seja evangélico, católico, de qualquer religião ou até mesmo de nenhuma religião.
Por: Zé Augusto0 Comentários 
Posted: 04 Jun 2012 02:07 PM PDT


Mobilidade urbana em São Paulo carece de políticas eficientes de Kassab, que preferiu privilegiar mercado imobiliário durante gestão


Thalita Pires, Rede Brasil Atual 
"Estou voltando hoje ao comando deste blog, depois de 5 meses de licença-maternidade. Nesse tempo, diversas discussões ligadas ao planejamento urbano ocorreram pelo país, especialmente no contexto da preparação do país para a Copa de 2014.  Mas hoje o foco é em São Paulo, nossa maior metrópole, que, para o bem e para o mal (nos últimos tempos mais para o mal) é o modelo de urbanização seguido pelas outras metrópoles.

A cidade em que nasci e morei por quase 27 dos meus 30 anos está pior que há 5 meses, e no fim do ano estará pior do que hoje. Estou no Rio de Janeiro e é com pesar que digo aos cariocas que, da maneira como está, não tenho nenhuma vontade de viver em São Paulo novamente. Não que o Rio seja um paraíso urbano, longe disso.

Esse período em que apenas observei, sem precisar noticiar os fatos, ajudou a retomar uma perspectiva mais ampla do que acontece com São Paulo. O caminho para a decadência urbana não tem um ponto de partida fácil de identificar, mas que a direção das ações públicas na cidade está equivocada, disso não há dúvidas. A insistência em um modelo urbano voltado para o carro é velha conhecida nossa, mas não é mais justificável em um momento em que a produção de conhecimento por universidades, think tanks, ONGs e outras entidades está voltada para novos modelos. As alternativas existem e são aplicáveis.

Nosso prefeito está dando mostras de que em momento algum deixou de atender aos interesses da indústria imobiliária, a qual está ligado desde a década de 80, quando atuou no Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi) e no Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci). 

Traduzindo, na era Kassab é mais fácil construir um prédio em São Paulo do que ser atendido pelo 156 para descobrir o itinerário de uma linha de ônibus. Bairros inteiros são levantados em grande velocidades, sem qualquer preocupação com a mobilidade, com o meio ambiente, com a justiça social ou com a saúde da população. Exemplos não faltam: Vila Nova Leopoldina, Chácara Santo Antônio e Morumbi Sul são apenas alguns deles."
Matéria Completa, ::Aqui::

Enviada por: Nogueira Junior/ 13:250 Comentários
Do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 04 Jun 2012 12:29 PM PDT




"Com a Espanha em crise, monarca chega com 14 empresários para encontro com a presidente Dilma, hoje; intenção dele é ampliar negócios com o Brasil; empresas espanholas, como Telefonica e Santander, estudam vender ativos na América Latina
Brasil 247 / Abr
O rei da Espanha, Juan Carlos I, se reúne com a presidente Dilma Rousseff nesta segunda-feira num momento de crise e fragilidade em seu país. O encontro acontece por volta de 11h30, no Palácio do Planalto, e antecede um almoço no Ministério das Relações Exteriores. Nos dias atuais, a conversa entre os dois líderes pode ser vista como a chegada de um rei que se curva a um governo que aprendeu a se dar o respeito. Se anos atrás eram os países em desenvolvimento que viam como refúgio economias fortes como as da Europa, hoje a relação se inverte é a Espanha que busca o auxílio brasileiro.
O rei viaja acompanhado por um grupo de empresários espanhóis interessados em ampliar os negócios no Brasil. A Espanha é o segundo maior investidor estrangeiro no País, com estoque de capital superior a US$ 85 bilhões. Em 2011, o comércio bilateral registrou US$ 7,97 bilhões – o que representa aumento de 20% em comparação a 2010.
O cenário não é nada animador para as empresas espanholas, que veem o Brasil como forma de sobrevivência. O banco Santander, em má situação financeira e forte presença no País, já provou as terras tupiniquim são vitais para seu sustento. O lucro brasileiro representou nada menos que 28% do total da instituição financeira no fechado de 2011."
Foto: Edição/247
Matéria Completa, ::Aqui::

Enviada por: Nogueira Junior/ 13:321 Comentários
Do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 04 Jun 2012 12:24 PM PDT


JÁ NÃO SE FAZEM MAIS REIS COMO ANTIGAMENTE

Este "fidalgo", homem de gestos finos e "reais", é o Rei de Espanha, Don Juan Carlos I - o Rei e seu país, tem ocupado o noticiário internacional de uma forma bastante negativa. A Espanha atravessa uma situação econômica muito ruim, com desemprego e bancos em pré-falência. No campo da diplomacia, trata os brasileiros que desembarcam em seus aeroportos como se fossem bandidos ou bandidos, e, para complicar a "tourada", o Rei "caiu do cavalo", quando descobriram que ele e sua família gastam dinheiro na África, participando de SAFÁRI, onde animais como Elefantes são "executados".
Rei da Espanha se reúne com Dilma para tentar ampliar relações econômicas
04/06/2012 
Renata Giraldi e Luciana Lima
Repórteres da Agência Brasil

Brasília - O rei da Espanha, Juan Carlos I, se reúne hoje (4) com a presidenta Dilma Rousseff e vários ministros, no Palácio do Planalto e, depois em um almoço no Ministério das Relações Exteriores. Em discussão, a ampliação das relações econômicas entre os dois países e a tentativa de encerrar o constrangimento causado pelas dificuldades para a entrada de brasileiros na Espanha e de espanhóis no Brasil.

Disposto a desfazer o mal-estar causado pelas questões migratórias entre o Brasil e a Espanha, Juan Carlos discursará no Itamaraty falando parte do texto em espanhol e outra em português. É a primeira viagem do rei ao exterior depois que ele colocou uma prótese no quadril, após um acidente durante caça na África. Do Brasil, Juan Carlos segue para o Chile.

O rei viaja acompanhado por um grupo de empresários espanhóis interessados em ampliar os negócios no Brasil. A Espanha é o segundo maior investidor estrangeiro no Brasil, com estoque de capital superior a US$ 85 bilhões. Em 2011, o comércio bilateral registrou US$ 7,97 bilhões – o que representa aumento de 20% em comparação a 2010.


Durante a visita, segundo autoridades brasileiras, deverá ser abordada também a questão do tratamento dado aos brasileiros que viajam à Espanha. Para assessores que preparam a visita, o rei deverá usar sua imagem para amenizar a situação na conversa com a presidenta.


Juan Carlos está em Brasília no mesmo dia em que é realizada em Madri, capital espanhola, uma reunião bilateral sobre questões migratórias, com a participação da ministra Maria Luiza Lopes da Silva, diretora da Divisão de Políticas Consulares e de Brasileiros no Exterior do Ministério das Relações Exteriores.

Há dois meses, o governo do Brasil adotou medidas recíprocas referentes às exigências para que turistas espanhóis entrem no país. Só após a adoção dessas medidas, o governo da Espanha concordou em negociar mudanças nas exigências para a entrada de brasileiros.

De acordo com diplomatas, são frequentes as reclamações de brasileiros que se queixam de problemas no trato, discriminação e má acomodação. Na Espanha, houve casos de cidadãos brasileiros ficarem até três dias detidos no aeroporto.

Edição: Graça Adjuto

Posted: 04 Jun 2012 12:18 PM PDT



Representantes dos evangélicos no Congresso disseram ontem que o governo enfrentará a oposição das denominações religiosas se proibir o aluguel de canais e horários na programação de rádio e televisão.
A Folha revelou neste domingo que a proibição é uma das novidades contidas na minuta mais recente de um decreto que está em estudo pelo governo. Esse decreto atualizaria o Código Brasileiro de Telecomunicações, que entrou em vigor em 1962. Leia aqui a minuta preparada pelo governo.
As igrejas evangélicas figuram entre os principais beneficiários da atual legislação de telecomunicações, que não proíbe de forma explícita o aluguel de horários nas grades de programação das emissoras de TV.


João Campos disse que a proposta é "absurda"
Deputado João Campos (PSDB-GO), presidente da bancada evangélica, afirmou que o governo não poderá mudar por decreto o Código Brasileiro de Telecomunicações, de modo a restringir o aluguel de horário na televisão aos programas religiosos. Para ele, trata-se de uma proposta "absurda".
"Somos radicalmente contra", disse ao jornal "Folha de S.Paulo". "O que motivaria o governo a tomar essa medida? Há alguma reclamação do público? Acho que não. Se há uma brecha na lei, tem que passar pelo Congresso."
Campos lidera uma bancada de 66 deputados dos 513 da Câmara. No Senado, dos 81 integrantes há pelo menos 3 que seguem a orientação da bancada evangélica.
Para o deputado Lincoln Portela (PR-MG), evangélico e líder do seu partido, "essa mudança não passa nunca" porque "o governo vai ter uma briga com milhões de religiosos".
Silas Câmara (PSB-AM), também deputado evangélico, afirmou que as emissoras de TV precisam alugar parte de seu horário para "se viabilizar". "O governo só faria isso se quisesse deixar muito claro que seria uma retaliação contra a liberdade religiosa no país. Duvido que vá fazer."
O deputado Assis Melo (PCdoB-RS) é o autor de um projeto que proíbe o repasse de horário das emissoras para denominações religiosas e empresas. "As concessões são públicas, mas hoje quem ganha com o aluguel são os setores da grande mídia que lucram com uma outorga pública."

Posted: 04 Jun 2012 12:12 PM PDT


A notícia pouco divulgada mesmo na internet, de que a tradicional Faculdade de Direito do Largo de São Francisco deflagrou um movimento pela adoção do sistema de cotas raciais na Universidade de são Paulo (USP) merece ser comemorada, mesmo que revele um lado preocupante e lamentável.
A comemoração é pelo fato da centenária São Francisco e de seu Centro Acadêmico XI de Agosto tomarem a louvável iniciativa posicionando-se, mais uma vez, na vanguarda da marcha pela igualdade e pelo avanço da História, como já fizeram tantas vezes antes.
O lado lamentável da notícia é descobrir-se que nenhuma das três grandes universidades estaduais públicas paulistas - líderes nos rankings das maiores do país - adotou o sistema de cotas até agora. Isto simplesmente mostra que os tucanos, que governam o Estado de São Paulo há quase 30 anos (a contar do governo Franco Montoro, 1983/1986), são mesmo a vanguarda oposta nessa história.

Brasil já adota o sistema há uma década

A USP não adotou o sistema de cotas, a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) não tem e descarta adotá-lo, e a Universidade Estadual Júlio de Mesquita Neto (UNESP) não tomou até agora qualquer iniciativa nesse sentido e nem sequer discute o assunto. Vejam bem, isso no mais rico e desenvolvido Estado do país!
Surgidas nos Estados Unidos na década de 1960, no bojo das ações afirmativas adotadas na esteira do movimento pelos direitos civis, as cotas raciais existem, portanto, há mais de meio século; e no Brasil são adotadas há uma década, desde 2002.
Em abril deste ano, ao julgar uma ação do grande parceiro dos tucanos, o DEM - sim, ele mesmo! - contra a adoção do sistema pela Universidade de Brasília (UnB), o Supremo Tribunal Federal (STF), por unanimidade, julgou constitucional as cotas.

Decisão histórica

"Esta é uma decisão histórica", comemorou o professor Marcus Orione ao término da reunião, ontem, em que a congregação da São Francisco decidiu reivindicar à USP a adoção das cotas raciais. Além desse sistema, a Faculdade vai pedir, também, a adoção de cotas sociais para candidatos que estudam em escolas públicas e para pessoas portadoras de necessidades especiais.
A congregação decidiu deflagrar o movimento pró-instituição de cotas por constatar que os programas de bônus para estudantes de escolas públicas em universidades paulistas são insuficientes para proporcionar o acesso nestas instituições de estudantes negros, de baixa renda e de portadores de deficiência, especialmente nos cursos mais concorridos como, por exemplo, direito e medicina.
Parabéns, Arcadas!



Posted: 04 Jun 2012 12:07 PM PDT

Hora do riso - sobre os súditos do rei espanhol mulherengo e assassino de animais indefesos

"Nós descobrimos que exigir todos esses requisitos na nossa fronteira está nos causando mais problemas do que outra coisa. Sabemos que os brasileiros não são mais um problema para Espanha do ponto de vista da imigração ilegal," disse uma fonte oficial espanhola.
Posted: 04 Jun 2012 12:03 PM PDT

O Banco Central decretou nesta segunda-feira intervenção no Banco Cruzeiro do Sul. Segundo notícias dos jornais desta segunda-feira, o banco teria um rombo acima de R$ 1 bilhão em suas contas, e haveria fraude nos balanços, através do registro de créditos fictícios.

O banco pertence à família Indio da Costa. Os controladores são tio e primo do ex-candidato a vice de José Serra em 2010.

Como o banco ajudou a indicar Indio da Costa como vice 

Indio da Costa, vice de Serra em 2010, é sobrinho do banqueiro.
Na pré-campanha eleitoral de 2010, o banco deu uma mãozinha à Serra, e acabou ajudando na indicação do então deputado do DEM, Indio da Costa, como vice.

A cantora pop Madona estava no Brasil, no Rio de Janeiro, em fevereiro de 2010. O banqueiro Luís Octávio Indio da Costa, primo do vice de Serra, e dono banco Cruzeiro do Sul, atraiu Madonna à São Paulo, para um almoço em sua mansão.

O prato principal do cardápio, que atraiu Madonna a São Paulo, foi uma generosa doação, feita pelo banqueiro, de US$ 1 milhão para a ONG dela, Success For Kids.

Após o almoço (e após a doação de US$ 1 milhão), Madonna foi encaminhada ao Palácio dos Bandeirantes para um bate-papo com o então governador e José Serra, amplamente divulgado na mídia.

Nada muda para os clientes

Para os clientes, nada mudou, o Banco continua funcionando, só que sob administração do interventor, que é o Fundo Garantidor de Créditos (FGC), para sanar as irregularidades, e cobrir o rombo. Após essa etapa, pode haver a venda integral ou parcial do Cruzeiro do Sul.

Em paralelo, será instaurado inquérito para averiguar as causas dos problemas no banco. Caso se detecte indícios de crime financeiro, o BC fará denúncia ao Ministério Público Federal, à Polícia Federal e abrirá também processo administrativo punitivo.

Os bens dos controladores e dos ex-administradores do Cruzeiro do Sul foram tornados indisponíveis, segundo o BC. (Com informações da Reuters)
Por: Zé Augusto0 Comentários 
Posted: 04 Jun 2012 11:58 AM PDT


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E a CPI da Privataria Tucana?

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Posted: 04 Jun 2012 11:53 AM PDT

Combalida política e economicamente, por uma crise que se aprofunda a cada dia, também do ponto de vista social – e pela erosão de sua credibilidade internacional – a Espanha e sua diplomacia parecem não ter aprendido nada com as dolorosas lições dos últimos anos.
De passagem por Brasília, aonde vem oferecer, segundo a imprensa ibérica, onze anos depois de sua última visita ao nosso país, uma "aliança política e econômica sem precedentes", o Rei Juan Carlos tem como destino final na América do Sul, o observatório chileno de Cerro Paranal, a fim de agregar-se, como "observador", no dia 6 de junho, à cúpula presidencial da Aliança do Pacífico.
Essa, para quem não conhece, é uma organização patrocinada pelo México e pela Espanha, que nasce com o claro objetivo de se contrapor à ampliação da presença brasileira na América do Sul, e que reúne, além do México, o Chile, o Peru e a Colômbia.
Com a Aliança do Pacífico, a Espanha, que não pode participar de reuniões do Mercosul, da Unasul e da Celac, nem mesmo como observadora, contaria – depois do rotundo fracasso de suas cúpulas "ibero-americanas"- com novo instrumento para imiscuir-se nos assuntos do nosso continente.
O outro aliado com que contam os espanhóis nesse processo de tentar promover a divisão sul-americana, é o Paraguai, país tradicionalmente pendular em suas relações externas, que joga para beneficiar-se da ajuda ora do Brasil, ora da Argentina, ora da Espanha, dependendo do momento e das circunstâncias.
Não foi por outro motivo que o Paraguai aceitou promover a fracassada cúpula "ibero-americana" de Assunção, em novembro do ano passado, que terminou com a ausência dos países mais importantes da região, mas contou com a presença justamente do México e do Chile, co-patrocinadores da "Aliança do Pacífico".
É também importante registrar, nesse contexto, a posição do parlamento paraguaio que impede, há anos, a expansão do Mercosul, ao não ratificar a entrada da República da Venezuela no Tratado, já aprovada pelos outros membros do bloco.
A diplomacia brasileira, com a chegada do Rei Juan Carlos a Brasília nesta segunda-feira – data em que ocorrerá, em Madri, reunião "técnica" para discutir a questão da expulsão de brasileiros dos aeroportos espanhóis nos últimos anos – tem excelente oportunidade para deixar claro que não concorda com a interferência externa no espaço sul-americano.
Com relação ao Paraguai, qualquer concessão do grupo, no futuro, poderia ser negociada – em todas as instâncias, incluída a parlamentar – de forma a obter rápida aprovação à entrada da República da Venezuela no Tratado do Mercosul. Enquanto isso, nada impede que o Uruguai, a Argentina e o Brasil possam negociar acordos bilaterais de livre comércio com Caracas.
É difícil, tendo em vista a formação histórica de nossos países, que a tentativa de divisionismo entre o Brasil e os países ocidentais do continente tenha êxito. O México sempre foi uma realidade à parte, menos durante o governo nacionalista de Cárdenas, quando seus atos o incluíam na mesma ordem de pensamento de Getúlio Vargas. Como se recorda, Cárdenas nacionalizou o petróleo em 1938, sem que os Estados Unidos, já em preparação para a guerra, tomasse qualquer medida de retaliação. Nos últimos trinta anos, no entanto, os governos do México têm sido fiéis vassalos dos Estados Unidos e é, sem dúvida, a serviço de Washington, que sua diplomacia atua ao lado do Chile e de Madri.
Há razões ainda mais antigas que tornam difícil essa aliança da Costa do Pacífico. O povo peruano não se esquece, até hoje, da ocupação de Lima pelas forças chilenas, em janeiro de 1881, na Guerra do Pacífico, que lhe custou a amputação de parte de seu território (a Província de Tacna) por 50 anos, só recuperada depois de imensos sacrifícios e desgastantes negociações diplomáticas.
A Bolívia sofreu ainda mais com os chilenos: todo o litoral do Pacífico que lhe pertencia (a rica e extensa província de Antofagasta) foi anexado, e La Paz perdeu seu acesso ao oceano. Esse conflito – provocado pelos interesses ingleses e norte-americanos – não foi completamente superado, e é uma lição de como os estranhos, com suas intrigas, causam as tragédias ao fomentar as guerras entre vizinhos.
Essa mesma interferência estrangeira – no caso, das empresas petrolíferas americanas e inglesas – provocou a carnificina da Guerra do Chaco, entre a Bolívia e o Paraguai, nos anos 30 do século passado.
O México rompeu relações com a Espanha e dela esteve distanciado até o fim do franquismo. Hoje, apesar da submissão de sua política externa aos Estados Unidos, grande parte da opinião pública mexicana rejeita aproximação maior com Madri.
Não há qualquer razão para que a Espanha de Juan Carlos, que vem sacrificando seu grande povo, em favor dos exploradores de sempre (hoje reunidos na globalização do neoliberalismo), venha a se meter no encontro de Cerro Paranal.
Isso só se explica pela desesperada busca de apoio internacional, no momento em que sua economia e suas instituições (sobretudo a monarquia) entram em acelerado declínio de credibilidade interna.
Com suas grandes empresas e bancos endividados (só a Telefónica, que atua no Brasil com a marca Vivo, deve mais de US$ 100 bilhões), reduz-se o prestígio internacional do governo e da monarquia espanhola. O Rei – é o que se diz na imprensa espanhola – vem nos propor "relações políticas e econômicas sem precedentes". Em lugar de relações novas e excepcionais, os brasileiros querem, no mínimo, ser tratados com respeito em território espanhol, quando viajarem à Europa.
A cortesia diplomática recomenda que recebamos bem o Rei – em nome do respeito ao povo espanhol – mas os nossos interesses no mundo recomendam que não nos comprometamos com um governo que está arrochando seu povo com medidas econômicas draconianas, enquanto os ricos continuam saqueando os trabalhadores e retirando seus capitais do país.
A queda da popularidade de Piñera no Chile, a aproximação crescente do Brasil com a Colômbia, e a iminência de um governo de esquerda no México, retiram da monarquia espanhola espaço para suas manobras diplomáticas em nossa região.
Será melhor que o Brasil, como agiu quando da reunião anterior, no Paraguai, se ausente do próximo encontro de Chefes de Estado dos paises "ibero-americanos", previsto para realizar-se na cidade de Cadiz, na Espanha, em novembro deste ano. Para discutir o futuro dos nossos países contamos com a Unasul e o Conselho de Defesa Sul-americano, e, no contexto do espaço ampliado da América Latina, com a Celac. Nós, e nossos vizinhos, não temos nada a fazer do outro lado do Atlântico, assim como a elite neocolonial de nossas antigas metrópoles não têm nada a fazer, institucionalmente, do lado de cá do oceano.

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A visita do rei caçador e a aliança do Pacífico

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Do Blog O Esquerdopata.

Posted: 04 Jun 2012 11:49 AM PDT


Que constrangedor!
Estranho. O PSDB soltou uma nota chamando de caluniosa a reportagem da IstoÉ, onde o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) Luiz Antonio Pagot afirma categoricamente que todo mundo sabia que 8% do Rodoanel era desviado para o caixa 2 tucano em São Paulo. (Leia aqui 'Era 60% para o Serra, 20% para o Kassab e 20% para o Alckmin': Divisão do Caixa 2 tucano do Rodoanel).

No entanto, embora a afirmação de Pagot se referisse a José Serra (que ficaria com o grosso do bolo, 60%), a nota do PSDB não toca no nome dele e defende apenas Alckmin. Por que será?

Confira a nota:


"A matéria da Istoé é caluniosa. As campanhas eleitorais do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, sempre contaram com doações declaradas à Justiça Eleitoral. O governador não foi procurado pela revista, ao contrário de um grupo seleto de personagens nela citados. Com esse procedimento abominável, a Istoé deixou que prosperassem mentiras ditas pelo Sr. Luiz Antônio Pagot baseadas em algo que ele teria ouvido de um "procurador de empreiteira" cujo nome ele nem menciona."
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Postado por Antônio Melloàs 15:02
Nota do PSDB defende Alckmin das acusações de caixa 2 de Pagot. Mas nada fala sobre José Serra. Por quê?
2012-06-04T15:02:00-03:00
Antônio Mello
Comentarios 
Posted: 04 Jun 2012 11:43 AM PDT


RIO
Medo de fracasso assombra governo
A nove dias da abertura do evento ambiental, a presença de poucos governantes de peso confirmados até agora e a perspectiva de que não haja um documento final robusto preocupam o Brasil

» GUILHERME AMADO



A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira (E), reúne-se com parlamentares: governo realizou uma série de palestras preparatórias para a Rio 20 (Ronaldo de Oliveira/CB/D.A. Press - 27/3/12)
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira (E), reúne-se com parlamentares: governo realizou uma série de palestras preparatórias para a Rio 20
 A menos de duas semanas da Rio+20, de 13 a 22 de junho, o Brasil ainda trabalha nos bastidores para evitar que o maior evento da ONU sobre sustentabilidade não entre para a história como um duplo fracasso. O primeiro temor brasileiro antecede o evento em si, já que muitos nomes de peso anunciaram que não devem ir ao Rio de Janeiro. A segunda preocupação só terá um desfecho em 22 de junho, data de encerramento da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, quando os governantes terão que fechar um documento com os pontos em que encontraram acordo. A expectativa dos negociadores brasileiros hoje, porém, é de que esse documento final acabe formatado com conteúdo bem menos ambicioso do que o país pretende.

Na lista dos chefes de Estado ou de Governo que virão ao Rio, falta a confirmação de nomes do primeiro time do concerto internacional, como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a chanceler alemã, Angela Merkel. O primeiro-ministro francês, François Hollande,
recém-eleito, já prometeu participar dos debates na capital fluminense. Os líderes dos Brics — Índia, China, Rússia e África do Sul, além do Brasil — estarão no Rio. A presidente Dilma Rousseff disse que o governo brasileiro pretende trabalhar até o último minuto para incrementar a lista de presença. O medo do Itamaraty é que o quórum contraste com o evento a que a Rio+20 faz referência, a Eco-92, ocorrida 20 anos atrás.

Na ocasião, o peso do Brasil nas decisões internacionais não era tão grande quanto hoje. Tampouco o então presidente, Fernando Collor, tinha o destaque que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, idealizador da Rio+20, ou a anfitriã desta edição, Dilma Rousseff, têm atualmente. Ainda assim, a cidade recebeu convidados como George Bush e Nelson Mandela.

O fantasma da Eco-92 também alimenta o medo sobre o que de concreto vai sair do encontro. Enquanto o evento de 20 anos atrás colocou na pauta internacional o tema sustentabilidade e embasou encontros posteriores — como a Conferência de Kyoto —, a Rio+20 corre o risco de não ter um documento
final tão forte quanto a Agenda 21, herança da Eco-92, que engajou os países participantes no assunto.

Agência
Os negociadores brasileiros estão certos de que pelo menos se chegou ao consenso sobre um dos temas em que mais havia impasse: a criação de uma agência ambiental nos moldes da Organização Mundial do Comércio (OMC). A tendência é que a hipótese seja descartada, conforme quer o Brasil, que pretende investir em outro campo: angariar apoio internacional para o fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), que receberia um orçamento maior e regular.

"A União Europeia tem defendido a criação de uma agência ambiental porque ela envolve a necessidade de uma estrutura burocrática que deve ser ratificada pelos países e tramitar por prazos muito longos. Levaríamos ainda mais tempo (para combater os problemas)", explicou o assessor extraordinário para a Rio+20 no Ministério do Meio Ambiente, Fernando Lyrio.


"A União Europeia tem defendido a criação de uma agência ambiental porque ela envolve a necessidade de uma estrutura burocrática que deve ser ratificada pelos países e tramitar por prazos muito longos"Fernando Lyrio, assessor extraordinário para a Rio+20 no Ministério do Meio Ambiente

Irã
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, anunciou que o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, confirmou presença na Rio+20. "O presidente Ahmadinejad estará aqui no Rio", afirmou o ministro, no último sábado.
Postado por APOSENTADO INVOCADO 1às 13:011 comentáriosLinks para esta postagem 
Posted: 04 Jun 2012 11:38 AM PDT
Brasil Sem Miséria supera meta de inclusão de  pessoas em extrema pobreza no Bolsa Família
Brasil Sem Miséria supera meta de inclusão de pessoas em extrema pobreza no Bolsa Família
Busca Ativa inclui 687 mil famílias no cadastro único; meta original era de 640 mil até dezembro deste ano
O Plano Brasil Sem Miséria completou um ano em 2 de junho, com todas as suas metas iniciais superadas e com destaque para a busca ativa, que localizou e incluiu 687 mil famílias extremamente pobres no programa Bolsa Família. A meta era localizar 640 mil famílias até dezembro. A partir desse resultado, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tereza Campello, acredita que será possível localizar as 800 mil famílias que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atendiam aos critérios do programa, mas não recebiam o beneficio em 2010.
"Ainda não atingimos essa meta porque algumas cidades têm problemas de grandes territórios, como na região amazônica, e muitos municípios não se mobilizaram para ir atrás dessas pessoas", explicou Tereza Campello. Ela observou que, ao contrário do que se acreditava, 75% das famílias localizadas moram em centros urbanos, cidades acima de 100 mil habitantes e no Nordeste.
Brasil Carinhoso – Os benefícios do Bolsa Família passaram por três ampliações neste primeiro ano do plano (veja gráfico na pág 3). A mais recente delas, a ação Brasil Carinhoso, atinge as famílias extremamente pobres com filhos de até seis anos, garantindo renda mensal de R$ 70 por pessoa. A medida resultará, de imediato, em redução de 40% na extrema pobreza. "O impacto será ainda maior na primeira infância: 2,7 milhões de crianças extremamente pobres de até seis anos sairão da miséria", assinala Tereza Campello.
De acordo com o MDS, um dos problemas enfrentados nesta expansão é que parte dos beneficiários está mantendo o dinheiro da expansão nas contas, pois acredita que ele teria sido depositado indevidamente. Está sendo preparada uma ação de comunicação para explicar o crescimento do programa ao seu público.
Os recursos começam a ser pagos em junho no cartão do Bolsa Família. "Só vamos ficar satisfeitos quando atingirmos de fato a meta de superação da extrema pobreza pelos 16,2 milhões de pessoas que se encontram nessa situação até 2014", afirma a ministra.
Orçamento do Bolsa Família cresce 40%
O orçamento do programa Bolsa Família aumentou 40% de 2010 a 2012, passando de 0,38% do PIB para 0,46% (veja gráfico acima). O valor do benefício médio aumentou 38% durante o primeiro ano do Brasil Sem Miséria, passando de R$ 97 em 2010 para os atuais R$ 134. Em maio, o programa atendia a 13,5 milhões de famílias.
Fonte SECOM
Postado por Luis Favre
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Do Blog do Favre.

Posted: 04 Jun 2012 07:35 AM PDT
O ministro Gilmar Mendes julgará o caso do "mensalão", gravado, como agora se revela, a mando do contraventor Carlinhos Cachoeira e publicado, como se descortina, na revista Veja, cuja fonte é o próprio Carlinhos Cachoeira.
O ministro Gilmar Mendes também serve de fonte à revista Veja. Ou, ao menos, revela à revista, antes de fazê-lo a seus pares, sua indignação frente à suposta tentativa de intimidação, negada pelos terceiros envolvidos, por ocasião de uma reunião com o presidente Lula e o ex-ministro do STF, Nelson Jobim.
E mais. Gilmar Mendes diz que há uma conspiração para interferir no julgamento do mensalão, em que ele é juiz. Tudo isso, o tempo todo, por meio da imprensa e um mês depois do suposto caso, justamente no momento em que se revela que um "Gilmar" é citado nas gravações da Polícia Federal.
Este blogueiro elabora então algumas perguntas, ao modo Gilmar Mendes.
1) Ministro Gilmar Mendes, o senhor não fica "perplexo com o comportamento e as insinuações despropositadas" de um ministro do supremo que chama um presidente "às falas", dizendo-se vítima de um grampo que nunca existiu e de um "estado policial" que ficou a ser provado, ao preço de uma crise institucional?
2) Ministro Gilmar Mendes, "vamos dizer que o Demóstenes me oferecesse uma carona num avião se ele tivesse. Teria algo de anormal" em alguém questionar o meu grau de proximidade com o senador? E se isso ocorresse com um ministro do Supremo Tribunal Federal e o senador em questão fosse alvo de fartas acusações, haveria algo de anormal nestes questionamentos? O senhor se sente intimidado com esta pergunta?
3) Ministro Gilmar Mendes, o senhor se diz vítima de "gângsteres", "chantagistas" e "bandidos" que estão a espalhar notícias falsas para atrapalhar o julgamento do "mensalão", processo que o senhor julgará. O ministro Gilmar Mendes não estaria pré-julgando os réus do processo? O ministro prevaricou ao não denunciar formalmente os senhores Luiz Inácio da Silva e Nelson Jobim, bem como os "chantagistas" que o senhor acusa? Ou o senhor não o fez porque simplesmente não há a mínima prova do que diz, além da sua palavra? Se não o fez porque não há provas, pode acaso um juiz acusar ou condenar sem provas?
4) O senhor demorou mais de um mês para denunciar a suposta tentativa de chantagem. Quando o fez foi por meio da revista Veja, após a revelação de que um "Gilmar" teria viajado em voo reservado pelo esquema de Carlinhos Cachoeira, segundo informações colhidas pela Polícia Federal. A indignação do ministro tem 30 dias de prazo para entrar em vigor? O que o senhor tem a dizer sobre a tese de que isso não passaria de uma cortina de fumaça para desviar a atenção sobre sua suposta proximidade com o senador Demóstenes Torres, que, diga-se de passagem, até recentemente empregava um parente seu?
5) Deve um ministro do STF submeter-se a uma superexposição na imprensa, emitindo, a todo tempo, juízo de valor e opiniões sobre fatos concernentes ao caso que o senhor julgará? O senhor acusa a quem, especificamente, quando diz que há "bandidos" interessados no adiamento do julgamento do "mensalão"? Às partes do processo? Se a resposta for afirmativa, isto não deveria constar no processo e ser comunicado formalmente aos seus pares? Se negativa, eu poderia "inferir" que o senhor estaria influenciando a decisão de seus colegas e pré-julgando, por meio da imprensa, ao levantar questões tão graves sem provar o ocorrido, sugerindo a participação dos réus e testemunhas do processo na trama protelatória?
6) Os demais ministros do Supremo Tribunal Federal deverão acompanhar qual órgão de imprensa para que tenham conhecimento das suas novas acusações, se elas ocorrerem?
7) Ministro Gilmar Mendes, ao ministro do STF é vedado qualquer participação política-partidária. Diante de sua conduta no caso do grampo que nunca existiu e, agora, no caso de suas relações com senador Demóstenes Torres e da denúncia contra o ex-presidente Lula, prontamente desmentida, eu poderia "entender, depreender e inferir" que o senhor não está se comportando de acordo com a liturgia que o cargo exige?
8) "Na coluna do jornalista Bastos Moreno, no jornal O Globo, está dito que Gilmar Mendes, ao sair do escritório de Jobim, foi, enfurecido, a uma reunião com a cúpula dos Democratas", lembra Wálter Maierovitch. Isso é verdade? Se afirmativa a reposta, o senhor não acha que seus colegas do Supremo Tribunal Federal deveriam ter a primazia, diante dos fatos? Com quem e sobre o que o senhor conversou com o DEM? O DEM sabe destes fatos há um mês, e também se calou?
9) Ministro Gilmar Mendes, segundo matéria da Folha de São Paulo "o ex-ministro de Defesa, Nelson Jobim, teria recebido, há alguns dias, um telefonema do ex-governador José Serra pedindo que falasse com a revista Veja. Jobim atendeu o pedido e só então soube da reportagem sobre o encontro entre Lula e o ministro Gilmar Mendes". O senhor também recebeu algum telefonema de José Serra pedindo que o senhor falasse à revista Veja? José Serra sabia então, antes da divulgação da revista, sobre o teor da matéria? Quem contou foi o senhor? A revista veja?
10) O termo "liturgia do cargo" tem, na sua opinião, qual sentido?
Sem mais perguntas, agradeço a atenção de vossa excelência.
Charles Carmo
No O Recôncavo


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Também do Blog COM TEXTO LIVRE
Posted: 04 Jun 2012 07:31 AM PDT


A sociedade brasileira teve sempre a discriminação como um dos seus pilares. A escravidão, que desqualificava, ao mesmo tempo, os negros e o trabalho – atividade de uma raça considerada inferior – foi constitutiva do Brasil, como economia, como estratificação social e como ideologia.
Uma sociedade que nunca foi majoritariamente branca, teve sempre como ideologia dominante a da elite branca, Sempre presidiram o país, ocuparam os cargos mais importantes nas FFAA, nos bancos, nos ministérios, na direção das grandes empresas, na mídia, na direção dos clubes – em todos os lugares em que se concentra o poder na sociedade, estiveram sempre os brancos.
A elite paulista representa melhor do que qualquer outro setor, esse ranço racista. Nunca assimilaram a Revoluçao de 30, menos ainda o governo do Getúlio. Foram derrotados sistematicamente pelo Getulio e pelos candidatos que ele apoiou. Atribuíam essa derrota aos "marmiteiros"- expressão depreciativa que a direita tinha para os trabalhadores, uma forma explicita de preconceito de classe.
A ideologia separatista de 1932 – que considerava São Paulo "a locomotiva da nação", o setor dinâmico e trabalhador, que arrastava os vagões preguiçosos e atrasados dos outros estados – nunca deixou de ser o sentimento dominante da elite paulista em relação ao resto do Brasil. Os trabalhadores imigrantes, que construíram a riqueza de Sao Paulo, eram todos "baianos" ou "cabeças chatas", trabalhadores que sobreviviam morando nas construções – como o personagem que comia gilete, da música do Vinicius e do Carlos Lira, cantada pelo Ari Toledo, com o sugestivo nome de pau-de-arara, outra denominação para os imigrantes nordestinos em Sao Paulo.
A elite paulista foi protagonista essencial nas marchas das senhoras com a igreja e a mídia, que prepararam o clima para o golpe militar e o apoiaram, incluindo o mesmo tipo de campanha de 1932, com doações de joias e outros bens para a "salvação do Brasil"- de que os militares da ditadura eram os agentes salvadores.
Terminada a ditadura, tiveram que conviver com o Lula como líder popular e o Partido dos Trabalhadores, para o qual canalizaram seu ódio de classe e seu racismo. Lula é o personagem preferencial desses sentimentos, porque sintetiza os aspectos que a elite paulista mais detesta: nordestino, não branco, operário, esquerdista, líder popular.
Não bastasse sua imagem de nordestino, de trabalhador, sua linguagem, seu caráter, está sua mão: Lula perdeu um dedo não em um jet-sky, mas na máquina, como operário metalúrgico, em um dos tantos acidentes de trabalho cotidianos, produto da super exploração dos trabalhadores. O dedo de uma mão de operário, acostumado a produzir, a trabalhar na máquina, a viver do seu próprio trabalho, a lutar, a resistir, a organizar os trabalhadores, a batalhar por seus interesses. Está inscrito no corpo do Lula, nos seus gestos, nas suas mãos, sua origem de classe. É insuportável para o racismo da elite paulista.
Essa elite racista teve que conviver com o sucesso dos governos Lula, depois do fracasso do seu queridinho – FHC, que saiu enxotado da presidência – e da sua sucessora, a Dilma. Tem que conviver com a ascensão social dos trabalhadores, dos nordestinos, dos não brancos, da vitória da esquerda, do PT, do Lula, do povo.
O ódio a Lula é um ódio de classe, vem do profundo da burguesia paulista e de setores de classe média que assumem os valores dessa burguesia. O anti-petismo é expressão disso. Os tucanos são sua representação política.
Da discriminação, do racismo, do pânico diante das ascensão das classes populares, do seu desalojo da direção do Estado, que sempre tinham exercido sem contrapontos. Os Cansei, a mídia paulista, os moradores dos Jardins, os adeptos do FHC, do Serra, do Gilmar, dos otavinhos – derrotados, desesperados, racistas, decadentes.
Emir Sader

Posted: 04 Jun 2012 07:22 AM PDT


No programa desta semana (4), Dilma Rousseff fala sobre o programa Brasil Carinhoso, que pagará benefício extra ao Bolsa Família no próximo dia 18 de junho. A complementação pretende garantir renda mínima de R$ 70 por pessoa para as famílias que tenham crianças com até 6 anos de idade. Outra novidade é que, a partir desta segunda-feira (4), a rede Aqui Tem Farmácia Popular passa a distribuir gratuitamente, com a apresentação de receita médica, medicamentos para o tratamento da Asma.


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Brasil Carinhoso traz benefícios extras

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Do Blog O Esquerdopata.


Posted: 04 Jun 2012 03:58 AM PDT

O factóide de Gilmar Mendes contra Lula significa "elemento" em campanha

01 de junho de 2012 às 14:44 Nenhum Comentário
"Quarto elemento - Há alguns dias, José Serra ligou para o ex-ministro Nelson Jobim. Pediu a ele que falasse com a revista "Veja". Jobim atendeu ao pedido do amigo – e só então soube da reportagem sobre Lula e o ministro Gilmar Mendes. Escaldado, Jobim disse não ter presenciado nada beligerante na conversa entre os dois, que ocorreu em seu escritório, em Brasília"
A nota acima foi publicada ontem (31/5) na coluna da jornalista Monica Bergamo, no jornal Folha de S.Paulo. Sem ser direta, joga luz sobre o quarto elemento que participou do caso Gilmar Mendes x Lula, o pré-candidato a prefeitura de São Paulo, José Serra. Ele, sempre ele.
Entre marqueteiros e estrategistas de campanha todos sabem que uma coisa é certa quando Serra está na disputa: não há possibilidade de a eleição ser tranqüila e limpa.
O episódio narrado por Bergamo ontem merece ser analisado num contexto maior. Serra quer Lula mais fraco no processo eleitoral deste ano. E além disso quer muitíssimo que o julgamento do mensalão aconteça entre agosto e setembro para que o debate sobre as questões municipais seja diluído do ponto de vista midiático. Ou alguém acha que com o julgamento do mensalão acontecendo no STF neste período os veículos de comunicação tradicionais vão tratar de qualquer coisa relacionada à gestão Kassab, por exemplo? Nas contas que fez não havia nada melhor para embananar o jogo do que dar publicidade a este factóide de Gilmar Mendes, que também tem muito interesse em desviar os holofotes midiáticos da CPI do Cachoeira.
Para quem acha que isso é coisa de blogueiro sujo, que tal relembrar algumas histórias. 
Caso Roseana Sarney

O dossiê mais conhecido contra um adversário de Serra teve como alvo a então candidata a presidente da República, Roseana Sarney, em 2002.
O jurista Saulo Ramos, que até onde consta não é um "blogueiro sujo", no livro Código da Vida, revela que o dossiê foi motivado pelo crescimento de Roseana nas pesquisas. "E de repente, sem que estivesse previsto, o PFL lançou Roseana Sarney. Seu nome foi um impacto. Subiu nas pesquisas, Serra ficou para trás e, em todas as simulações de segundo turno, era a única capaz de derrotar Lula".  A partir daí ocorreu a investigação contra Roseana. "Uma das mais cínicas maroteiras da história republicana", na opinião do autor.
O jurista descreve o que aconteceu: "Fernando Henrique Cardoso mandou montar um grupo especializado e treinado para fazer espionagem. A justificativa: vigiar o controle dos preços dos remédios, o cartel dos laboratórios. José Serra, então Ministro da Saúde, havia sido perseguido pelos militares. Sabia bem como os governos eram poderosos nessa especialidade. Fernando Henrique o convenceu a aceitar a maquinação porque dizia ser em favor de sua candidatura a Presidente da República. Serra caiu na conversa". Saulo Ramos acrescenta: "O objetivo era montar a estratégia política da candidatura de Serra à Presidência da República e desenvolver ações de espionagem e denúncias contra possíveis opositores. Para tanto, Aloysio Nunes Ferreira, Ministro da Justiça [o mesmo do dossiê Tasso] mandou instalar uma estação de escuta em São Luís.
De acordo com Ramos, "essa "estação" foi descoberta, e o Ministro da Justiça justificou que se destinava a combater o narcotráfico. (…) São Luís nunca esteve na rota da cocaína. Nem no Rio de Janeiro havia uma estação como aquela".
Depois que a revista Época, da editora Globo, publicou edição com o escândalo que envolvia Roseana, ela desistiu da candidatura à Presidência, apoiou Lula e candidatou-se ao Senado, sendo eleita.
Caso Tasso Jereissati

Tasso Jereissati sofreu perseguição do governo FHC e Serra
No dia 12 de junho de 2010, a jornalista Christiane Samarco revelou, em reportagem do Estado de S.Paulo, que o então governador Mário Covas, já adoentado, recebeu em 2000 a visita de Tasso Jereissati, na época governador do Ceará, comunicando-lhe que estava impedido de ser candidato a Presidência e o apoiava para o cargo, dizendo que "essa disputa vai ficar entre você e o Serra. E meu candidato é você".
Além de Mário Covas, o ex-governador do Ceará tinha também o apoio do PFL de Antônio Carlos Magalhães, mas mesmo assim desistiu da candidatura.
A reclamação de Jereissati foi a de que "setores do PSDB no governo" estariam dificultando a liberação de recursos para o Ceará e investigando sua vida.
De acordo com a reportagem, ao chegar ao palácio da Alvorada para comunicar sua desistência a FHC, Tasso se encontrou com o ex-ministro da Justiça e secretário-geral da Presidência, Aloysio Nunes Ferreira, a quem o ex-governador do Ceará atribuía uma operação da Polícia Federal que colocou agentes em seu encalço numa investigação de lavagem de dinheiro.
Nesse encontro, segundo o Estado de S. Paulo, houve um bate-boca entre Jereissati e Aloysio Nunes. Leia o trecho publicado e entenda melhor como se movimenta o quarto elemento.
"Vocês jogam sujo!", disse Tasso. (…) "Vocês quem?", quis saber Aloysio. (…) "Você…o Serra… Vocês estão jogando sujo e eu estou saindo (da disputa presidencial) por causa de gente como você que está me fodendo nesse governo" reagiu Tasso. (…) "Jogando sujo é a puta que o pariu", berrou Aloysio, já partindo para cima do governador. Fora do controle e vermelho de raiva, Tasso chegou a arrancar o paletó e os dois armaram os punhos para distribuir os socos. Foi preciso que o governador do Pará, Almir Gabriel, apartasse a briga, enquanto FHC, incrédulo, pedia calma. 
Caso Paulo Renato de Souza
Quando Serra era ministro da Saúde e o ex-delegado da Polícia Federal e deputado, Marcelo Itagiba, cuidava da "inteligência" da pasta, circulou um dossiê contra Paulo Renato de Souza, então ministro da Educação. À época, Souza planejava disputar com Serra a indicação do PSDB à presidência. Serra levou a melhor e foi candidato em 2002.
Ou seja, o elemento está em ação. A campanha de São Paulo vai ser a mais suja dos últimos tempos, anotem. Serra sabe que se vier a perder, será o fim de sua carreira política.
A nota de ontem de Mônica Bergamo é um aperitivo do que vem por aí.
(Colaborou: Felipe Rousselet)
Posted: 04 Jun 2012 03:10 AM PDT
A revista Carta Capital que chegou às bancas neste sábado tem excelente reportagem de Cynara Menezes com o título:

"As 1001 versões – Gilmar Mendes vai, vem, volta, mexe, remexe, rebola, se enrola e tenta envolver colegas do Supremo Tribunal em uma história muito mal explicada."

Nascido nos confins de Mato Grosso, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, deveria conhecer um velho ditado de pescadores matutos: o peixe sempre morre pela boca. Talvez o sábio ensinamento o tivesse ajudado a evitar os constrangimentos dos últimos dias. Entre o sábado 26, quando a revista Veja chegou às bancas com a candente denúncia de que o magistrado havia sido chantageado pelo ex-presidente Lula, e a quinta 31, data de fechamento desta edição, Mendes enroscou-se no anzol lançado por ele mesmo. A cada entrevista, uma nova versão, novos personagens e um destempero crescente, que, segundo anota Wálter Fanganiello Maierovitch à pág. 28, não lhe deixa alternativa a não ser se declarar impedido no futuro julgamento do chamado mensalão.
Uma informação obtida por CartaCapital complica ainda mais a versão inicial sustentada pelo ministro. Mendes se disse "perplexo" e "indignado" com a suposta chantagem de Lula, que o teria ameaçado com a divulgação de sua viagem a Berlim em companhia do senador Demóstenes Torres, caso ele não aliviasse no julgamento dos réus do mensalão. Mas não agiu como alguém moralmente atingido. E não só pelo fato de ter demorado um mês para externar sua "indignação", igual tartaruga no inverno. Segundo apurou a revista, o magistrado agiu de forma calculada para obter respaldo institucional à sua versão. De que maneira? Somente na quarta-feira 23, três dias antes de a edição de Veja chegar às bancas com a história, Mendes relatou o ocorrido ao presidente do STF, Carlos Ayres Britto.
Ou seja, o comunicado poderia ter servido apenas para que Veja pudesse confirmar a tempo de publicar no sábado que Mendes informara ao presidente do tribunal sobre o conteúdo da conversa com Lula, o que daria contornos institucionais aos fatos narrados. Funcionou em princípio. Procurado, Ayres Britto deu declarações formais ao semanário da Abril. Até então, o assunto permanecia desconhecido de todos os integrantes da Corte.
Cynara também se pergunta:
– por que "Gilmar Dantas" – expressão agora consagrada pelo repetido emprego do Noblat – preferiu falar a "jornalistas" do detrito sólido de maré baixa a exigir uma nota institucional de repúdio?
(O ansioso blogueiro pergunta: por que não chamou a testemunha, Nelson Johnbim, e denunciou à policia um chantagista?)
– por que Lula haveria de pedir a "Gilmar Dantas" para maneirar o mensalão, se ele não preside (Britto), não relata (Barbosa) e não revisa o processo (Lewandowski)?
– por que Lula haveria de "encantar" o Ministro que mais desafetos tem na própria Corte?
– Ayres Britto está escaldado com "Gilmar Dantas", diz a Cynara: desde o grampo sem áudio, que foi levado a testemunhar;
– por que o "Padim Pade Cerra" – aquele do "Robanel do Pagot" – ligou ao Nelson Johnbim para atender ao "repórter" do detrito sólido de maré baixa?
(O ansioso blogueiro se pergunta: "Cerra" é o novo Cachoeira da Veja?
Haveria um complô entre o Cerra, que chamou "Gilmar Dantas" de "meu Presidente!" antes de um voto decisivo no STF, e "Gilmar Dantas" para desmoralizar Nunca Dantes, vacinar o Gilmar e condenar o José Dirceu?
O ansioso blogueiro se pergunta: o "Padim Pade Cerra", além do aborto no Chile, da bolinha de papel e da união gay pretende, como fez em 2010, usar a carta "José Dirceu" na campanha em que perderá para o Haddad?)
Conclui Cynara, com a pena afiadíssima:
"A rigor, inexplicáveis mesmo, até agora, são as viagens de Mendes (Dantas, segundo o Noblat) ao exterior e a bordo do "aeroDemostenes" a Goiania."
"Além do mais, se o magistrado, como disse, só com os direitos autorais dos "quase 100 mil exemplares" que vendeu de um livro "poderia dar a volta ao mundo se quisesse" (é a nova versão do "tenho jatinho porque posso"- PHA), por que não bancou a própria viagem de Brasília à vizinha Goiânia?"
Paulo Henrique Amorim
No Conversa Afiada

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Ainda do Blog COM TEXTO LIVRE
Posted: 04 Jun 2012 03:07 AM PDT


Merval e seu adestrador
Até vestido de Macaquinho de Realejo ele está...

Só faltou o chapeuzinho...
A proximidade do julgamento do mensalão parece estar desestabilizando emocionalmente o ex-presidente Lula, que se tem esmerado nos últimos dias em explicitar uma truculência política que antes era dissimulada em público, ou maquiada. 
Nessa fase em que trabalha em dois projetos que se cruzam e parecem vitais para seu futuro, tamanha a intensidade com que se dedica a eles, Lula não tem tido cuidados com as aparências, e arrisca-se além do que sua experiência recomendaria. 
A pressão sobre ministros do STF, a convocação da CPI do Cachoeira, com direito a cartilha de procedimentos com os alvos preferenciais identificados ( STF, imprensa, oposição) e as atitudes messiânicas, sempre colocando-se como o centro do universos político, revelam a alma autoritária deste ex-presidente ansioso pela ribalta política. 
A eleição de Fernando Haddad para a Prefeitura de São Paulo e a obsessão em desmoralizar o julgamento do mensalão - já que não conseguiu adiá-lo para que seus resultados não interferissem na eleição municipal e, além disso, a prescrição das penas resolvesse grande parte dos problemas judiciais do PT -pareciam as duas grandes tarefas do ex-presidente Lula neste momento. 
Mas ele,de voz própria, revelou seu verdadeiro objetivo político no programa do Ratinho: não permitir que um tucano volte a governar o país. 
Nunca antes nesse país viu-se um político assumir tão abertamente uma postura despótica, quase ditatorial, quanto a de Lula nessa cruzada nacional contra os tucanos, que tem na disputa pela capital paulista seu ponto decisivo. 
O PT, aliás, tem seguido a mesma batida de Lula, e se revela a cada instante um partido que não tem como objetivo programas de governo ou projetos nacionais para o país. A luta política pelo poder escancara posturas ditatoriais em todos os níveis, e para mantê-lo vale tudo. 
Desde rasgar a legislação eleitoral e fazer propaganda ilegal em emissora de televisão na tentativa de desatolar uma candidatura que até agora não demonstra capacidade de competição, até intervenções em diretórios que não obedecem à orientação nacional, como aconteceu agora mesmo em Recife. 
Vale também mobilizar um esquema policial de uma prefeitura petista, como a de Mauá em São Paulo para apreender uma revista que apresenta reportagens contrárias aos interesses do PT. 
A truculência com que foi impedida a distribuição gratuita da revista Free São Paulo, que trazia uma reportagem de capa sobre o assassinato do prefeito petista de Santo André Celso Daniel, é exemplar do que o PT e seus seguidores consideram "liberdade de imprensa". 
Os petistas acusam a revista de ser financiada pelo PSDB, o que ainda é preciso provar, mas, mesmo que seja, seria no mínimo incoerente criticarem tal estratégia, já que são estatais de diversos calibres e governos petistas que financiam uma verdadeira rede de blogs chapa-brancas e revistas para defenderem as ações governistas e demonizar seus adversários, em qualquer nível. 
Da mesma forma, parece ironia que líderes petistas se mostrem indignados com financiamentos eleitorais de caixa 2 de políticos tucanos, como se esse crime fosse uma afronta ao Estado de Direito e não, como disse o ex-presidente Lula tentando minimizar o caso do mensalão, coisa corriqueira no sistema eleitoral brasileiro. 
O recurso ao caixa 2 e a verbas não contabilizadas é evidentemente uma distorção do nosso sistema eleitoral que tem que ser combatida com rigor, mas o PT há muito perdeu a possibilidade de indignar-se diante deste e de outros malfeitos políticos.

Opinião dO Cachete:
Em desespero, a direita saca todas as suas armas. Merval, Noblat, Augusto Nunes e o próximo "Filho da P..." a ser homenageado nesta Seção: Reinaldo Azevedo. Não é estranho o fato que a entrevista do Pagot não repercutiu em outros jornais. Estão todos a serviço dos tucanalhas e de seus caciques financiadores sem licitação. A VEJA sabe do que estou falando...

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