terça-feira, 27 de março de 2012

Via Email : SARAIVA 13




SARAIVA 13


Posted: 25 Mar 2012 04:08 PM PDT
O ex-secretário estadual, deputado federal, senador, ministro do planejamento e da saúde, prefeito, governador e duas vezes candidato a presidente José Serra teve apenas 52,1% dos votos nas prévias do PSDB. Mesmo competindo com o nada José Aníbal e o ninguém Ricardo Tripoli, com o apoio declarado de FHC e Alckmin, e descarado da mídia, Serra teve 47,9% contra si, provavelmente de eleitores que pensam que qualquer coisa, mesmo esses dois aí, é melhor que carregar esse peso de novo.


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Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 25 Mar 2012 04:03 PM PDT
Do Blog do Kotscho - 25/3/2012
José Serra vota nas prévias do PSDB neste domingo (25)/
Foto: Thiago Teixeira/AE
Ricardo Kotscho
Foi por muito pouco. No final da tarde deste domingo, ao ser anunciado o resultado oficial das prévias do PSDB para escolher seu candidato a prefeito de São Paulo, o ex-tudo José Serra ganhou a indicação do partido. Ganhou, mas, ao mesmo tempo, sofreu a maior derrota política da sua longa carreira de quase meio século.
Serra recebeu 52% dos votos dos militantes tucanos _ ou seja, quase metade do PSDB votou contra a sua candidatura a prefeito. A rejeição ao seu nome no próprio partido foi bem maior do que aquela apontada no eleitorado paulistano em geral, que registrou 30% de paulistanos que não votariam nele na última pesquisa divulgada pelo Datafolha.
Os surpreendentes 31% dos votos conquistados por José Anibal e outros 16% por Ricardo Tripoli mostraram que o PSDB entra rachado nesta disputa, apesar do apoio dado a Serra por todos os grandes caciques tucanos, a começar pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo governador Geraldo Alckmin. Todos foram vencedores e saíram derrotados das prévias do partido pelos militantes anônimos que contestaram a liderança dos velhos donos da sigla.
Dos 20,5 mil filiados aptos a votar, apenas 6,2 mil compareceram, o que mostra o desânimo nos arraiais do maior partido da oposição no plano federal e o mal estar provocado pela demora de Serra em se inscrever nas prévias, depois do prazo estabelecido pelo diretório municipal.
O ex-ministro, ex-prefeito, ex-governador e duas vezes candidato derrotado à presidência da República só aceitou entrar na disputa depois que o seu principal aliado, o prefeito Gilberto Kassab, do PSD, ameaçou fechar aliança com o PT de Lula. Sem candidatos viáveis, ao ver ameaçada a hegemonia do PSDB em São Paulo, e a sua reeleição para governador em 2014, o governador Geraldo Alckmin acabou fazendo um apelo a Serra, seu detestável aliado, para ser a ser candidato a prefeito.
Agora, quem deve estar rindo à toa é o maior adversário de Serra dentro do PSDB, o senador mineiro Aécio Neves, que já teve seu nome lançado como candidato à presidência em 2014 por Fernando Henrique Cardoso.
Ao mesmo tempo, o susto que o ex-governador levou para ganhar as prévias por placar tão apertado (ele esperava conquistar pelo menos 80% dos votos) reanimou as candidatura dos seus principais adversários, a começar por Fernando Haddad, do PT, que também enfrenta rejeição dentro do seu próprio partido, à espera da entrada de Lula na campanha.
As prévias do PSDB, que poderiam representar a grande alavanca para a campanha de José Serra, unindo o PSDB, acabaram tendo o efeito oposto, deixando em aberto qualquer previsão sobre a disputa paulistana. Mais uma vez, embora ganhando, Serra perdeu para ele mesmo.
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Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 25 Mar 2012 03:57 PM PDT


Veja que amava Carlinhos Cachoeira que amava Demóstenes Torres que amava Gilmar Mendes que amava Daniel Dantas...















[Fonte da informação das ligações: Luis Nassif]


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Postado porAntônio Melloàs18:42ComentariosLinks para esta postagem
Do BLOG DO MELLO.
Posted: 25 Mar 2012 03:10 PM PDT
Posted: 25 Mar 2012 02:01 PM PDT




"Senador ligado a Carlinhos Cachoeiraabriga em seu gabinete Ketlin Ramos, que é tratada como filha do ministro doministro do Supremo Tribunal Federal; se o caso for ao STF, ele se declararáimpedido de julgar?
Brasil 247 / Folha de S. Paulo


Umareportagem da Folha de S. Paulo publicada neste domingo coloca mais pressãosobre o senador Demóstenes Torres (DEM/GO). Assinada por Leandro Colon eFernando Mello, informa que ele emprega em seu gabinete uma enteada do ministroGilmar Mendes, do STF. Ou seja: se vier a ser aberta investigação contra ele,Mendes poderá ser levado a se declarar impedido, em razão dos laços que osunem. O caso também servirá para reabrir outra história. Durante a OperaçãoSatiagraha, o delegado Paulo Lacerda, ex-chefe da Polícia Federal, foi afastadodo comando da Agência Brasileira de Inteligência quando uma conversa entreDemóstenes e Gilmar Mendes foi publicada na revista Veja. O caso é tratado porjornalistas como Luís Nassif e Paulo Henrique Amorim como "o grampo sem áudio".Leia, abaixo a reportagem de Colon:


Enteadade ministro do STF é assessora de senador do DEM


DemóstenesTorres emprega em cargo de confiança em seu gabinete uma familiar de Gilmar Mendes.Senador é citado em apuração sobre jogo ilegal, caso que pode ir ao STF; ele eMendes negam conflito de interesse
LeandroColon e Fernando Mello, Folha de S. Paulo


Sobrisco de virar alvo do STF (Supremo Tribunal Federal), o senador DemóstenesTorres (DEM-GO) emprega em seu gabinete uma enteada de Gilmar Mendes, um dos 11ministros da corte.


KetlinFeitosa Ramos, que é tratada na família como filha do ministro, ocupa desdesetembro o cargo de assessora parlamentar de Demóstenes, posto de confiança elivre nomeação.


Osenador passa hoje por uma crise política por ter seu nome envolvido naOperação Monte Carlo, que desmontou no mês passado um esquema de corrupção elavagem de dinheiro na exploração de jogos caça-níquel.


Acusadode ser o chefe do esquema, o empresário Carlinhos Cachoeira é amigo deDemóstenes e teve 300 telefonemas com ele gravados pela polícia.
Osenador confirmou que recebeu de Cachoeira um telefone antigrampo, um fogão euma geladeira de presentes de casamento. Investigação mostrou que o senadortambém pediu ao empresário R$ 3.000 para pagar despesas de táxi-aéreo.


Comosenadores possuem foro privilegiado (só podem ser investigados com autorizaçãodo STF), todo o material que envolve Demóstenes e outros políticos foi remetidopara análise do procurador-geral da República, Roberto Gurgel.


Elepoderá pedir ao STF autorização para abrir um inquérito específico parainvestigar o senador. Gurgel não tem prazo para isso.
Se opedido de inquérito for feito, o caso será distribuído automaticamente a um dos11 ministros do STF, incluindo Gilmar Mendes, caso ele não se declare impedido."

Posted: 25 Mar 2012 12:46 PM PDT

Deu no Luis Nassif:
Operação Monte Carlo chegou na Veja
Não haverá mais como impedir a abertura das comportas: a Operação Monte Carlo da Polícia Federal, sobre as atividades do bicheiro Carlinhos Cachoeira, chegou até a revista Veja.
As gravações efetuadas mostram sinais incontestes de associação criminosa da revista com o bicheiro. São mais de 200 telefonemas trocados entre ele e o diretor da sucursal de Brasilia Policarpo Jr.
Cada publicação costuma ter alguns repórteres incumbidos do trabalho sujo. Policarpo é mais que isso.
Depois da associação com Cachoeira, tornou-se diretor da sucursal da revista e, mais recentemente, passou a integrar a cúpula da publicação, indicado pelo diretor Eurípedes Alcântara. Foi um dos participantes da entrevista feita com a presidente Dilma Rousseff.
Nos telefonemas, Policarpo informa Cachoeira sobre as matérias publicadas, trocam informações, recebe elogios.
Há indícios de que Cachoeira foi sócio da revista na maioria dos escândalos dos últimos anos.
Comento:
Com a entrevista da Presidenta Dilma nesta semana para a Veja, demonstrando não ser revanchista, e ser republicana até mesmo com os mais ferozes órgãos de imprensa da oposição, não há mais como a revista querer se fazer de vítima de perseguição política na hora em que as investigações da Polícia Federal chegam na sua redação.

Leia também:


- A entrevista de Dilma à revista Veja e a bola-da-vez na 'faxina'
Posted: 25 Mar 2012 11:03 AM PDT


O senador Demóstenes Torres tornou-se dos mais influentes parlamentares da República exclusivamente graças à Veja. Seu poder de fogo consistia em criar reputações e, depois, ser acompanhada pelos jornalões que toparam ir a reboque dela.
Foi assim que transformou José Roberto Arruda no melhor administrador do país e Demóstenes no Mosqueteiro do Bem.
Aqui, a entrevista de Páginas Amarelas com ele e, na edição seguinte, os panegíricos da Carta dos Leitores.
Entrevista 
DEMÓSTENES TORRES - VEJA
GUSTAVO RIBEIRO
O combativo parlamentar diz que o Congresso age bovinamente, o TCU está sob fogos e os promotores cansados, situação que põe em risco o estado de direito no Brasil
Em seu segundo mandato de senador, Demóstenes Torres (DEM-GO) não nega o rótulo de direitista. ao contrário de muitos parlamentares. O ex-procurador de Justiça ganhou notoriedade pela contundência com que critica o avanço do Executivo sobre as prerrogativas do Congresso e pela defesa aberta de bandeiras consideradas conservadoras e impopulares. Com o mesmo vigor com que levanta a voz contra o governo. também combate a política de cotas raciais para o ingresso nas universidades e a expansão irrestrita de programas assistencialistas. como o Bolsa Família. Líder do DEM no Senado, Demóstenes defende a ideia de que a profunda crise pela qual passa o partido - com seu pior desempenho nas urnas, no ano passado, e a migração de parlamentares para o recém-criado PSD de seu ex-correligionário Gilberto Kassab - deve servir de gatilho para a afirmação da legenda como representante da parcela conservadora da sociedade.
O congresso tem sido palco de sucessivos escândalos. Ainda assim, não há iniciativas para eliminar as más práticas. Por quê?
Antes do mensalão, ainda havia certo pudor dos parlamentares em abrir investigações. quebrar sigilos e dar uma satisfação ao eleitor. Foram tantas as CPIs que o governo impediu que tivessem qualquer resultado prático que o Parlamento se acomodou e hoje é diretamente mandado pelo Poder Executivo. E não é só por causa do reduzido número de parlamentares na oposição. E porque realmente os congressistas não querem apurar a conduta de nenhum colega e não querem fiscalizar o governo. Vivemos um momento crítico, de total submissão. De um lado temos o Executivo mandando por meio de medidas provisórias, e de outro o Congresso sem cumprir sua obrigação, a ponto de a quase totalidade das leis aprovadas ter origem no Palácio do Planalto. No fim das contas. o Congresso se comporta bovinamente.
Se o Executivo menospreza o Congresso, não seria porque os próprios parlamentares se apequenaram?
Sem dúvida. Podemos mudar toda a Constituição, à exceção das cláusulas pétreas, e deveríamos mudar o rito das. MPs. O governo perdeu o pudor de editar MPs absurdamente inconstitucionais, sem urgência ou relevância e que, em uma mesma peça, abarcam vários temas sem nenhuma relação entre si. A MP se tornou a única forma de o Executivo se relacionar com o Parlamento.
Por que a oposição não consegue impedir esse festival de medidas provisórias?
A oposição é a maior culpada por sua falta de articulação. Ela não se acostumou a não ser mais governo. Então, muitos dos nossos parlamentares querem migrar para o governo a qualquer custo. No DEM, meu partido, vivemos uma crise imensa. Muitos parlamentares desertaram do partido, num ato que desonra a vocação que receberam das urnas. Da mesma forma, o PSDB vive uma disputa entre os diretórios de Minas Gerais e São Paulo que se tornou maior que o próprio partido. A oposição se desorientou com o êxito popular do último governo e acabou se acovardando. Muitos queriam parecer governo. Ora, entre o original e a imitação, o eleitor certamente escolheria o original, e foi o que aconteceu nas últimas eleições.
Como pode a oposição querer "parecer governo"?
Nossos candidatos passaram a defender algumas das principais bandeiras do governo, como a expansão do Bolsa Família. A16m disso, negaram seu próprio legado, como as privatizações. Esqueceram de reafirmar que acreditamos na necessidade de amparar as camadas mais humildes da sociedade. Foi por essa razão que o DEM criou o Fundo de Combate à Pobreza em 2000, prorrogado indefinidamente por mim em 2009. O DEM quis negar seu caráter conservador e liberal em vez de ressaltar que essas características são a melhor defesa do povo contra os desmandos do estado plenipotenciário. Apesar disso tudo, tivemos 44 milhões de votos. Esse número expressivo mostra que existe espaço para fazer oposição no Brasil, independentemente da popularidade do governo.
O que falta, afinal, para a oposição agir como oposição?
Os partidos devem se fortalecer. Eu defendo a ideia de que o DEM deve abrir as porteiras e deixar sair quem não quiser mais cerrar fileiras conosco. Depois da debandada, temos de nos manter fiéis ao nosso ideário e descartar hipóteses absurdas como uma fusão com o PSDB. Os dois partidos têm origens muito diferentes. Até hoje temos visões antagônicas em determinados pontos. O que devemos fazer é nos aliar e prosseguir juntos.
Como o senhor avalia o caso que envolve o ministro Antonio Palocci?
Ainda é preciso esclarecer exatamente o que Palocci fez nessa consultoria. O silêncio dele só faz aumentar as suspeitas de que tenha enriquecido ilicitamente. Até porque sua empresa 6 bastante atípica: tem poucos clientes e um faturamento equivalente ao das maiores consultorias do país. Tudo indica que, depois do escândalo do caseiro, ele novamente tenha caído em tentação. Mais uma vez, a mão forte do governo parece estar pesando sobre o Congresso. Essa tentativa de blindagem que foi arquitetada pela base aliada só transmite duas mensagens: que Palocci realmente deve e que o governo é conivente com as atitudes dele, o que é inconcebível em um país democrático. Todo homem público deve prestar contas à população.
Quais os impactos da criação do PSD para a sobrevivência do DEM?
Esse novo partido prejudicou muito o DEM. Perdemos políticos expressivos, como a senadora Kátia Abreu, que será uma grande adversária à medida que o PSD se alinhar ao governo. Mas não adianta ficarmos com lamúrias. Por que tentar segurar quem não quer permanecer? Quem quiser ir que vá embora. A maior traição que se pode cometer com o eleitor é ser eleito para integrar a oposição e migrar para a base governista. Vivemos um momento em que muitos políticos se intimidam diante da maioria e se tornam travestis políticos. Quando terminar esse expurgo, temos de manter a unidade, ainda que em número reduzido, e largar bandeiras que não são nossas.
Quais são elas?
Defendemos uma política de segurança pública sem tantos benefícios aos detentos, como indultos e progressão de pena. A violência só refluiu em locais nos quais se aplicaram com rigor as políticas convencionais. É o caso do estado de São Paulo, onde os índices de homicídio diminuem ano a ano. A frouxidão penal 6 uma lástima e um incentivo para os criminosos. O que me estarrece é que o próprio governo reconhece isso. Na educação, defendemos firmemente o modelo de ensino integral, com incentivos para a pesquisa científica. Nas universidades, as cotas raciais devem ser substituídas por cotas sociais.
A oposição tem hoje alguém que sirva de modelo?
O maior oposicionista no Senado é, hoje, o ex-presidente Itamar Franco. Fiquei impressionado com sua capacidade de resistência. E um homem que mostra sua opinião a qualquer momento com destemor. Alguns senadores mais experientes, como Jarbas Vasconcelos e Pedro Simon, demonstram o mesmo espírito aguerrido. Aécio Neves começou bem, mas deve se acostumar com a vida parlamentar, diferente da que tinha como governador.
Qual é o perigo de um país com uma oposição debilitada?
Um país cujo governo não tem contraponto fica preso a uma "ditadura branca". O governo passa a controlar a máquina pública de tal forma que estrangula a atividade parlamentar e elimina qualquer forma de fiscalização. Vivemos em um estado de viés autoritário. Além de o Congresso já não funcionar mais, instituições de controle, como o Tribunal de Contas da União, são constantemente bombardeadas e o Ministério Público aparenta ter se cansado. Só nos resta o Supremo Tribunal Federal. Não é nossa intenção impedir o governo de agir, mas temos de ter condição de debater suas propostas.
Esse quadro impõe riscos a democracia?
O governo se aproveita da falta de freios para aparelhar o estado, empregando em todos os setores companheiros sem nenhum preparo técnico e capacidade para enfrentar de forma adequada as demandas do país. A medida que o governo se robustece, ele avança sobre os pilares da democracia, como fica evidenciado nas constantes tentativas de monitorar o trabalho da imprensa.
De que forma o gigantismo do Executivo pode ser contido?
Já propus um novo pacto federativo e. uma nova Assembleia Geral-Constituinte, que nunca andou no Congresso. Mas hoje duvido que o Congresso, tal como está, seja capaz de aprovar uma Constituição que não se contamine com os ideais autoritários do governo.
O DEM deve se assumir como um partido de direita?
Não tenha dúvida disso. É um partido que deve representar esse posicionamento conservador, e não ter vergonha disso.
O que significa ser de direita?
Significa defender o liberalismo, o livre mercado, o mérito e a eficiência máxima do estado. Embora comum, é descabida a associação automática e oportunista que a esquerda faz do pensamento de direita a extremistas monstruosos como Adolf Hitler e a governos de exceção como a ditadura militar. A direita não tem compromisso com a quebra da ordem constitucional. Ao contrário, ser de direita é justamente defender os valores institucionais, como a lei e a democracia. Por isso, a meu ver, ser de direita significa combater o ideário que põe em risco os valores mais nobres da democracia ao pregar o aparelhamento e o inchaço do estado, o desperdício de dinheiro público e o assistencialismo desmedido.
Por que o seu partido não se assume assim?
O termo "direita" foi estigmatizado e associado a posturas retrógradas, sem compromisso com a democracia. Eu defendo a ideia de que todo partido tenha um perfil muito definido e se mantenha coerente com seus princípios. O DEM precisa se assumir como um partido de direita democrático. Eu ficaria muito mal em um casaquinho vermelho, encampando ideias nas quais não acredito. Muitos dos meus colegas de partido rechaçam o rótulo de conservadores. O DEM é o quê, então? Se não podemos nos assumir conservadores, é melhor fundir o partido com um partido de esquerda, então.
O senhor acredita que a política de cotas raciais é apenas uma manifestação do assistencialismo desmedido que o senhor condena?
Sim. Sou contra qualquer tipo de cota. Se tivermos de estabelecer um critério, deve-se utilizar a renda. Uma cota social é mais justa que a racial. Os tribunais raciais que foram criados nas universidades são arbitrários. Apesar de reconhecer o sofrimento e a exclusão histórica que a população negra sofreu no Brasil, acredito que o grande problema em nosso país não é racial, mas econômico. O brasileiro é discriminado por ser pobre, e não pela cor de sua pele.
O Bolsa Familia não é um programa que faz justamente isso?
O que é absurdo nesse caso é a transformação desse programa em arma eleitoral. O Bolsa Família se tornou mais importante para o governo que qualquer projeto educacional. Não se fala em escola em tempo integral no Brasil, em políticas para robustecer nossa academia e, assim, transformar o país em uma potência nos próximos anos. Se o Bolsa Família foi mesmo um sucesso, ele já deveria estar hoje muito menor. Deveria ter um tempo limitado de participação e ser implementado junto com projetos de capacitação profissional para as famílias e acompanhamento do desempenho escolar das crianças atendidas, de modo a acabar com a dependência que elas têm do governo. Não é o que se vê. Tal como é hoje, o Bolsa Família em nada difere da benemerência interesseira dos velhos coronéis da política.
Veja publica nesta edição uma reportagem sobre um corajoso documentário que discute a descriminalização da maconha. Qual é sua opinião a respeito?
Acho uma bobagem rematada, pois parte do pressuposto de que isso vai acabar com o tráfico. Todos os países que liberaram o consumo de drogas estão voltando atrás, caso de Portugal e Holanda. A droga é a origem de inúmeros crimes, e o usuário não pode ser tratado apenas como uma vítima, uma vez que alimenta esse ecossistema pernicioso. Além disso, a lei já o protege, impedindo o cumprimento de pena. Em vez de liberar o consumo de drogas, o governo deve construir centros dignos de tratamento e reabilitação para viciados.
Luis Nassif
No Advivo

Posted: 25 Mar 2012 10:59 AM PDT


Policarpo Júnior é dos que faziam parte do butin de Cachoeira.






Bomba: gravações ligam o bicheiro ao jornalista Policarpo Júnior (dir.), que chefia a publicação em Brasília; 247 já havia alertado para a prisão do araponga Jairo Martins (esq.), fonte contumaz de Veja em grandes escândalos, como no Mensalão
Brasil 247 Uma informação bombástica acaba de ser postada no blog do jornalista Luís Nassif: a de que há mais de 200 ligações trocadas entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o redator-chefe da revista Veja, Policarpo Júnior. Duas semanas atrás, 247 foi o primeiro veículo a alertar para a prisão do araponga Jairo Martins, fonte contumaz da revista Veja em grandes escândalos, inclusive o do Mensalão. Outro jornalista que passou por Veja, Alexandre Oltramari, trabalhou na campanha para o governo de Goiás de Marconi Perillo, em 2010. Atuou em conjunto com o sargento Dadá, que, assim como Jairo, também está preso.
Leia, abaixo, o texto de Nassif:



Não haverá mais como impedir a abertura das comportas: a Operação Monte Carlo da Polícia Federal, sobre as atividades do bicheiro Carlinhos Cachoeira, chegou até a revista Veja.
As gravações efetuadas mostram sinais incontestes de associação criminosa da revista com o bicheiro. São mais de 200 telefonemas trocados entre ele e o diretor da sucursal de Brasilia Policarpo Jr.

Cada publicação costuma ter alguns repórteres incumbidos do trabalho sujo. Policarpo é mais que isso.

Depois da associação com Cachoeira, tornou-se diretor da sucursal da revista e, mais recentemente, passou a integrar a cúpula da publicação, indicado pelo diretor Eurípedes Alcântara. Foi um dos participantes da entrevista feita com a presidente Dilma Rousseff.
Nos telefonemas, Policarpo informa Cachoeira sobre as matérias publicadas, trocam informações, recebe elogios.



Há indícios de que Cachoeira foi sócio da revista na maioria dos escândalos dos últimos anos.
E também a reportagem anterior do 247:
247 – Ainda é um mistério por que as revistas semanais continuam ignorando a Operação Monte Carlo e seus desdobramentos políticos. Uma explicação possível é o fato de Carlinhos Cachoeira, e seu braço direito Idalberto Araújo, o sargento Dadá, terem mantido relações próximas com vários jornalistas investigativos. Dadá, por exemplo, trabalhou com Alexandre Oltramari, ex-repórter de Veja, na campanha que elegeu Marconi Perillo, do PSDB, para o governo de Goiás, em 2010. Cachoeira também gravou a fita de Valdomiro Diniz pedindo propina, que foi entregue à revista Época, em 2004.





A nova surpresa da Operação Monte Carlo é o envolvimento de outro personagem conhecido no submundo da arapongagem e do jornalismo investigativo. Trata-se do policial Jairo Martins de Souza. Foi ele quem gravou a fita que detonou, em 2005, o escândalo do Mensalão. Trata-se da cena em que um ex-funcionário dos Correios, Maurício Marinho, aparece recebendo uma propina de R$ 3 mil. A fita foi entregue ao jornalista Policarpo Júnior, que é amigo de Jairo Martins, e hoje, além de dirigir a sucursal da revista Veja em Brasília, é redator-chefe da publicação.
De acordo com a acusação do Ministério Público, Jairo Martins era um "empregado" da quadrilha de Carlinhos Cachoeira. Recebia R$ 5 mil mensais e tinha a função de cooptar policiais e também levantar informações que pudessem prejudicar os negócios do grupo.



Em 2005, na crise do Mensalão, Jairo Martins depôs no Congresso, e disse que gravou a fita com Maurício Marinho por "patriotismo". Não se sabe, ainda, se Cachoeira estaria por trás da denúncia.

Leia, abaixo, reportagem do Observatório da Imprensa a respeito:
O ex-agente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Jairo Martins de Souza afirmou ter sido movido por "espírito jornalístico" quando decidiu entregar ao repórter Policarpo Júnior, da revista Veja, a fita de vídeo que mostrou a entrega de R$ 3 mil ao ex-chefe do departamento de Administração e Compras da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, Maurício Marinho.

Em sua exposição à comissão parlamentar mista de inquérito que investiga denúncias de corrupção na estatal, ele apresentou versão diferente da que contou o empresário Arthur Wascheck Neto, mandante confesso da gravação. Ao contrário do que relatou à CPI Wascheck, dono da Comercial Alvorada de Manufaturados (Comam), Jairo disse que, desde o início, havia a intenção de repassar o vídeo à imprensa.
- Mas, independentemente da vontade dele, eu publicaria - afirmou Jairo, destacando ter sido motivado por "patriotismo" ao realizar a gravação e ao divulgá-la.
Antes de prestar depoimento, Jairo pediu que a reunião fosse secreta, alegando temer que a exposição de sua imagem colocasse em risco a si e a sua família. Ele informou estar sendo perseguido desde que participou das gravações que culminaram na cassação do mandato do ex-deputado federal André Luiz. Os parlamentares, entretanto, preferiram manter a reunião aberta.
Outra contradição entre o depoente e Wascheck foi sobre o equipamento utilizado na gravação. Jairo disse que a maleta com a câmera escondida tinha sido comprada em Brasília, na feira de produtos importados, a Feira do Paraguai, exclusivamente para o flagrante de Maurício Marinho. Afirmou que a própria maleta seria o seu pagamento pelos serviços. Wascheck apresentou a versão de que o material de espionagem era do ex-agente e que teria sido apenas alugado.
O deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) apontou ainda divergências entre os depoimentos do jornalista Policarpo Junior à Polícia Federal e o de Jairo à CPI: à PF, Policarpo disse ter sido procurado por Jairo sobre um esquema de corrupção envolvendo o PTB, sobre o qual garantiu ter provas. À CPI, Jairo afirmou não ter comentado o assunto com o repórter e que, à época do contato, anda não existiam provas. O jornalista, prosseguiu Cardozo, afirmou ainda que a primeira fita que viu não foi a divulgada, ao contrário do que afirmou o ex-agente da Abin.
Jairo disse ser amigo do empresário de jogos Carlos Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Afirmou não conhecer Arlindo Molina, que mostrou a gravação ao deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), e José Fortuna Neves, ex-agente do Serviço Nacional de Informações. Mas confirmou conhecer Edgar Lange, conhecido como Alemão, que teria relatado a Fortuna a participação da Casa Civil nas investigações sobre a Unisys, que tem convênio com a ECT. Jairo afirmou também ser amigo de Paulo Ramos, diretor de operações de inteligência da Abin. O deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ) identificou nessas declarações um forte indício de que o ex-agente da Abin sabia da investigação nos Correios patrocinada pela agência.
Vários parlamentares da oposição mostraram-se contrários ao depoimento dos envolvidos com a gravação, que, a seu ver, deveria ser executado pela Polícia Federal. Os senadores César Borges (PFL-BA) e Alvaro Dias (PSDB-PR) e os deputados Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), Juíza Denise Frossard (PPS-RJ) e Onyx Lorenzoni (PFL-RS) afirmaram ser preciso investigar o braço político por trás do esquema de corrupção e desvio de verbas públicas montado nas estatais. Onyx acusou ainda o PT de ser uma "camarilha" e destacou não acreditar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja um "inocente útil". Os parlamentares também pediram agilidade para a aprovação de requerimentos que não deixariam a comissão à reboque da imprensa, como o que determina a tomada de depoimentos do presidente do PT, José Genoíno, do ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, do ex-secretário-geral Silvio Pereira e do ex-ministro e atual deputado José Dirceu (PT-SP).
Um dos depoentes chamados para esta terça-feira (5), Kasser Bittar, enviou requerimento à CPI alegando ser impossível prestar depoimento, já que não está em Brasília. O vice-presidente da comissão, senador Maguito Vilela (PMDB-GO), pediu que a Polícia Federal verifique se a informação é verdadeira. Kasser é obrigado a depor, já que a CPI tem poder de convocar os depoentes.
Leia, ainda, reportagem publicada pelo jornalista Luís Nassif sobre os vínculos entre o jornalismo investigativo e o submundo da arapongagem:
A parceria com o araponga
Nas alianças políticas do governo Lula, os Correios foram entregues ao esquema do deputado Roberto Jefferson. Marinho era figura menor, homem de propina de R$ 3 mil.
Em determinado momento, o esquema Jefferson passou a incomodar lobistas que atuavam em várias empresas. Dentre eles, o lobista Arthur Wascheck.
Este recorreu a dois laranjas – Joel dos Santos Filhos e João Carlos Mancuso Villela – para armar uma operação que permitisse desestabilizar o esquema Jefferson não apenas nos Correios. como na Eletrobrás e na BR Distribuidora. É importante saber desses objetivos para entender a razão da reportagem da propina dos R$ 3 mil ter derivado - sem nenhuma informação adicional - para os esquemas ultra-pesados em outras empresas. Fazia parte da estratégia da reportagem e de quem contratou o araponga.
A idéia seria Joel se apresentar a Marinho como representante de uma multinacional, negociar uma propina e filmar o flagrante. Como não tinham experiência com gravações mais sofisticadas, teriam decidido contratar o araponga Jairo Martins.
E, aí, tem-se um dos episódios mais polêmicos da história do jornalismo contemporâneo, um escândalo amplo, do qual Veja acabou se safando graças à entrevista de Roberto Jefferson à repórter Renata Lo Prete, da Folha, que acabou desviando o foco da atenção para o "mensalão".
Havia um antecedente nesse episódio, que foi o caso Valdomiro Diniz, a primeira trinca grave na imagem do governo Lula. Naquele episódio consolidaram-se relações e alianças entre um conjunto de personagens suspeitos: o bicheiro Carlinhos Cachoeira (que bancou a operação de grampo de Valdomiro), o araponga Jairo Martins (autor do grampo) e o jornalista Policarpo Jr (autor da reportagem).
No caso Valdomiro, era um contraventor – Carlinhos Cachoeira – sendo achacado por um dos operadores do PT, enviado pelo partido ao Rio de Janeiro, assim como Rogério Buratti, despachado para assessorar Antonio Palocci quando prefeito de Ribeirão.
Jairo era um ex-funcionário da ABIN (Agência Brasileira de Inteligência), contratado pelo bicheiro para filmar o pagamento de propina a Valdomiro Diniz.
Tempos depois, Jairo foi convidado para um almoço pelo genro de Carlinhos Cachoeira, Casser Bittar.
Lá, foi apresentado a Wascheck, que o contratou para duas tarefas, segundo o próprio Jairo admitiu à CPI: providenciar material e treinamento para que dois laranjas grampeassem Marinho; e a possibilidade do material ser publicado em órgão de circulação nacional.
Imediatamente Jairo entrou em contato com Policarpo e acertou a operação. O jornalista não só aceitou a parceria, antes mesmo de conhecer a gravação, como avançou muito além de suas funções de repórter.
O grampo em Marinho foi gravado em um DVD. Jairo marcou, então, um encontro com Policarpo. Foi um encontro reservado - eles jamais se falavam por telefone, segundo o araponga -, no próprio carro de Policarpo, no Parque da Cidade. Policarpo levou um mini-DVD, analisou o material e atuou como conselheiro: considerou que a gravação ainda não estava no ponto, que havia a necessidade de mais. Recebeu a segunda, constatou que estava no ponto. E guardou o material na gaveta, aguardando a autorização do araponga, mesmo sabendo que estava se colocando como peça passiva de um ato de chantagem e achaque.
Wascheck tinha, agora, dois trunfos nas mãos: a gravação da propina de R$ 3 mil e um repórter, da maior revista do país, apenas aguardando a liberação para publicar a reportagem.
Quando saiu a reportagem, a versão do repórter de que havia recebido o material na semana anterior era falsa e foi desmentida pelos depoimentos dados por ele e por Jairo à Policia Federal e à CPI do Mensalão.
Pressionado pelo eficiente relator Osmar Serraglio, na CPI do Mensalão, Jairo negou ter recebido qualquer pagamento de Wascheck. Disse ter se contentado em ficar com o equipamento, provocando reações de zombaria em vários membros da CPI.
Depois, revelou outros trabalhos feitos em parceria com a Veja. Mencionou série de trabalhos que teria feito e garantiu que sua função não era de araponga, mas de jornalista. O único órgão onde seus trabalhos eram publicados era a Veja. Indagado pelos parlamentares se recebia alguma coisa da revista disse que não, que seu objetivo era apenas o de "melhorar o pais".
Segundo o depoimento de Jairo:
'Aí fiquei esperando o OK do Artur Washeck pra divulgação do material na imprensa. Encontrei com ele pela última vez no restaurante, em Brasília, no setor hoteleiro sul, quando ele disse: 'Eu vou divulgar o fato. Quero divulgar'. E decorreu um período que essa divulgação não saía. Aí foi quando eu fiz um contato com o jornalista e falei: 'Pode divulgar a matéria''.
Posted: 25 Mar 2012 09:10 AM PDT
Posted by eduguim on 25/03/12 • Categorized as Reportagem

Hesitei em divulgar esta história porque não tenho como comprovar a sua veracidade e porque tampouco posso violar o sigilo da fonte que ma confidenciou, pois resguardá-la foi condição para que a sua versão sobre a sucessiva queda de ministros em 2011 me fosse revelada.
Todavia, diante da recente entrevista da presidente da República à revista Veja, aquela história ganhou, a meu juízo, verossimilhança suficiente para que fosse apresentada ao público, ainda que não possa, de forma alguma, ser tomada ao pé da letra, pois, cabe dizer, este blogueiro julga que a sua fonte tem motivos para não gostar de Dilma.
De qualquer forma, como costuma acontecer com opiniões – e, frequentemente, com fatos inquestionáveis –, acreditará ou desacreditará quem quiser. Mas, se alguém quiser saber a minha opinião sobre o que relatarei a seguir, acho que há muita chance de tudo ser verdade.
Surge então, na mente do leitor, a pergunta crucial: que importância tem a tal fonte para fazer o blogueiro reproduzir a sua "acusação"? Resposta: não posso dizer. Se disser, isolarei um grupo entre o qual se poderá buscar a identidade de quem "acusa". Mas posso garantir que a pessoa que disse o que será revelado conhece muito bem o assunto. Se falou a verdade, aí é outra história.
Tudo teria começado logo após a vitória de Dilma Rousseff sobre José Serra, ao fim de 2010. Naquele momento, a então presidente eleita estaria "mortificada" pelo baixo nível da campanha, mas, ao contrário do que possa parecer, não tinha raiva da mídia que trabalhou contra si durante todo o processo eleitoral em que se elegeu.
Dilma teria sido sempre contra a "picuinha" que, então, achava que Lula teria comprado com a mídia. Segundo ela teria dito, ele tinha vivido um inferno de oito anos – além dos 13 anos anteriores (desde 1989) de embates com a imprensa – simplesmente porque enfrentou Otavinho et caterva, quando poderia ter contemporizado com eles sem abrir mão das políticas públicas que desejava instituir no país.
Dilma teria dito, "textualmente", que não haveria qualquer política pública adotada pelo governo Lula que fosse tão inaceitável para a elite que a mídia representa. A exceção seriam as cotas "raciais" nas universidades públicas e os planos de regulação da mídia, mas estas políticas – ou propostas de políticas – não seriam motivo para a guerra que se estabeleceu se Lula tivesse contornado o problema.
Bastaria que tivesse feito o que disse reiteradamente, durante a sua Presidência de oito anos, que jamais fez e que, aliás, é o que Dilma tem feito à farta, quase tanto quanto FHC durante o seu tempo na Presidência: "almoçar" com dono de jornal (ou de qualquer outro grande meio de comunicação).
Naquele momento, Dilma teria decidido promover uma distensão com a mídia por fazer um julgamento do qual não se pode discordar totalmente: instalar uma guerra política no país só por picuinha seria ilógico e até contraproducente do ponto de vista do interesse público.
Além da distensão política – e, aqui, entramos na questão central –, Dilma, agora nos primeiros meses de 2011, teria decidido se livrar de "problemas" que teria "herdado" do antecessor, dentre os quais sobressairiam ministros com potencial para gerar matéria-prima futura para ataques midiáticos e da oposição ao governo.
Apesar de ser absolutamente defensável a suposta visão desapaixonada de Dilma, pois uma guerra entre a mídia e o governo jamais será boa para o país por fazê-lo perder tempo com escandalizações do nada em vez de se dedicar ao desenvolvimento econômico e social, o método que teria sido engendrado pela presidente para se livrar da "herança" de Lula seria, no mínimo, desleal.
Eis o problema: Dilma, por terceiras pessoas, teria alimentado a mídia com informações passadas por debaixo do pano e ao fazer declarações públicas como a que fez sobre o ministério dos Transportes pouco antes do início da queda seqüencial de ministros. Seu objetivo seria o de levar os alvos à renúncia por uma pressão da mídia que acabou atingindo até as famílias deles.
Como evidência disso, foi-me perguntado se eu não teria notado como os ataques a ministros cessaram repentinamente, neste ano, e sobre como a própria Dilma foi poupada durante os ataques desfechados no ano passado, apesar de participar do governo federal desde 2003, o que faz dela co-autora do governo Lula e, portanto, responsável pelos ministros demitidos, que, inclusive, manteve no governo.
Além disso, a fonte me lembrou de que quando Dilma não quis a queda de um ministro, ela não ocorreu. Garantiu que a mídia abandonou a artilharia contra Fernando Pimentel não tão rápido que deixasse ver que não recebera carta branca de Dilma para atacar e não tão devagar que contrariasse a presidente.
Dilma teria feito tudo isso porque não teria querido dizer não a Lula ou desafiar a sua influência, até porque seria um suicídio político. Assim sendo, optou por esse suposto estratagema.
Você, leitor, não precisa acreditar. Aliás, acho que nem deve, pois quem me passou essa história não me ofereceu qualquer outro elemento de que o que disse seja verdade – e foi avisado de que isto seria dito, caso eu escrevesse este post. Assim mesmo, com a condição de não ter seu nome – ou indícios de seu nome – revelado, deixou-me à vontade para escrever.
Contudo, a reflexão é útil porque a entrevista que Dilma concedeu a uma publicação com o histórico da Veja mostra que ao menos no que tange a uma suposta intenção dela de distender as relações de seu governo com a mídia, a minha fonte não mentiu. E, sendo honesto, não posso afirmar que essa intenção seja indefensável.
Além disso, julgo que Dilma não preside um governo "de esquerda", como foi dito aqui no post  A ideologia do governo Dilma; preside um governo de conciliação ideológica entre centro-esquerda e centro-direita – e, para tanto, faz concessões a esta. Por conta disso – e de sua visão sobre distensão política –, sua entrevista à Veja era absolutamente previsível.
Deve-se ressaltar, ainda, o sangue-frio de Dilma e sua estratégia maquiavélica (e não vai, aí, qualquer conotação pejorativa, como sabe quem já leu Maquiavel).
Será que alguém notou que não houve ataques de Reinaldo Azevedo ou de Augusto Nunes à entrevista de Dilma? Sabe por que, leitor?  Enquanto eles se esgoelam chamando seu governo de tudo de ruim que se possa imaginar, ela estava lá confraternizando com os chefes deles e ainda conseguiu uma capa laudatória na revista a que servem.
Detalhe: Azevedo e Nunes ainda podem fazê-los (os ataques), mas perderam o timing. Isso ficou escancarado.
A administração de Fábio Barbosa, novo presidente-executivo da Abril S/A, holding que comanda as operações de mídia, gráfica e distribuição do Grupo Abril, vai mostrando a cara. E, nesse contexto, gente como esses dois blogueiros-colunistas da Veja não parece que terá vida longa na publicação.
Mais uma vez, isso não acontecerá tão rápido que venha a endossar tal percepção, mas não será tão devagar que mantenha na Veja dois de seus principais passivos hoje. Esses sujeitos fazem parte de um passado que Dilma está enterrando, paulatinamente. Para o bem ou para o mal.


Do Blog da Cidadania.
Posted: 25 Mar 2012 09:05 AM PDT
O Brasil aos olhos de Dilma 
Do blog Para leitura 
Em uma entrevista de duas horas a VEJA em Brasília, a presidente Dilma Rousseff diz que o poder não é desfrutável, mas que também não perde o sono com os problemas com os quais se defronta
Aos olhos de muita gente, a presidente Dilma Rousseff deveria estar uma pilha de nervos na semana passada. Ela vinha de uma viagem à Alemanha, onde pareceu, inadequadamente, dar lições de governança à chanceler Angela Merkel. Na reunião que teria com os maiores empresários brasileiros, ela lhes daria "um puxão de orelha", e, para completar o quadro recente de tensão, a base aliada do seu governo no Congresso estava em franca rebelião, contrariando seguidas iniciativas do Palácio do Planalto nas votações. Como pano de fundo da semana caótica, havia o fato de Dilma ainda não ter convencido a opinião pública de ser a grande gestora que o eleitorado escolheu para governar o Brasil em 2010. Como escreve nesta edição J.R. Guzzo, colunista de VEJA, capturando uma sensação mais ampla, "a maior parte das atividades do governo brasileiro hoje em dia poderia ser descrita como ficção". Mas Dilma não estava nem um pouco tensa quando recebeu a equipe de VEJA (Eurípedes Alcântara, diretor de redação, e os redatores-chefes Lauro Jardim, Policarpo Junior e Thaís Oyama) na tarde de quinta-feira passada para uma conversa de duas horas em uma sala contígua a seu gabinete de trabalho no Palácio do Planalto, em Brasília.
Dilma vinha de encerrar a reunião com os empresários, em que, disciplinadamente, cada um dos 28 presentes teve cinco minutos para falar, e não pareceu ter dado – ou levado – metafóricos puxões de orelha. "Tivemos uma conversa séria. Coisa de país que sabe onde está no mundo e aonde quer chegar", disse ela. "Ficamos todos de acordo que os impostos têm de cair, os investimentos privados e estatais têm de aumentar e o que precisar ser feito para elevar a produtividade da economia brasileira e sua competitividade externa será feito". Para quem vinha tendo os ouvidos atacados pelo buzinaço estéril da "guerra cambial" contra o Brasil – expressão que, como se verá na entrevista a seguir, ela não acha própria –, a frase de Dilma, mesmo sem a sonoridade do português castiço, soa como música.
É saudável quando o governante não põe em inimigos externos toda a culpa por coisas que não funcionam. Melhor ainda quando reconhece que seu próprio campo, além de não ter soluções para tudo, é também parte do problema. "Não dá para consertar a máquina administrativa federal de uma vez, sem correr o risco de um colapso. Nem na iniciativa privada isso é possível. No tempo que terei na Presidência vou fazer a minha parte, que é dotar o estado de processos transparentes em que as melhores práticas sejam identificadas, premiadas e adoradas mais amplamente. Esse será meu legado. Nosso compromisso é com a eficiência, a meritocracia e o profissionalismo".
"Eu disse aos empresários que seremos aliados nas iniciativas para aumentar a taxa de investimento da economia – e não mais apenas o crédito para o consumo", contou ela. Suas propostas lembram o gato do chinês Deng Xiaoping. Não importa a cor. O que interessa é que ele cace ratos. Dilma Rousseff, porém, continua sendo a Dilma da lenda da mulher durona, de cotação nacionalista. Confrontada com as críticas de que a Petrobras não pode ser um braço de política industrial do governo, ela reagiu: "A Petrobras tem de saber que o petróleo é do Brasil e não dela". Felizmente, Dilma admite que a extração do petróleo do pré-sal tem prioridade até sobre a sacrossanta exigência de 65% na taxa de nacionalização dos equipamentos – o que inviabiliza ou encarece muitas operações. Ela não verbaliza que a taxa pode ser reduzida, mas diz que, entre a manutenção do patamar de nacionalização e a garantia de produção dos campos do pré-sal, fica com a produção.
Pôr a culpa das reais distorções do Brasil em pressões produzidas no exterior não é uma maneira de fugir dos problemas?
Primeiro, não é verdade que estejamos agindo dessa maneira. É uma simplificação grosseira supor que o governo brasileiro considere as pressões externas a única causa de nossos problemas. Segundo, ignorar que existem fortes externalidades agindo sobre a economia brasileira é um erro que não podemos cometer, sob pena de arriscar a prosperidade nacional, a saúde de nossa base industrial e os empregos de milhões de brasileiros. Terceiro, os fatores exógenos são reais e não podem ser subestimados.
A senhora se refere ao que chegou a ser chamado de "guerra cambial"?
Não acho adequado ver o fenômeno do tsunami de liquidez que foi criado pelos países ricos em crise como uma agressão proposital às demais nações. Mas a saída que eles encontraram para enfrentar seus problemas é uma maneira clássica, conhecida, de exportar a crise. Quando o companheiro Mario Draghi (economista italiano presidente do Banco Central Europeu) diz "vamos botar a maquininha que faz dinheiro para rodar", ele está inundando os mercados com dinheiro. E o que fazem os investidores? Ora, eles tomam empréstimos a juros baixíssimos, em alguns casos até negativos, nos países europeus e correm para o Brasil para aproveitar o que os especialistas chamam de arbitragem, que, grosso modo, é a diferença entre as taxas de juros praticadas lá e aqui. Eles ganham à nossa custa. Então, o Brasil não pode ficar paralisado diante disso. Temos de agir. Temos de agir nos defendendo – o que é algo bastante diferente de protecionismo.
Quais as diferenças entre se defender e recorrer ao protecionismo?
O protecionismo é uma maneira permanente de ver o mundo exterior como hostil, o que leva ao fechamento da economia. Isso não faremos. Já foi tentado no passado no Brasil com consequências desastrosas para o nosso desenvolvimento. Cito aqui o caso da reserva de mercado para computadores, que, nos anos 80, arrasou a modernização do parque industrial brasileiro e nos privou de tecnologias essenciais. Não vamos repetir esse erro. Não vamos fechar o país. Ao contrário, queremos investimentos estrangeiros produtivos. Mas vamos, sim, defender as nossas empresas, os nossos empregos. O que estamos fazendo, e vamos continuar fazendo, é contrabalançar com medidas defensivas as pressões desestabilizadoras externas que estão carreando para o Brasil quantidades excessivas de capital especulativo. Quando o panorama externo mudar para melhor, nós saberemos que chegou a hora de revogar as barreiras momentâneas que foram criadas.
Mas atrair dinheiro de fora não é bom em qualquer circunstância?
Não. O Brasil está em uma situação agora em que podemos dizer aos países ricos que não queremos o dinheiro deles. Não queremos pagar os juros de 13% por empréstimos que eles nos oferecem. Obrigada, mas não queremos pagar as exorbitantes taxas de permanência desses empréstimos, quantia que eles cobram mesmo quando não usamos o dinheiro, apenas para que os recursos estejam disponíveis a qualquer momento. Eu disse isso com toda a clareza à chanceler Angela Merkel durante minha visita à Alemanha. Aqui se noticiou que eu estava querendo dar lições à Alemanha. Não foi nada disso. Eu quis deixar claro que o Brasil não quer mais ser visto como destinação de capital especulativo ou apenas como mercado consumidor dos produtos que eles exportam. Também deixei bem claro que, quando o Banco Central Europeu joga de repente 1 trilhão de euros no mercado, ele não pode esperar que os países fiquem de braços cruzados enquanto parte desses recursos vem somente passear no Brasil e voltar mais gorda para a Europa sem ter deixado aqui nenhum benefício.
Como Angela Merkel reagiu?
Ela disse que entendia meu ponto de vista perfeitamente, mas que os países emergentes não podiam esquecer que nós temos responsabilidades globais como consumidores ávidos e, portanto, como parte da solução das economias estagnadas da Europa. Eu, então, respondi que nós devemos ser parceiros no ataque aos problemas globais, mas que nossa colaboração não podia ser mais apenas como mercados consumidores e foco de atração de capitais especulativos. Disse a ela que o Brasil quer muito atrair empresas alemãs de tecnologia de ponta. Disse que essas empresas são bem-vindas ao Brasil e, uma vez instaladas aqui, com transferência de tecnologia e criação de empregos, serão tratadas como empresas nacionais, com acesso ao crédito e outras facilidades concedidas às empresas nacionais. As pessoas precisam entender que o Brasil não está recorrendo ao protecionismo, nem arreganhando os dentes para quem quer que seja. Não é disso que se trata.
Ainda assim, tem muita coisa errada no Brasil que precisa ser consertada e independe do que vem de fora...
Sem dúvida. Hoje mesmo (quinta-feira passada, 22) eu me reuni com alguns dos maiores empresários brasileiros e tivemos uma troca franca de ideias sobre como atacar nossas distorções mais paralisantes. Eu disse a eles que nossa maior defesa é aumentar a taxa de investimento privado. Eles reclamaram que os impostos cobrados no Brasil inviabilizam as melhores iniciativas e impedem que eles possam competir em igualdade de condições no mundo. Eu concordo. Temos de baixar nossa carga de impostos. E vamos baixá-la. Vamos nos defender atacando – ou seja, exportando e ganhando mercados. Para isso, temos de aumentar nossa taxa de investimento real para pelo menos 24%. O governo vai investir e gerar o ambiente de negócios para que isso ocorra. Os empresários terão de fazer a parte deles, aproveitar as oportunidades, assumir riscos e deixar aflorar aquilo que o Keynes chama de "instinto animal" da livre-iniciativa.
Como diria o Garrincha, é preciso combinar com os russos – e os indianos, e os chineses. Eles já estão atacando os mercados bem antes do que o Brasil, a senhora concorda?
Sim. Mas a China está dando sinais evidentes de fadiga do modelo-focado fortemente na exportação. Tenho acompanhado os debates sobre a China, e seus lideres não escondem que não podem mais negligenciar o mercado consumidor interno. Eles estão mudando seu foco aceleradamente para atender às demandas do mercado interno chinês. Isso significa que a China em breve vai importar mais do que commodities. Os chineses vão importar bens de consumo – geladeiras, fogões, forno de micro-ondas –, e a parte da indústria brasileira que via a China como ameaça poderá passar a vê-la como oportunidade de mercado também para nossas exportações de manufaturados.
A senhora consumiu boa parte do primeiro ano de seu governo resolvendo crises provocadas por denúncias de corrupção. Agiu com presteza e demitiu quem estava comprometido. É difícil encontrar auxiliares honestos?
A questão não deve ser colocada dessa forma. Os processos no governo é que precisam ser de tal forma claros e os resultados de avaliação tão lógicos que não sobre espaço para as fraquezas dos indivíduos. Montesquieu ensinou que as instituições é que devem ser virtuosas. Nenhuma pessoa que é chamada para o governo pode achar que haverá algum tipo de complacência. Nós temos de ser o mais avesso possível aos malfeitos. Não vou transigir. É bom ficar claro que isso não quer dizer que todos os ministros que deixaram o governo estivessem envolvidos com alguma irregularidade. Alguns pediram para sair para evitar a superexposição ou para se defender das acusações que sofreram.
Por que a senhora não gostou da expressão "faxina ética"?
Parece preconceituoso. Se o presidente fosse um homem, vocês falariam em faxina? Isso é bobagem. A questão não é essa palavra, a questão é que o governo tem uma obrigação de oferecer serviço público de qualidade à população. E para isso é necessário que os processos no governo sejam eficientes, meritocráticos e transparentes. Eu sempre mudei para tentar melhorar.
Essas mudanças, porém, agora estão gerando uma crise no Congresso...
Não há crise nenhuma. Perder ou ganhar votações faz parte do processo democrático e deve ser respeitado. Crise existe quando se perde a legitimidade. Você não tem de ganhar todas. O Parlamento não pode ser visto assim. Em alguma circunstância sempre vai emergir uma posição de consenso do Congresso que não necessariamente será a do Executivo. Isso faz parte do processo. A tensão é inerente ao presidencialismo de coalizão com base partidária. No governo passado perdemos a votação da CPMF, e o céu não caiu sobre a nossa cabeça.
O que a senhora achou do discurso do ex-presidente Fernando Collor alertando-a de que ele perdeu o cargo por falta de sustentação no Congresso?
Não li o discurso. Mas vocês souberam do discurso do Miro? (Miro Teixeira, no dia seguinte ao discurso de Collor, recolocou a questão nos eixos lembrando que não existe comparação possível entre os governos Collor e Dilma.) O que é preciso ter em mente é que as grandes crises institucionais no Brasil ocorreram não por questiúnculas, pequenas discordâncias entre o Executivo e o Legislativo. As grandes crises institucionais se originaram da perda de legitimidade do governante.
Mas essas derrotas, coincidentemente, começam quando o governo decide trocar suas lideranças no Congresso e rever sua relação com alguns aliados.
Não gosto desse negócio de toma lá dá cá. Não gosto e não vou deixar que isso aconteça no meu governo. Mas isso nada tem a ver com a troca dos líderes. Eles não saíram por essa razão. Devemos considerar que os parlamentares vivem um momento tenso, natural em um ano de eleições municipais. Mas repito: não há crise nenhuma.
É difícil suceder na Presidência a um político popular e amado como Lula?
Não. É facílimo. Para começo de conversa, eu fui ministra da Casa Civil do governo Lula durante cinco anos e despachava com ele dezenas de vezes por dia. Aprendi muito. Alguns setores menosprezam o Lula por causa de suas origens, mas eu sou testemunha de que ele tem momentos de gênio na política e um carisma que nunca vi em outra pessoa. Esse metalúrgico que muita gente menospreza mudou o Brasil e ajudou a criar uma nova ordem mundial com o G20, por exemplo, do qual ele foi o grande incentivador.
A senhora tem dificuldade em discordar do ex-presidente Lula?
Nem um pouco. Nós já divergimos muito no passado e continuamos não concordando em algumas coisas. Eu tenho uma profunda admiração por ele, uma profunda amizade nos une, ele é uma pessoa divertidíssima com uma capacidade de afeto descomunal. Mas discordamos, sim. Isso é normal. Mas, no que é essencial, nós sempre concordamos.
Em que momentos a senhora percebe que faz diferença ser uma mulher na Presidência?
Quando eu acordo de manhã e me vejo no espelho. Estou brincando. Eu acho que a diferença mesmo eu vejo quando as mulheres simples desse Brasil param para conversar comigo, acenam para mim, em quem enxergam um símbolo de emergência e de ascensão. A cada dia eu me convenço de que o século XXI é o século das mulheres.
A senhora se dá o direito de ter uma opinião como mulher sobre determinado assunto, o aborto, por exemplo, e outra como presidente?
De maneira alguma. Ser presidente não me dá o direito de expressar opinião pessoal, particular ou subjetiva sobre qualquer tema. Aos 64 anos, tenho de ter a sabedoria de guardar essas opiniões para mim mesma.
O que a senhora descobriu como presidente que não sabia como ministra?
O povo se identifica com você, vê em você uma igual na Presidência. E, por isso, o brasileiro se entrega, mostra como é caloroso. Ele te identifica na rua, grita seu nome, te abraça, te pega. Você sente que está fazendo aquilo de que ele precisa. Isso é maravilhoso!


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Leia mais em: O Esquerdopata
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Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 25 Mar 2012 08:19 AM PDT


FGV-SP elabora a metodologia do novo índice, a Felicidade Interna Bruta; intenção é fornecer os resultados ao governo federal para auxiliar no desenvolvimento de políticas públicas
SÃO PAULO - A riqueza do País pode começar a ser mensurada de outra forma. No lugar do Produto Interno Bruto (PIB), a Felicidade Interna Bruta (FIB). A Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP) está empenhada na elaboração da metodologia do novo índice. A intenção é fornecer os resultados ao governo federal para auxiliar no desenvolvimento de políticas públicas.
O FIB já existe no Butão, um pequeno reino incrustado nas cordilheiras do Himalaia. Lá, o contentamento da população é mais importante que o desempenho da produção industrial. O índice pensado pela FGV, no entanto, não será tão radical. "O PIB será um dos componentes do cálculo", esclarece Fábio Gallo, professor da FGV-SP que, ao lado de Wesley Mendes, encabeça o desenvolvimento do estudo.
O PIB é considerado por diversos especialistas um índice incompleto. Dados como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) ou o nível de segurança das cidades não são contabilizados. Portanto, elencar a grandeza das nações pelos bilhões acumulados com produção industrial e comercial, por exemplo, é, para esses especialistas, uma distorção da realidade.
"Elaborar o índice que queremos é algo complexo. São muitos dados subjetivos que variam de Estado para Estado", explica Gallo. Num país do tamanho do Brasil, com regiões diferentes entre si, a tarefa fica ainda mais complicada. "Tudo será sob medida para cada uma das regiões. Dessa forma, chegaremos a bons resultados, que reflitam a situação real do País", completa Mendes.
Os professores salientam que o PIB falha ao computar os custos ambientais e, ao mesmo tempo, inclui em seu cálculo formas de crescimento econômico prejudiciais ao bem-estar da população. Gastos com crime, atendimento médico, divórcio e até desastres naturais como tsunamis colaboram para elevar o PIB.
O primeiro passo do desenvolvimento da metodologia do FIB brasileiro já foi dado pela FGV, e mostra que a riqueza econômica não é o principal fator de felicidade da população. Um questionário com jovens adultos de São Paulo e de Santa Maria, pequena cidade no interior do Rio Grande do Sul, mostrou que o índice de satisfação dos jovens gaúchos é 22,5% maior que o dos paulistanos. Entre os 11 aspectos de vida estudados, os mais relevantes para a percepção de satisfação foram vida social, situação financeira e atividades ao ar livre.
Ainda de acordo com essa primeira etapa da pesquisa, a principal preocupação dos paulistanos é com segurança pessoal, enquanto a principal satisfação é com perspectivas de crescimento acadêmico. Entre os gaúchos, a preocupação é com as expectativas de conseguir um bom trabalho. A satisfação é com a boa vida social. "Sociedade feliz é aquela em que todos têm acesso aos serviços básicos de saúde, educação, previdência social, cultura, lazer", afirma Fábio Gallo.
Instituto de Finanças
Com a melhoria da renda média do brasileiro e a estabilização econômica, temas como os investimentos e a qualidade de vida ganham espaço. É de olho nessa tendência que a Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP) criou o Instituto de Finanças. A elaboração da metodologia do índice que medirá a felicidade do brasileiro é uma das iniciativas do novo Instituto.
Maria Tereza Fleury, diretora da FGV, explica que o núcleo de estudos deve ter a mesma representatividade que o Ibre (Instituto de Economia da FGV-RJ) conquistou. "Estamos unindo uma série de iniciativas que já existiam. Agora, teremos uma forte sinergia interna que vai colaborar com o desenvolvimento de diversos tópicos da sociedade", avalia a executiva.
O instituto será coordenado por João Carlos Douat, doutor em administração de empresas. Sob sua coordenação estarão 11 núcleos e cada um será administrado por um ou dois professores da universidade. No total, são 37 docentes envolvidos com a criação do Instituto de Finanças e pouco mais de 3 mil alunos que já estão matriculados terão acesso às novidades.
"Somo uma instituição privada e, portanto, isenta de interferências governamentais. Como temos autonomia, creio que podemos colaborar com a elaboração de bons índices para auxiliar no desenvolvimento de boas políticas à sociedade", completa Maria Tereza.
O índice de Felicidade Interna Bruta (FIB), por exemplo, será produzido pelo núcleo de Estudos de Felicidade e Comportamento Financeiro, que terá gestão de Fábio Gallo e Wesley Mendes.
No LabFin, o laboratório de finanças, coordenado pelo professor Rafael Schiozer, os alunos farão simulações de investimentos. "Vamos simular a elaboração de carteiras de renda variável e fixa", diz Schiozer. "Queremos formar bons gestores de fundos. Isso é algo inédito no Brasil", reforça.
O professor Antônio Gledson de Carvalho ficará encarregado do núcleo que reúne os docentes que lecionam e orientam os alunos nos cursos de mestrado e doutorado. "Neste momento estamos estruturando uma pós-graduação específica sobre o mercado financeiro", diz Carvalho.
Além desses assuntos, as microfinanças também estão contempladas com um núcleo que será gerido por Lauro Gonzalez. Finanças internacionais, private equity, gestão bancária e contabilidade estão entre os conteúdos contemplados. Outros nomes como Willian Eid Júnior, David Hastings e José Evaristo dos Santos também estão envolvidos no instituto.
TV financeira
Para divulgar os conteúdos produzidos pelo Instituto de Finanças e ter um canal aberto com quem não é aluno da FGV, a fundação prepara também um programa de educação financeira. "Será uma linguagem diferente. Queremos atrair a atenção das pessoas para este tema", diz o professor Fábio Gallo.
Roberta Scrivano
No Estadão

Posted: 25 Mar 2012 07:31 AM PDT


Lula esteve a frente da locomotiva do crescimento do país nos últimos anos, moldando o perfil do Novo Brasil, que setores da classe média tradicional desdenham e torcem contra, como Veríssimo ilustrou neste artigo
Diálogo urbano, no meio de um engarrafamento. Carro a carro.


- É nisso que deu, oito anos de governo Lula. Este caos. Todo o mundo com carro, e todos os carros na rua ao mesmo tempo. Não tem mais hora de pique, agora é pique o dia inteiro. Foram criar a tal nova classe média e o resultado está aí: ninguém consegue mais se mexer. E não é só o trânsito. As lojas estão cheias. Há filas para comprar em toda parte. E vá tentar viajar de avião. Até para o exterior - tudo lotado. Um inferno. Será que não previram isto? Será que ninguém se deu conta dos efeitos que uma distribuição de renda irresponsável teria sobre a população e a economia? Que botar dinheiro na mão das pessoas só criaria esta confusão? Razão tinha quem dizia que um governo do PT seria um desastre, que era melhor emigrar. Quem pode viver em meio a uma euforia assim? E o pior: a nova classe média não sabe consumir. Não está acostumada a comprar certas coisas. Já vi gente apertando secador de cabelo e lepitopi como e fosse manga na feira. É constrangedor. E as ruas estão cheias de motoristas novatos com seu primeiro carro, com acesso ao seu primeiro acelerador e ao seu primeiro delírio de velocidade. O perigo só não é maior porque o trânsito não anda. É por isso que eu sou contra o Lula, contra o que ele e o PT fizeram com este país. Viver no Brasil ficou insuportável.


- A nova classe média nos descaracterizou?


- Exatamente. Nós não éramos assim. Nós nunca fomos assim. Lula acabou com o que tínhamos de mais nosso, que era a pirâmide social. Uma coisa antiga, sólida, estruturada...


- Buuu para o Lula, então?


- Buuu para o Lula!


- E buuu para o Fernando Henrique?


- Buuu para o... Como, "buuu para o Fernando Henrique"?!


- Não é o que estão dizendo? Que tudo que está aí começou com o Fernando Henrique? Que só o que o Lula fez foi continuar o que já tinha sido começado? Que o governo Lula foi irrelevante?


- Sim. Não. Quer dizer...


- Se você concorda que o governo Lula foi apenas o governo Fernando Henrique de barba, está dizendo que o verdadeiro culpado do caos é o Fernando Henrique.


- Claro que não. Se o responsável fosse o Fernando Henrique eu não chamaria de caos, nem seria contra.


- Por quê?


- Porque um é um e o outro é outro, e eu prefiro o outro.


- Então você não acha que Lula foi irrelevante e só continuou o que o Fernando Henrique começou, como dizem os que defendem o Fernando Henrique?


- Acho, mas...


Nesse momento o trânsito começou a andar e o diálogo acabou.


Luis Fernando Verissimo - O Estado de S.Paulo
Postado porPalavras Diversasàs10:24 
Posted: 25 Mar 2012 06:45 AM PDT



Cultura — Por DESACATO.INFO em 24 March 2012 às 11:08 pm 
Por Luiz Cézar.
Com a morte de Chico Anísio não morrerá a modalidade de humor por ele disseminada. Rafinha Bastos, Danilo Gentili e outros estarão aí para dar continuidade ao legado de deboches e de escárnio às diferenças que o humorista deixou estabelecido como padrão de riso na cultura televisiva brasileira.
Nunca será demais lembrar que Chico Anísio, um escroque a serviço das Organizações Globo fez fortuna marcando as diferenças sociais em seu País: de gênero, de raça, de nível econômico, de religião e de condições de saúde.
Quem não se lembra, tendo mais de 40 anos de idade, de suas imitações de gagos, fanhosos, velhos, mulheres, nordestinos, judeus, umbandistas e homossexuais? Gerações acostumaram-se ao riso fácil das caricaturas que fazia dos mais fracos, reproduzindo depois essa modalidade de humor nas escolas e ambientes de trabalho, de modo a perpetuar a discriminação que pesava sobre os que se encontravam em oposição ao ideário de normalidade da classe média.
Chico Anísio não era um comediante como foi no seu tempo Oscarito, Zelloni, Golias e Zezé de Macedo. Foi um déspota do riso que apontava no meio da multidão o que era destinado à chacota e à humilhação.
Acomodou-se ao regime militar e a ele serviu comandando sessões apelativas de riso que desviavam a atenção dos rumores sobre as atrocidades cometidas pelos algozes, que seus patrões diariamente ocultavam.
Contribuiu para que se criasse em torno do último ditador do ciclo de governantes da ditadura militar, João Figueiredo, uma aura de simpatia e tolerância por meio de um quadro em que mantinha conversas intimistas com o governante.
Afeiçoado a bajulações dos poderosos, ainda depois da ditadura Anísio chegou ao cúmulo de dar sustentação ao confisco da poupança praticado pelos sócios de seus patrões, os Collor de Mello, vindo até a casar-se, em troca disso, com uma das primas e ministra da economia do ex-presidente Fernando Collor, Zélia Cardoso de Mello.
Viciado em cocaína, como ele mesmo declarou um dia às TVs, Chico Anísio nunca se recuperou da dispensa de seus serviços pela Rede Globo depois que a emissora – para a qual muito contribuiu com o elevado faturamento de seus programas – decidiu renovar sua imagem nos anos de 1990 apelando a uma nova abordagem de humor, representada por grupos humorísticos egressos do teatro.
Antes que iniciasse a lenta agonia em direção ao destino igualitário da morte, a Globo cedeu à mágoa do humorista e deu-lhe a chance de um breve retorno à cena representando a idosa que fazia ligações telefônicas para o ditador Figueiredo. Só que nesse ato de despedida, quem estava do outro lado da linha era a mulher e ex-prisioneira política Dilma, a quem o preconceito do humorista jamais perdoaria por haver derrotado  o estigma machista e vergar, sem os favores da Globo, a faixa de presidente da República.
Um troco que, por felicidade, a vida dá aos homens sem caráter antes que caiam no esquecimento.


*Luiz César é Economista, Linguista, Mestre em Cultura, Mestre em Tecnologia (todos pela USP) e Master em Gestão Econômica de Projetos pela GV
Imagem tomada de: dignow.org


Do Site DESACATO.
Posted: 25 Mar 2012 06:03 AM PDT
Os meus queridos leitores lembram do grampo montado por DemóstenesTorres e Gilmar Mendes no STF, para prejudicar a reeleição de Lula? ."A coisa toda foi montada, inclusive com a participação do Demóstenes e Gilmar que,queriam mostrar o governo Lula como ditatorial" ... Os leitores lembram que os grampos foram detectados pela empresa Fence Consultoria Empresarial Ltda, que prestou serviço para José Serra e hoje presta serviço para o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB)..


Mais um capitulo da novela Demóstenes e Gilmar

Hoje na Folha de São Paulo, só para assinante ler

Enteada de ministro do STF é assessora de senador do DEM

Demóstenes Torres emprega em cargo de confiança em seu gabinete uma familiar de Gilmar Mendes

Senador é citado em apuração sobre jogo ilegal, caso que pode ir ao STF; ele e Mendes negam conflito de interesse

Sob risco de virar alvo do STF (Supremo Tribunal Federal), o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) emprega em seu gabinete uma enteada de Gilmar Mendes, um dos 11 ministros da corte.

Ketlin Feitosa Ramos, que é tratada na família como filha do ministro, ocupa desde setembro o cargo de assessora parlamentar de Demóstenes, posto de confiança e livre nomeação.

O senador passa hoje por uma crise política por ter seu nome envolvido na Operação Monte Carlo, que desmontou no mês passado um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na exploração de jogos caça-níquel.

Acusado de ser o chefe do esquema, o empresário Carlinhos Cachoeira é amigo de Demóstenes e teve 300 telefonemas com ele gravados pela polícia.

O senador confirmou que recebeu de Cachoeira um telefone antigrampo, um fogão e uma geladeira  uma coziha planejada completa de presentes de casamento. Investigação mostrou que o senador também pediu ao empresário R$ 3.000 para pagar despesas de táxi-aéreo.

Como senadores possuem foro privilegiado (só podem ser investigados com autorização do STF), todo o material que envolve Demóstenes e outros políticos foi remetido para análise do procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

Ele poderá pedir ao STF autorização para abrir um inquérito específico para investigar o senador. Gurgel não tem prazo para isso.

Se o pedido de inquérito for feito, o caso será distribuído automaticamente a um dos 11 ministros do STF, incluindo Gilmar Mendes, caso ele não se declare impedido.

A enteada do ministro é servidora de carreira do Ministério Público Federal, nível médio, e foi cedida para ser funcionária comissionada do gabinete do senador.

Segundo especialistas, o caso até poderia ser discutido no âmbito da regra antinepotismo porque súmula do STF impede a nomeação para cargos de confiança de parentes de autoridades dentro da "mesma pessoa jurídica".

No caso, a União seria a pessoa jurídica que engloba Judiciário e Legislativo. Ketlin, como enteada, é parente por "afinidade", hipótese contemplada na súmula.

Mas o caso dela é controverso porque há decretos, inclusive do Senado, interpretando que a súmula proíbe o nepotismo só em cada Poder.

No Senado, só parentes de senadores não poderiam ser nomeados. Além disso, Ketlin é servidora de carreira do Ministério Público e o texto do STF não esclarece o que ocorre nesse tipo de situação.
Por:Helena™0Comentários 
Posted: 25 Mar 2012 03:35 AM PDT


"No Brasil, nada é tão previsível quanto aqueda de um moralista como Demóstenes
Leonardo Attuch, Brasil 247
Que Vossa Excelência perdoe o chiste, mas oapelido é inevitável: Senador Cachoeira! Primeiro, ficamos escandalizados com arevelação de que o senhor, Catão da República, e também moralista número 1 doCongresso Nacional, é um amigo do peito de um dos nossos maiorescontraventores. Mais escandalizados ainda com a sua desculpa de que não sabiaque Carlinhos Cachoeira se dedicava a atividades ilegais. Depois, novo espantocom a notícia de que essa amizade fraterna era de copa e cozinha, com direito afogões trazidos dos Estados Unidos. Quando nada mais podia nos surpreender,surgiram as 298 ligações telefônicas, mais de uma por dia, trocadas com o"professor" no período monitorado pela Polícia Federal. Em seguida, adescoberta de que as conversas eram feitas num rádio Nextel trazido dos EstadosUnidos – "esta é a minha vida, este é o meu clube". E agora, de repente,descobrimos que o senhor, senador Demóstenes Torres, também pediu dinheiro aobicheiro Carlinhos Cachoeira.
Quer saber se isso nos surpreende? Não. Dejeito nenhum. Suas desculpas esfarrapadas é que preparam o terreno pararecebermos com naturalidade cada vez maior os fatos novos da Operação MonteCarlo. Se amanhã nos disserem que Cachoeira despachava no seu gabinete, que eleteria financiado sua campanha ao Senado ou que os senhores, além de amigos,eram também sócios, tudo parecerá ser natural. Previsível até. Tão previsívelquanto a queda de um moralista no Brasil, terra-mãe de Dercy Gonçalves. Aqui,não há um que resista. E todos os justiceiros que fazem desse método de açãopolítica uma escada para o poder, mais cedo ou mais tarde acabam caindo."
Artigo Completo, ::Aqui::

Enviada por:Nogueira Junior/21:390Comentários
Também do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 25 Mar 2012 03:31 AM PDT

CartaCapital
"As novas revelações sobre as ligações dosenador Demóstenes Torres (DEM-GO) com o bicheiro Carlos Augusto Ramos, oCarlinhos Cachoeira , devem  acelerar as investigações sobre o supostoesquema de contravenção do jogo do bicho apurado desde 2009 pela ProcuradoriaGeral da República.
Diante dos novos índicos, o órgão estudapedir ao Supremo Tribunal Federal a abertura de inquérito para investigar osenador – que só pode responder ao STF.
Para terça-feira 27 está prevista umareunião da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção com o procurador-geral daRepública, Roberto Gurgel. Segundo a Agência Brasil, deputados e senadoresquerem saber os motivos da lentidão do processo que investiga desde 2009 obicheiro e vários políticos sob suspeita. O grupo de parlamentares querainda  saber quais outros nomes aparecem nas interceptações telefônicas.
Capitaneado pelos deputados Chico Alencar(PSOL-RJ) e Protógenes Queiróz (PCdoB-SP), o grupo pedirá urgência nasapurações.
Na sexta 23, CartaCapital revelou queDemóstenes tinha direito a 30% da arrecadação geral do esquema de jogoclandestino comandado pelo bicheiro – e que movimentou, em seis anos, 170milhões de reais (Leia mais AQUI). Areportagem, assinada por Leandro Fortes, mostrou que a Polícia Federal temconhecimento, desde 2006, das ligações do bicheiro com o senador e que oesquema jamais foi encerrado porque os policiais responsáveis pela investigaçãoforam cooptados pelo esquema."
Matéria Completa, ::Aqui::

Enviada por:Nogueira Junior/21:220Comentários
Do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 25 Mar 2012 03:24 AM PDT
Por que a demora em investigar Cachoeira?
Até que enfim a frente que se diz de combate à corrupção resolve agir. Menos mal.


Representantes da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção vão se reunir na terça-feira (27), às 15 horas, com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para pedir urgência nas investigações envolvendo o empresário do jogo Carlinhos Cachoeira e vários políticos, dentre eles Demóstenes Torres. Os parlamentares querem saber do procurador os motivos da lentidão do processo que, desde 2009, está na Procuradoria-Geral da República.
"Não dá para justificar essa lentidão. Não está legal isso. O processo está na procuradoria desde setembro de 2009. Queremos saber o porquê da demora na apuração do caso", disse o líder do PSOL, deputado Chico Alencar (RJ). "É de se estranhar essa lentidão para a abertura de inquérito. De nossa parte, trata-se de zelo pela ética na política e de defesa do próprio Congresso Nacional", acrescentou.
O PSOL já protocolou na Mesa da Câmara pedido para que a Corregedoria da Casa investigue as relações de parlamentares com o bicheiro Carlinos Cachoeira. No Senado, o partido protocolou representação contra o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) que, conforme denúncias da imprensa, recebeu presentes de casamento de Cachoeira.
Também esta semana, o deputado Protógenes (PCdoB-SP) conseguiu 181 assinaturas de deputados em um requerimento para criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com a finalidade de investigar, em 180 dias, as práticas criminosas desvendadas pela Operação Monte Carlo da Polícia Federal. De acordo com a justificativa do requerimento da CPI, a Polícia Federal efetuou a prisão, em Goiás, de uma organização criminosa que operava com a contravenção do jogo do bicho, de caça-níqueis, corrupção em larga escala de autoridades civis, policiais e políticos.


De acordo com Chico Alencar, vão participar da conversa com o procurador os deputados Francisco Praciano (PT-AM), coordenador da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção, Protógenes, Paulo Rubem Santiago (PDT-PE), Chico Alencar e os senadores Pedro Taques (PDT-AM) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).


Da redação do Terrornews, com informações da Agência Brasil.
Postado poràs18:081 comentários 


Também do Blog O TERROR DO NORDESTE.

Posted: 25 Mar 2012 03:20 AM PDT
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